quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O desenvolvimento da audição - O teste da orelhinha

O desenvolvimento da audição se faz de modo gradual, em etapas cada vez mais complexas
desde a vida intrauterina.
Para que uma criança desenvolva a fala ela deve ser capaz de detectar sons. Uma vez que ouça,
deverá então, poder localizar de onde eles vêm, reconhecê-los, e saber o seu significado. Estas
etapas não podem ser interrompidas sem que ocorram prejuízos funcionais importantes no
desenvolvimento da criança. Por este motivo é necessário que se identifique no período de
recém-nascido uma deficiência auditiva. Se descoberta precocemente, o Sistema Nervoso
Central permite, quando estimulado, melhores resultados no desenvolvimento da linguagem e
reabilitação auditiva.
Assim, os Pediatras, Fonoaudiólogas e Otorrinos tem chamado a atenção para a identificação e
diagnóstico precoce da deficiência auditiva através do exame da orelhinha e se necessário fazer
o seguimento com especialistas.
Além de doenças hereditárias que provocam deficiência auditiva, devemos seguir atentamente os
recém-nascidos prematuros, especialmente os de peso menor do que 1.500 g, os que sofreram
algum grau de asfixia no parto, os que tiveram infecções congênitas, como, toxoplasmose,
rubéola, sífilis entre outras, os que fizeram uso de drogas ototóxicas e os que tiveram icterícia
muito acentuada.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Medidas de proteção ao lactente



Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Planejando as festas de fim de ano

Fim de ano é uma época cheia de reuniões festivas. De um modesto jantar com amigos, até
celebrações que envolvem fazer as malas para cair na estrada. Todo tipo de convite pode
aparecer!
Mas quando se tem filhos pequenos, é preciso um planejamento maior para aproveitar a data. No
caso de quem vai viajar, essa preparação, muitas vezes, começa com a organização do “kit
sobrevivência”, com mudas de roupa, medicamentos, brinquedinhos etc.
A tal da conversa A gente sabe o quão complexo pode ser passar certos tipos de instruções
para os pequenos. Mesmo que a criança não entenda todos os detalhes, é importante conversar
com ela sobre a comemoração, o que vai acontecer e as pessoas que irão participar.
Se for um programa mais formal (como um jantar, por exemplo), vocês podem combinar
atividades que ela pode fazer durante o evento. Aí é só complementar aquele kit com o
brinquedo favorito, lápis de cor, joguinhos e outras coisas para ajudar a distrair e a passar o
tempo.
Infraestrutura amiga A ida a confraternizações com crianças pode fazer algumas cenas virem à
cabeça. Quem nunca viu uma família chegando ao restaurante e, após os primeiros cinco minutos
à mesa, crianças sorridentes (e suas bexigas flutuantes) correndo salão afora? Pois é!
Já para os papais corajosos que vão para os restaurantes, clubes e afins, para evitar o “tédio”
infantil, vale se informar sobre a estrutura do local onde a festa vai acontecer. É legal considerar
itens como banheiros, fraldário, ambientes à parte (com mais sossego e silêncio) e a presença de
itens específicos, como cadeirão especial e até mesmo um espaço para crianças, com
brinquedos, sofazinhos, entre outros.
Mesmo com todas essas precauções, existe sim a possibilidade de o lugar da festa oferecer
poucas opções ou da criança simplesmente não entender algumas orientações. Nesses
momentos, vale tudo: desde ajustar os horários da festa (dar só aquela “passadinha”, sair mais
cedo ou selecionar a dedo as confraternizações), conversar ainda mais com o pequeno e até
ativar a rede de apoio (avós, padrinhos e tios confiáveis e dispostos a ajudar) por algumas
horinhas. Tudo vai depender do clima!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte : Texto original extraído do Blog Vida de Mãe – www.nestle.com.br/vidademae
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Brincadeiras que estimulam o desenvolvimento do seu filho

Brincar é tão essencial na vida de uma crianças que na Declaração Universal dos Direitos da
Criança já diz desde 1959 que toda criança tem o direito de brincar.
Existe brincadeiras para cada fase ou idade da criança. Brincar tem três grandes objetivos: o
prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. Brincando, a criança faz grandes
descobertas.
Como estimular com brincadeiras o desenvolvimento em bebês com:
1 mês: - Cante para o bebê, ele também começará a ficar mais vocal.
- Mude a posição do móbile de vez em quando ou mude a posição do bebê para dar uma visão
diferente.
- Balançar chocalhos para o bebê associar o som ao movimento.
2 meses: - Desde o começo, o seu bebê vai ouvir e responder a sua voz. Use essa conexão para
falar coisas sobre o móbile, suas cores, o movimento, os personagens que ficam pendurados.
- Colocar diferentes sons para que ele procure onde está.
- Mostrar brinquedos coloridos para que o bebê acompanhe com os olhos.
3 meses: - Coloque a mão ou o pé do bebê ao alcance de brinquedos que fazem som, ele irá
tocar e verá uma resposta do brinquedo, ativando seu senso de ação e reação.
- Oferecer brinquedos nas mãos do bebê para ele chacoalhar.
- Dançar e movimentar com o bebê para adquirir equilíbrio.
4 meses: -Coloque o chocalho na mão do bebê e chacoalhe suavemente.
- Oferecer mordedores e brinquedos para que o bebê leve até a boca.
- Ajude o bebê a exercitar a coordenação ao segurar brinquedos na frente dele, chacoalhar e
deixa-lo pegar. Coloque o chocalho nas mãos do bebê, chacoalhe e diga ''Ouviu esse som? Você
que fez!'' Elogiar faz o bebê tentar de novo
5 meses: - Oferecer brinquedos para que o bebê possa esticar as mãozinhas e pegar.
- Colocar o bebê em frente ao espelho, ele sorri com seu próprio reflexo.
- Bata palmas com o bebê.
- O bebê se diverte quando liga luzes e som de um brinquedo.
6 meses: - Ele gosta de brincadeiras simples como, “achou!”
- Estimular o bebê a colocar os pés na boca.
- Seu brinquedo favorito são as mãos e acompanha com os olhos seu movimento.
- Esconder o brinquedo fora do alcance do bebê e estimular ele a procurar ou tentar alcançar o
brinquedo.
7 meses: - Adora batucar e fazer barulho com panelas e colheres de pau.
- Gosta de se arrastar com a barriga.
- Adora tocar em seus brinquedos.
- Imite para ele sons de diferentes tipos de animais
8 meses: - Deixar uma caixa de brinquedos bem grande e cheia para que ele escolha o que
quiser.
- Dar ao bebê alguns brinquedos que façam barulho, como tambores, chocalhos e guizos.
- Explore todas as funções de um brinquedo junto com o bebê, mostre para o ele como apertar as
teclas e virar páginas.
9 meses: - Use os brinquedos para apresentar ao seu bebê as cores.
- Brinque de bola com ele.
- Oferecer ao bebê objetos de texturas diferentes para que ele toque como espuma, madeira,
toalha, metal, borracha etc.
10 meses: Estimule o bebê a levantar e ficar em pé colocando um brinquedo no topo e dizendo:
“O que será que acontece se apertarmos este botão aqui em cima”.
- Gosta de brincar de andar segurando a mão de um adulto.
- Brinca de “achou!”
- Pedir para ele pegar um brinquedo e trazer até você.
11 meses: - Brincar com cubos grandes e pequenos para que ele possa encaixar.
- Na hora do banho colocar brinquedos na banheira para que ele brinque.
- Espalhe brinquedos no chão colocando um pequeno e um grande. Fale sobre o tamanho: “Esse
é pequeno, esse é grande.”
- Contar diferentes tipos de histórias para ampliar o vocabulário.
12 meses: Faça um som com um brinquedo e peça para a criança imitar você. Ou siga o que a
criança fizer.
- Colocar brinquedos dentro de um pote grande para ele tentar abrir e pegar os brinquedos que
estão dentro.
- Mostrar livros e revistas para o bebê identificar objetos, animais e partes do corpo.
- Deixe o bebê brincar com o brinquedo de forma independente. Esteja lá para ajudar caso ele
precise de você e ofereça motivação: "Você consegue, vamos lá!"

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Arrotos e Gases no bebê

Os bebês apresentam uma série de pequenos problemas relacionados ao sistema digestório,
mais simplesmente, ”problemas intestinais”, que são as cólicas, o refluxo gastro-esofágico e a
constipação intestinal ou intestino preso. Estes são chamados de problemas gastrointestinais
menores. Apesar de serem chamados de menores, acarretam um grande gasto por parte de
todos os países. São responsáveis por grande número de consultas pediátricas e levam os pais a
ter sentimentos de frustração por acharem que não estão cuidando corretamente dos bebês,
preocupação, ansiedade ou impotência. Poderíamos incluir nestes problemas “menores”, também
a preocupação com os arrotos e gases, principalmente nas primeiras semanas de vida.
Vem então a pergunta mais frequente: “Devo fazer o bebê arrotar sempre”? Uma vez que a
criança tenha mamado e deglutido muito ar, que seria muito conveniente tentar fazê-la arrotar. “
Ele é obrigada a arrotar sempre”? A resposta é não. É conveniente sempre após as mamadas,
por curto período de tempo, colocar a criança sobre os ombros e dar pequenas batidas nas
costas. Com isto, na maioria das vezes o bebê vai arrotar. “Se não arrotar, vou ficar horas com
o bebê no colo esperando”? Não. Costuma-se orientar para que se deite o bebê de bruços por
alguns minutos, dando-se pequenos tapinhas nas costas. Com este movimento, os gases, mais
leves que o leite, irão subir e o leite ficará mais em baixo. Ao se elevar novamente o bebê sobre
os ombros deverá ocorrer a eructação – este é o nome correto do arroto. “E se não ocorrer”? O
próximo passo seria colocar o bebê por algum tempo de lado. Caso ocorra a eructação o fluxo
sairá mais facilmente. Para facilitar o esvaziamento do estômago, sobre o lado direito: para
diminuir a chance de refluxo, sobre o lado esquerdo. O bom posicionamento do bebê ao mamar é
importante para evitar a deglutição de ar. Quando com mamadeira, utilizar os bicos que diminuem
a deglutição de ar.
Durante muitos anos os gases foram responsabilizados pelas cólicas dos bebês, pelo menos na
sabedoria popular. Podemos considerar um padrão normal a eliminação de gases por parte dos
bebês. Os gases são produzidos por fermentação dos alimentos, no caso, o leite, em condições
normais. Podem ocorrer situações em que a produção excessiva e a distensão da barriga vão
chamar a nossa atenção. Isto pode ser um sinal de alerta, por exemplo, para uma intolerância ao
açúcar do leite – a lactose. Nestes casos há necessidade de consultar o Pediatra. Trabalhos
mostram que o uso de remédios para gases é pouco eficiente.
Mesmo estes problemas citados como “menores”, se passarem de determinados limites, que
pode - se chamar de “bandeiras vermelhas”, haverá necessidade de uma conversa com o
Pediatra.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Como cuidar dos órgãos genitais dos bebês?

Esta é uma tarefa que os pais e cuidadores vão ter de enfrentar nos primeiros dois anos de vida
do bebê. Sem dúvida desperta uma grande preocupação os cuidados que devem ser efetuados
quando da troca das fraldas, principalmente para os pais de primeira viagem.
Apesar dos cuidados gerais serem parecidos para meninos e meninas, existem algumas
particularidades próprias de cada um. De maneira geral devemos cuidar da higiene com atenção
a eventuais alterações e delicadeza. A pele não deve ser esfregada em demasia.
Quanto às meninas deve-se sempre limpar de frente para trás, evitando-se, assim, a
contaminação da vagina com resíduos de fezes. Nas meninas pode ocorrer nos primeiros dias de
vida um pequeno sangramento vaginal decorrente dos hormônios do parto (absolutamente
normal). A separação entre os grandes e pequenos lábios pode eventualmente contaminar-se
com fezes. Neste caso utilize um cotonete para retirar o resíduo. Basicamente, usa-se água
morna e sabonete neutro com gaze ou algodão. A água pode ser guardada em garrafa térmica, já
temperada. Secar por pressão, ou seja, sem esfregar. Podem-se utilizar lenços de papel próprios.
(muitas pessoas tem certo preconceito, porém, são muito úteis). Ao final utilizar creme protetor à
base de óxido de zinco. Nunca trocar simplesmente a fralda sem fazer a limpeza, pois, o que
provoca assaduras são os resíduos de fezes e urina, muitas vezes invisíveis.
Nos meninos, o procedimento é o mesmo, valendo ressaltar que o pênis deve ser lavado sem
sabonete para não provocar o que se chama de uretrite química, ou seja, o sabonete penetra na
uretra – o canal por onde sai a urina – provocando ardor ao urinar. A preocupação quanto à
presença de fimose, naqueles que não foram submetidos à circuncisão é grande. Não é motivo,
no entanto, para tanto. Não se deve forçar a abertura precoce, pois, pode haver formação de uma
pele menos elástica que vai atrapalhar a redução da fimose no futuro. Existem no mercado
pomadas específicas para facilitar a redução da fimose com massagens. A Academia Americana
de Pediatria orienta para que se aguarde os primeiros anos para se tomar providências. Muitas
vezes ocorre a redução quase que espontânea.
Quanto à higiene, o procedimento é igual ao das meninas.
As fraldas deverão ser trocadas sempre que se perceba presença de urina ou fezes. Não se deve
dar ouvidos às pessoas que dizem que não há necessidade de trocar as fraldas à noite, para “não
acostumar” a criança. Em algumas circunstâncias, como nos recém-nascidos ou quando se fez
uso de antibióticos ou corticosteroides, pode aparecer uma assadura específica provocada por
“sapinho”. Esta é uma assadura que invade as dobras da pele do bebê e não costuma melhorar
com as pomadas comuns, necessitando de avaliação pelo Pediatra.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Inclusão social para as crianças com síndrome de down

Qual a importância da inclusão social para a criança com Síndrome de Down?
A inclusão social é muito importante para o desenvolvimento sadio e para as aquisições
cognitivas da criança com Síndrome de Down. O relacionamento com a família, como tias e
primos, além das brincadeiras com outras crianças e a integração escolar são essenciais. Todas
as fases da vida são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e não é diferente com a
criança com Síndrome de Down. A família tem um papel muito importante nesse processo de
inclusão social porque será a responsável por estabelecer essa rede de relacionamentos para a
criança.
Como deve ser a inclusão escolar da criança com Síndrome de Down?
Pela nossa legislação toda criança com deficiência deve estudar em escola regular da rede
pública. Embora essa inclusão seja um pouco mais complexa, ela é importante para a criança
com Síndrome de Down. Já temos escolas que têm por princípio a inclusão de alunos com
deficiências físicas e intelectuais na educação infantil, o que favorece uma cultura de convívio
desde cedo. Isso é possível, as escolas só precisam adotar um projeto pedagógico que facilite a
interação desses alunos em sala de aula. Hoje em dia temos muitos jovens terminando o ensino
médio e até chegando aos cursos superiores.
Os pais enfrentam muitas dificuldades nesse processo de inclusão escolar?
A principal dificuldade é a falta de informação. Muitas escolas públicas desconhecem o potencial
dessas crianças por não terem alunos com Síndrome de Down e criam dificuldades para que os
pais realizem a matrícula. Na maioria das vezes é por não terem conhecimento sobre a
deficiência e até mesmo por desconhecerem a legislação. Todo esse processo de acessibilidade
é obrigação social da escola com os pais.
Quais são as principais orientações que devem ser conduzidas pelos pediatras que
favorecem a inclusão social da criança com Síndrome de Down?
Peça aos pais que pesquisem escolas que tenham projetos pedagógicos com os quais eles se
identifiquem. Geralmente, escolas menores são mais acolhedoras, têm um número mais reduzido
de crianças por sala, com auxiliares de professores em sala de aula. Algumas escolas públicas
têm cuidadores para acompanharem crianças com deficiência intelectual e física.
Tanto na escola privada como na pública, o importante é que os professores acreditem que estas
crianças aprendem , desenvolvendo estratégias para que isto aconteça, além de garantir o
convívio social da criança com Síndrome de Down com os colegas de mesma faixa etária.
Como é o processo de inclusão do jovem com Síndrome de Down no mercado de
trabalho?
Existem algumas instituições que fazem essa mediação entre jovens com Síndrome de Down e
empresas. Algumas empresas que ainda não têm essa cultura de contratação de pessoas com
deficiências oferecem treinamentos para seus funcionários a fim de estimular e facilitar o convívio
no ambiente corporativo.
Empresas mais estruturada como, por exemplo, a rede de farmácias Droga Raia, já possuem um
programa de contratação direcionado para pessoas com deficiência intelectual, até mesmo antes
de existir a cota de obrigatoriedade. Porém, infelizmente algumas empresas preferem contratar
pessoas com deficiência física ou sensorial e não intelectual. As barreiras físicas são mais fáceis
de serem derrubadas que as barreiras atitudinais.
Sabemos que atualmente o jovem com Síndrome de Down já vem se destacando no mercado de
trabalho porque é inteligente e sabe se adaptar bem ao ambiente corporativo.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)Inclusão

Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Lidar com os vômitos do bebê é basicamente parte da rotina para a maioria dos papais e
mamães. Diante disso, é natural que os pais se perguntem se os vômitos são naturais ou podem
estar relacionado com alguma doença.
Para começar, é preciso entender o conceito de "refluxo gastroesofágico", que é o retorno do
conteúdo do estômago (no caso dos bebês, do leite) para o esôfago e, por vezes, podendo
chegar até a boca, causando a conhecida regurgitação.
Isso é um evento normal, que pode ocorrer várias vezes ao dia em recém-nascidos, crianças e
até mesmo adultos. É aquele clássico momento em que o bebê tem leite escorrendo no canto da
boca, mas está sorridente; parece que nem foi com ele!
Em geral, os eventos duram menos de três minutos, ocorrem no período após as mamadas ou
refeições e não são acompanhados de complicações. Algumas vezes, a regurgitação pode sair
com mais força, devido à estimulação de uma estrutura que fica na parte posterior da boca, que
nos dá sensação de náusea, causando, então, o vômito - o que não é nada preocupante.
Nesses casos, não é necessário nenhum tipo de tratamento medicamentoso, porém as chamadas
"medidas não farmacológicas" ajudam a diminuir a ocorrência dos episódios de regurgitação:
1- colocar o bebê para arrotar e segurá-lo no colo "em pé" após as mamadas por 30-60
minutos;
2- tomar o cuidado de não "sacudir"o bebê para que ele arrote;
3- evitar o uso de calças na altura do umbigo e acima dele, pois, apesar de não parecer
apertado, o elástico das roupas pode ser o suficiente para pressionar o estômago e facilitar,
também, a volta do leite.
Para os bebês menores de seis meses e amamentados exclusivamente com fórmula, o uso de
Fórmula Infantil Anti Regurgitação ajudam a diminuir os episódios de refluxo de forma visível.
Se o bebê é amamentado exclusivamente ao seio, o aleitamento deve ser mantido, não sendo
indicada asubstituição do leite materno por fórmula.
Quando as regurgitações estão causando algum desconforto, como choro excessivo, ou prejuízo,
como perda de peso, podemos estar diante da "doença do refluxo gastroesofágico".
Frente a isso, a consulta com o pediatra é fundamental para fazer o correto diagnóstico, que
muitas vezes não é fácil.
Nos bebês, não existem sintomas que sejam específicos da doença do refluxo, tão pouco
sintomas que garantam ao médico que o bebê responderá ao tratamento.
Ainda, vale lembrar que diversas situações podem causar os mesmos sintomas da doença do
refluxo, como alergia à proteína do leite de vaca, infecções, má formações do aparelho gástrico,
exposição ao cigarro e outras.
Durante a investigação, pode ser que o pediatra julgue necessário solicitar algum tipo de exame
específico.
O tratamento, no caso de doença, vai utilizar, além das medidas não farmacológicas vistas antes,
medicamentos. Nos menores de seis meses, a medicação mais comumente utilizada é a
ranitidina.
À medida que o bebê cresce, o esfíncter, que funciona como um "anel" que fecha o estômago,
começa a funcionar melhor, dificultando o retorno do leite.
Com o desenvolvimento, o bebê aprende a ficar mais tempo sentado e em pé, posições estas que
ajudam o leite e os alimentos a ficarem no estômago. Por isso, os pais devem ficar tranquilos,
pois o refluxo gastroesofágico, apesar de, por vezes, desconfortável, tende a ter seus dias
contados.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte: Gastroesophageal Reflux: Management Guidance for the Pediatrician. 2013.
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Cuidados com a saúde bucal da criança

Certamente uma imagem que vem a cabeça quando falamos em higiene bucal da criança é
aquele menino ou menina na ponta dos pés ou em cima da cadeira, debruçado na pia para
escovar os dentes. Mas os cuidados com a higiene bucal iniciam-se bem antes e envolve
algumas escolhas onde o pediatra e o dentista deve participar.
A prevenção inicia-se ao nascimento, ainda sem dentes onde após a mamada deve-se enrolar
uma gaze ou fralda no dedo, úmida em agua fervida ou filtrada, e fazer a higiene de toda a boca.
Após o aparecimento dos primeiros dentinhos, por volta dos 6 meses, a higienização bucal deve
ser feita com gaze, tecido macio umedecido ou dedeiras de borracha ou silicone 2 vezes ao dia. A
partir de 14 meses, com a erupção do primeiro molar de leite a escova deve ser introduzida e a
higiene realizada após as refeições e antes de dormir com a escova molhada em água estéril ou
com uma pequena quantidade de pasta de dente sem flúor, já que a criança ainda não sabe
cuspir.
Como a água de muitas cidades possui tratamento com a adição de flúor deve-se ter um cuidado
na escolha do creme dental para que não ocorra um excesso e consequentemente fluorose, onde
ocorrem manchas nos dentes e em casos severos porosidades e amarelamento. Sendo assim
toda higiene bucal das crianças deve ser supervisionada pelos pais. A escovação dos dentes
sempre após as refeições, escovando o dorso da língua e com pasta sem flúor até que elas
tenham domínio do ato de bochechar e cuspir toda a pasta. Isso normalmente ocorre entre os 5
ou 6 anos de idade e a partir disso pode utilizar a pasta da família.
O uso do fio dental deve-se iniciar quando os dentes começam e se fixar um junto ao outro, por
volta dos 24 meses, inicialmente 1 vez ao dia.
Em casos onde não há o tratamento da água, em crianças com alto índice de carie ou em caso
de dificuldade em encontrar a pasta sem flúor pode utilizar pasta infantil com concentração de
500ppm (informação que está no tubo da pasta), sempre com orientação do dentista ou do
pediatra, na quantidade de um grão de arroz, 3 vezes ao dia.
A prevenção dos problemas de saúde bucal das crianças inicia-se no nascimento e passam pela
orientação e participação dos pais que irão supervisionar e incentivar as crianças; e dos pediatras
e dentistas que irão adequar cada caso a sua necessidade.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Porque os carboidratos são importantes na primeira infância?

Nutrição é um assunto corrente no nosso dia a dia, a maioria das pessoas tem uma receita para
dividir ou uma dieta para ensinar. Tantas são as informações disponíveis, que fica a dúvida sobre
o que seguir e principalmente o que oferecer para nossos filhos para que tenham saúde e um
desenvolvimento adequado.
Inúmeras dietas e modismos tem dado destaque ao carboidrato e muitos pais questionam o
quanto colocar desse nutriente na alimentação dos filhos. A resposta é sim! Todos nós e
especialmente as crianças devem ter um consumo adequado de carboidratos!
Os carboidratos são responsáveis pelo fornecimento de energia para o corpo e para o cérebro,
para as atividades do dia a dia e para os exercícios físicos. Aliás, vale lembrar que o cérebro se
alimenta exclusivamente de glicose, um tipo de carboidrato, e que uma dieta deficiente em
energia pode ser um dos fatores que comprometem o desenvolvimento da criança!
E em quais alimentos encontramos esse nutriente?
Encontramos carboidratos nas massas, pães, biscoitos, cereais como arroz e aveia , tubérculos
(como batata e inhame) e raízes (como mandioca e batata doce). Estes exemplos são
considerados fontes de carboidratos devido à maior quantidade deste nutriente presente nos
alimentos.
A alimentação saudável deve incluir os carboidratos em quantidade adequadas, que devem
representar cerca de 45% a 65% do total de calorias do dia, sendo que as versões integrais
devem ser prioridade.
Mas afinal o que representa uma porção desses alimentos?
Na pirâmide alimentar, a forma gráfica da alimentação saudável, encontramos os cereais,
tubérculos e raízes na base da pirâmide, ou seja, os carboidratos devem representar a base da
alimentação da população em geral. Em bebês de 6 a 11 meses, a recomendação é de 3
porções. Já nas crianças de 1 a 3 anos a recomendação é de 5 porções desses alimentos
diariamente.
Para ter uma ideia, uma porção de cereais, tubérculos e raízes equivale a 2 colheres de sopa de
arroz cozido integral ou 3 colheres de sopa de cereal infantil.
Para o lactente com mais de 6 meses, uma importante fonte de carboidrato e que normalmente é
de fácil aceitação é o Cereal Infantil que, quando consumido em quantidades apropriadas, auxilia
na adequação do fornecimento de carboidratos essenciais como fonte de energia e não se
associa ao desenvolvimento futuro de obesidade.
Quanto mais, melhor?
Muitos pais, de forma equivocada, enchem o prato do filho e se frustram quando a criança deixa
de comer tudo o que foi servido.
Vale lembrar que enquanto o adulto tem uma capacidade gástrica de cerca 1 litro, o volume do
estômago dos pequenos corresponde a 20-30ml/kg e eles ainda possuem uma necessidade de
micronutrientes, em média 3 vezes maior que um adulto. Por isso, não devemos esquecer que
pequenas barriguinhas necessitam de uma grande nutrição.
Inclua os alimentos ricos em carboidratos ao longo do dia, atentando-se ao tamanho das porções.
Seu filho terá mais energia para o dia a dia, com o corpo e o cérebro nutridos para o
desenvolvimento adequado e melhor aprendizado!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Mousse de Cacau

Ingredientes
1/2 abacate
2 colheres (sobremesa) de cacau em pó
2 colheres (sobremesa) de coco ralado
1 colher (sopa) de mel de abelhas
Modo de Preparo
Liquidificar ou bater com o mixer e levar a geladeira.
Sobre a receita:
Rendimento: 2 unidades
Tempo de Preparo: 10 min.
Tempo Total de Preparo: 10 min.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Febre é doença?

Febre não é uma doença e sim um sinal de que algum agravo está ocorrendo no organismo da
criança.
O controle da temperatura corporal ocorre no cérebro, por neurônios sensíveis ao frio e ao calor,
localizados no hipotálamo. Durante a febre haverá a perda temporária desta capacidade de
regulação.
A temperatura normal do nosso corpo oscila entre 35,5 a 37 ºC, com média de 36 a 36,5 ºC.
É considerado febre quando a temperatura estiver acima de 37,5 ºC. O local certo para medir a
temperatura é na axila deixando o termômetro por 3 minutos, com a criança com pouca roupa. O
termômetro de mercúrio é o mais fidedigno, mas há risco de quebrar e vazar o metal tóxico. Os
termômetros digitais são mais práticos e seguros, porém menos precisos.
A febre tem efeitos benéficos ajudando a combater infecções por aumentar a produção de
anticorpos protetores e inibe a multiplicação de diversos de micro-organismos (vírus e bactérias)
invasores. Por isso não há necessidade dos pais terem medo da febre.
O antitérmico deverá ser administrado quando a temperatura atingir 37,8ºC e tem a capacidade
de reduzir a temperatura em 1- 1,5ºC. Se a temperatura estiver acima de 39 ºC, um banho morno
pode ajudar a diminuir a temperatura enquanto o medicamento esta sendo absorvido, o que
demorará de 30 a 40 minutos.
Após a medicação ser dada, demora em média 20 minutos para iniciar a sua ação, portanto neste
tempo você deve manter a calma, desagasalhar a criança, podendo dar um banho morno, ou
fazer compressas com água na temperatura da torneira na testa, axilas e virilhas.
O Paracetamol e o Ibuprofeno gotas devem ser dados diluídos em um pouquinho de líquido (água
ou suco), dependendo da idade da criança, pois o seu gosto pode, as vezes, causar vômitos.
Ofereça bastante água, pois o líquido auxiliará na regulação térmica do organismo e diminuirá o
risco de desidratação.
Mais importante do que o grau em que a temperatura está, é observar o estado geral do seu filho,
no momento da febre ele ficará prostrado, quieto e molinho, após abaixar à temperatura a criança
deverá ficar esperta e reativa.
O risco de convulsão em decorrência da febre surge quando a temperatura sobe rapidamente,
naquelas crianças de 6 meses a 5 anos e com histórico familiar de convulsão febril. Este costuma
ser um quadro benigno, com duração de 1 a 2 minutos e de boa evolução.
As crianças que deverão ser avaliadas pelo médico são: os recém-nascidos e lactentes com até
três meses de vida, por terem um sistema imunológico mais susceptível a infecções graves. A
criança molinha, pálida e gemente, independente do grau da temperatura; e os quadros de febre
que tiverem uma duração maior que três dias.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Qual a relação do sol com a vitamina D ?

Ao mesmo tempo em que tem diversas preocupações com o sol, deve-se levar em consideração
a importância de tomar sol para obtenção da vitamina D.
Infelizmente, cerca de 80% das pessoas que vivem em um ambiente urbano, são carentes em
vitamina D. Isto porque elas passam grandes períodos de tempo em locais fechados e não se
expõem ao sol.
Diversos estudos tem apontado a Vitamina D como essencial para:
- promover a fixação do cálcio para a formação dos ossos, diminuindo o risco de osteoporose
- níveis adequados da substância assegurariam um melhor preparo para enfrentar as doenças, ou
seja, melhora o sistema imunológico;
Podemos conseguir a vitamina D através da alimentação?
Alimentos como sardinha, atum e gema de ovo fornecem pequenas quantidades de vitamina D.
Porém cerca de 90% do que necessitamos é produzido pelo próprio organismo enquanto nossa
pele fica sob o sol.
Por essa razão, a exposição solar diária é essencial para a saúde dos pequenos.
Então como conseguir a quantidade adequada de vitamina D?
Basta levar seu filho para passear ao ar livre, com os braços e pernas de fora, pois a quantidade
de vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta.
O banho de sol deve ocorrer antes das 10 horas da manhã ou depois das 4 horas da tarde. Aí, é
só fazer com que ele permaneça sob o sol durante 15 minutos.
O que a falta desta vitamina pode causar?
A falta da vitamina D no organismo pode ser identificada em testes laboratoriais, pela análise do
cálcio na urina (se houver pouco, é um sinal de alerta) ou por exames de sangue.
Não costumam se manifestar sintomas em adultos, exceto por uma eventual dor, cansaço ou
falta de equilíbrio.
Em gestantes a falta pode levar a abortos no primeiro trimestre. E no final da gravidez, a carência
do nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser autista.
As crianças com deficiência de vitamina D podem desenvolver raquitismo — doença que inclui
fraqueza e perda óssea.
Existe o risco de deficiência de vitamina D durante o inverno, pois os raios solares nesta época
não permitem a produção adequada de vitamina D.
A necessidade de vitamina D é individual e pode variar consideravelmente, dependendo de vários
fatores, por isso não deixe de consultar o pediatra sobre a quantidade de vitamina D adequada.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Meu filho caiu. E agora?

Quando se fala em quedas na infância pensa-se, na maioria das vezes, em traumas da cabeça.
Sempre que acontece um acidente envolvendo trauma da cabeça, os pediatras devem tentar
passar para os responsáveis a noção “nem de menos, nem demais”. Isto quer dizer que diante de
um acidente desta natureza, deve- se tentar manter a calma, examinar e observar a criança. Os
responsáveis já tem a noção de que um trauma na cabeça não é coisa boa. Os traumas da
cabeça na infância são responsáveis por um grande número de consultas efetuadas nos prontosocorros.
Esta é a melhor opção para que se tranquilizem.
As estruturas ósseas da criança são mais frágeis. Os seios da face, cheios de ar, ajudam a
amortecer os traumas. Eles estarão, no entanto, bem desenvolvidos depois dos oito anos de
idade. À princípio as crianças devem ser observadas quanto ao local da lesão, desmaios,
sonolência exagerada e vômitos que não param. Outros sintomas mais complexos podem ser:
dificuldade para falar, para engolir e para lembrar informações. Uma avaliação pelo pediatra
sempre vai deixar os responsáveis mais seguros nos primeiros 2 ou 3 dias, que é o período no
qual podem surgir problemas e que devem ser observados estes sinais e sintomas. A radiografia
do crânio limita-se a informação da presença ou não de fraturas. Alguns traumas podem provocar
afundamentos visíveis. A partir desta avaliação, as coisas já são mais complicadas e devem ser
decididas pelos Especialistas.
A necessidade de realizar uma tomografia computadorizada do crânio deve ser reservada para os
casos mais graves. O famoso “galo” é uma lesão superficial e pode ser resolvido apenas com a
colocação de gelo no local. O clássico “não deixar dormir”, deve-se limitar a uma observação de
que a criança reage a alguns estímulos que se faça. (a criança pode dormir, desde que, de vez
em quando, se verifique que ela está se relacionando com o meio). Nos casos mais graves pode
haver hemorragias que se instalam entre as diversas camadas do crânio. Algumas podem
comprimir as estruturas do cérebro e causar sintomas mais importantes. A criança que caiu deve
ser também avaliada quanto a outras possíveis lesões e fraturas.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Porque quem canta seus males espanta?

Imagine a cena: Você está cansado, entrou no seu carro depois de um dia cansativo e sabe que
vai encarar um trânsito terrível. Quanto stress e desânimo! Porém, ao ligar o rádio, percebe que
sua música preferida está tocando. Qual a sensação imediata? Provavelmente, de satisfação, de
prazer, como se de repente, todo aquele terrível stress diminuísse drasticamente. Esse é o poder
da música!
Há muito tempo, pesquisadores estudam sobre a influência da música nas atividades cerebrais.
Estudos comprovados mostram que pessoas que praticam música com prazer ou que ouvem
músicas que gostam, fazem o cérebro produzir endorfinas e serotoninas, que atuam trazendo
relaxamento, equilíbrio mental e emocional. A música também ativa o neurotransmissor do prazer
no cérebro, à dopamina. Isso ajuda a explicar porque a música sempre fez parte da vida das
pessoas e é muito utilizada em festas, em filmes e pelo marketing. Obviamente, para podermos
usufruir deste benefício, temos que estar atentos ao repertório que escutamos. Há músicas que
contribuem ainda mais para deixar o coração desanimado. Certas melodias nos remetem a
situações desagradáveis e momentos não tão felizes, portanto, essas músicas devem ser
evitadas, se o objetivo é utilizar a música como terapia para trazer mais ânimo para o dia-a-dia.
Além de contribuir para o bem-estar do ser humano, a música pode ajudar a melhorar o
funcionamento do nosso cérebro, principalmente quando praticamos música com regularidade.
Pesquisas recentes nos mostram que o cérebro pode mudar sua própria estrutura, através dos
pensamentos e atividades estimulantes. O cérebro é vulnerável às influências externas e pode
ser exercitado como se fosse um músculo.
O fato é que a música nos envolve em diversos níveis e através de sua prática, desenvolvemos
habilidades motoras, cognitivas e lingüísticas. Todos podem desenvolver o talento musical, desde
que tenham contato com a música de forma agradável e pratique bastante.
A música pode fortalecer áreas importantes nos primeiros anos de vida, quando a
neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função através de
experiências anteriores) é maior, mas é preciso salientar que a plasticidade continua na fase
adulta. Nunca é tarde para praticar música. Ao aprender a tocar um instrumento musical, por
exemplo, estamos exercitando nossas habilidades mentais, refinando nossa capacidade de ouvir
e desenvolvendo o controle motor fino, o que ajudará na firmeza de equilíbrio e na mobilidade. Ou
seja, desenvolvendo essa nova habilidade, programaremos nosso cérebro para envelhecer em
melhores condições.
A música está acessível á todos, não importa a idade. Aliás, quanto antes começar, melhor.
Muitas famílias levam seus filhos desde bem pequenos para as aulas de musicalização infantil,
pois desta forma aprenderão muitas brincadeiras musicais para praticar com seus filhos em casa,
oferecendo assim, um tempo de qualidade, afeto e atenção exclusiva através da música, além de
oferecer muito estímulo ao cérebro de maneira lúdica.
A criança que tem contato com música de qualidade desde pequena, além de desenvolver o
gosto pela música, será um adulto com maior sensibilidade, e utilizará a música para descarregar
o stress do dia-a-dia de maneira saudável. Além disso, poderá se tornar um apreciador da boa
música, pois conviveu desde pequeno com este repertório, com experiências agradáveis e
provavelmente se identificará com pessoas do mesmo nível cultural.
Para os adultos, segue a dica: cante sempre, seja sozinho, com amigos, em um show com
artistas ou bandas que você goste, selecione suas músicas favoritas para ouvir durante o trânsito
ou para fazer ginástica... enfim! Inclua mais a música na sua vida. Ou melhor, que tal aprender a
tocar um instrumento musical para estimular seu cérebro com uma nova habilidade?
A música sem dúvida pode trazer bem-estar, auto-estima e melhor qualidade de vida para todas
as idades.
Experimente trazer a música com mais intensidade para sua vida e da sua família. Certamente
você perceberá que quem disse o famoso e antigo ditado: “Quem canta seus males espanta”
estava totalmente certo e por isso este ditado é tão conhecido até hoje!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br
Cones Divertidos

Ingredientes:
Patê: 1 xícara (chá) de tofu 3 colheres (sopa) de azeite meia xícara (chá) de nozes meia xícara
(chá) cheiro verde meia colher (chá) de sal
Recheio : 3 mini pães sírios médios 3 fatias de peito de peru fatiado 2 tomates sem sementes
picados 2 cenouras raladas meio pé de alface lisa picada 3 colheres (chá) de sal

Modo de Preparo:
Patê: Em um processador de alimentos, triture o tofu com o azeite, as nozes, o cheiro verde e o
sal.
Recheio: Corte as laterais e abra o pão sírio ao meio, com cuidado para não quebrar. Em uma
das partes do pão, passe uma camada do patê e coloque uma fatia de peito de peru, o tomate, a
cenoura, a alface e o sal. Enrole em formato de cone. Sirva.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Mini Pizza

Ingredientes
Massa
2 tabletes de fermento biológico (30 g)
1 colher (chá) de açúcar
4 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
5 colheres (sopa) de creme vegetal (sem leite e sem sal)
2 colheres (sopa) de azeite
Modo de Preparo,
Massa
Em uma tigela, dissolva o fermento biológico em 1 e meia xícara (chá) de água morna e
acrescente o açúcar. Incorpore a farinha de trigo aos poucos, o sal e o creme vegetal e misture
até obter uma massa homogênea que desgrude das mãos.
Amasse por cerca de 10 minutos.
Faça uma bola com a massa, unte-a com azeite, coloque-a em um recipiente grande e cubra-a
com um plástico filme. Deixe crescer por cerca de 1 hora em temperatura ambiente.
Abra a massa, espessura média, sobre uma superfície lisa e polvilhada com farinha de trigo.
Corte a massa em pequenos discos com cerca de 10 a 15 cm de diâmetro.
Leve ao forno médio (180°C), preaquecido, por cerca de 10 minutos. Cubra com o recheio de sua
preferência e sirva
Rendimento
14 porções
Tempo de preparo
20 minutos
Tempo total de preparo
1 hora e 20 minutos

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte: Instituto da Criança-HCFMUSP - Receitas isentas de leite de vaca
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Cárie de mamadeira

A cárie é uma doença infecciosa, transmissível e multifatorial, ou seja, depende de vários
fatores para o seu desenvolvimento, mas dentre estes fatores o principal é o a má higiene
bucal e a dieta.
A cárie de mamadeira acomete a dentição decídua, ou seja, dentes de leite de crianças
pequenas que recebem mamadeiras, mas especificamente as noturnas que quase sempre
são adoçadas.
Ao adormecer a criança tem uma diminuição dos movimentos musculares bucais em
geral, da frequência de deglutição e tem redução no fluxo salivar que ajudaria a combater
as bactérias. Quando uma criança faz uso da mamadeira noturna açucarada, todos esses
fatores, somados ao tempo que a criança permanece nesse estado, são suficientes para o
enfraquecimento das superfícies dentais.
As cáries ocorrem normalmente em todos os dentes superiores, principalmente os
incisivos(dentes da frente) mas pode afetar também os incisivos inferiores os caninos e os
molares(dentes do fundo). Estas cáries costumam atingir todas as faces dos dentinhos
causando uma destruição total. Além da destruição dos dentes estas bactérias podem
causar lesões nas válvulas do coração e nos rins causando insuficiência cardíaca e/ou
renal .
No nosso meio 60% das crianças já tiveram cáries aos 3 anos de idade o que mostra a
necessidade da prevenção precoce. A prevenção deve iniciar com orientações às
gestantes, e acompanhar a criança desde o nascimento do primeiro dente, associado ao
estimulo ao aleitamento materno. O ideal é educar os pais e fazer um trabalho
preventivo/curativo para as crianças, com atenção no primeiro ano de vida e educação
continuada para controle dos fatores de risco.
O primeiro passo no tratamento deste tipo de cárie é a conscientização da mãe, sugerindo
a suspensão da alimentação noturna por mamadeira, em crianças maiores.
Nas crianças menores, a mãe precisa higienizar a boca da criança após a mamadeira, com
uma gaze com água limpa ou se possível escovando os dentes da criança. Para que
possamos reduzir o potencial cariogênico da mamadeira, é aconselhável que retire o
açucar da mesma, porém mesmo sem açúcar o leite pode causar cárie!
Mas não é sómente a mamadeira que causa as cáries, os sucos, chás e o “melzinho” que
algumas famílias costumam passar na chupeta para acalmar as crianças são tão lesivos
quanto as mamadeiras.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Pavê de Frutas

Ingredientes:
Creme: 2 e meia xícaras (chá) de leite 1 gema de ovo 1 colher (chá) de essência de baunilha 1
e meia colher(sopa) de amido de milho 12 colheres (sopa) NESTLÉ® FARINHA LÁCTEA com
Aveia 2 colheres (sopa) de semente de linhaça triturada
Montagem: 1 pacote de Biscoito NESFIT® Leite e Mel 1 xícara (chá) de leite 1 maçã picada 1
xícara (chá) de manga picada 1 xícara (chá) de morango picado 1 xícara (chá)de uva picada
sem caroço

Modo de Preparo:
Creme: Em uma panela, coloque o leite com a gema, a essência de baunilha e o amido de milho,
misture bem e leve ao fogo médio por cerca de 10 minutos. Após iniciar fervura, cozinhe por
cerca de 2 minutos. Desligue o fogo, junte a NESTLÉ® FARINHA LÁCTEA com Aveia, a semente
de linhaça, misture bem e reserve. Montagem: Em uma tigela, coloque o leite e molhe os Biscoito
NESFIT® Leite e Mel. Em taças individuais, faça uma camada com os Biscoitos, alternando com
camadas do creme reservado, das frutas picadas, até finalizar com a camada de creme. Leve à
geladeira por cerca de 2 horas. Decore com pedaços de frutas e sirva.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

FEBREFOBIA
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A Febrefobia se refere ao medo irracional e exagerado que alguns pais apresentam em relação à febre e à sua evolução.

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FEBRE

Na Pedriatra, a febre é uma das principais causas de procura por atendimento médico, sobretudo porque pode indicar quadros infecciosos e causar grande inquietação aos pais.

Ao contrário do que muitos pensam e para a tranquilidade dos pais, a febre não é uma doença; na verdade, ela é uma resposta fisiológica a um insulto que estimula as defesas inflamatórias do organismos, podendo retardar, inclusive, o crescimento e a reprodução de bactérias e vírus.

Apesar de a febre ocorrer quando a temperatura corporal é igual ou maior que 37,8 C, um quarto dos pais utilizam antitérmicos com temperaturas menores que 37,8 C, quando não há necessidade. Em média, os pais supõem que a temperatura 37,4 C já seja considerada febre, e que a febre vista como " alta " seria aquela acima de 38,6 C. No entanto considera-se febre alta quando a temperatura é igual ou maior que 39,5 C.


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CONVULSÃO FEBRIL

Um receio comum entre os pais é que a febre possa causar convulsão. Porém convulsão pela febre é um fenômeno incomum, que ocorre entre apenas 2% e 5% das crianças.

A convulsão acontece com temperatura mais elevadas (> 39 ) e nas primeiras 24 horas do inicio da febre, em crianças com idades entre seis meses e três anos.

As convulsões febris são consideradas benignas e autolimitadas. Além disso, elas não causam lesão cerebral e não aumentam o risco de epilepsia no futuro.

O uso de antitérmicos não evita o aparecimento da convulsão febril.

Lesões cerebrais só ocorrem com elevações muito importantes da temperatura, para niveis acima de 41,5 C ou 42 C. Na ausência de estímulos hipertérmicos, como por exemplo a desidratação e a permanência em automóveis fechados e quentes, o organismo não permite que a temperatura corporal aumente até níveis fatais em crianças sem doenças neurológicas.


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TRATAMENTO

O tratamento da febre é realizado com medicamentos antitérmicos.

Deve-se ter em mente que a febre moderada estimula os mecanismo de defesa contra a infecção, por tanto o uso de antipiréticos não é necessário.

Antitérmicos são administrados para aliviar o desconforto causado pela febre ou quando a temperatura atinge níveis mais elevados (>39).

Um estudo brasileiro mostrou que 9% dos pais utilizam os antitérmicos em doces acima das recomendadas e 70,5% em doses abaixo da mínima recomendada. Ainda, uma grande porcentagem de pais administra antitérmicos em doses e frequências acima das sugeridas.

É importante lembrar que o efeito máximo dos antitérmicos é atingido em um intervalo de três a quatro horas após a administração . Só após esse período deve ser considerada a ineficária do tratamento.

Aproximadamente  um terço dos pais utiliza mais de um antitérmico alternadamente durante o mesmo episódio febril. No entanto ainda não existem evidências de que o uso de mais de um antitérmico seja mais eficaz na febre do que o de apenas um único medicamento. É importante ressaltar, ainda, que o uso de mais de um antitérmico aumenta o risco de efeitos adversos pelo tratamento.


Medidas não farmacológicas podem ser associadas a um antitérmico para auxiliar na redução da temperatura e em sua manutenção, conforme a seguir descrito.

- Retirar agasalhos e deixar a criança em ambiente ventilado.
- Dabanho morno de imersão por 10 a 20 minutos.
- Pode ser feita fricção delicada com esponja umedecida em água morna por 20 a 30 minutos (apenas se não causar desconforto).
- Não usar água fria.
- Não usar álcool para banho, pois ele pode ser absorvido pela pele.
- Estimular ingestão de líquidos (água, chá, suco).


Pais, procurem o médico de seus filhos para orientação do tratamento antitérmico adequado para oferecer conforto e bem-estar à criança.



















terça-feira, 22 de outubro de 2019

O Teste do Olhinho ou do Reflexo Vermelho

Este exame tem como objetivo ver um reflexo vermelho que aparece quando um feixe de luz
ilumina o olho do bebê. Quando presente significa que está tudo bem com o olho do bebê e que
não há nada que atrapalhe a entrada e a saída de luz pela pupila. Esse teste descarta problemas
na estrutura do olho como catarata e glaucoma, que se não forem diagnosticados e tratados
precocemente vão atrapalhar o desenvolvimento normal da visão.
Esse exame deve ser feito em todos os bebês logo após o nascimento, ainda na maternidade. É
simples e não dói. O médico usa um oftalmoscópio para observar o olho do bebê enquanto o
examina. Se for encontrado algum problema a criança será encaminhada ao oftalmologista.
Durante esse exame o médico também examina todas as estruturas externas do olho para ver se
está tudo dentro do normal e consulta após consulta a gente observa a evolução da visão,
movimentos dos olhos e capacidade da criança fixar o olhar.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar

Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O que saber sobre a dengue?

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas
de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti,
que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se
infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a
Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em
consequência da dengue.
Embora pareça pouco agressiva, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica, síndrome do
choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão arterial, o que eleva o
risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é atuando de forma preventiva,
impedindo a reprodução do mosquito.
Tipos
O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de
dengue causam os mesmo sintomas.
Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu
organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada
pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.
Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais
graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.
Dengue Clássica
A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe.
Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como
febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição,
enjôos, vômitos, entre outros.
Causas
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que,
após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar
o vírus da dengue durante toda a sua vida.
O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou
preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas
primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas
quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem
durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.

Sintomas
Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais
sinais são:
Febre alta com início súbito (39° a 40°C)
Forte dor de cabeça
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
Perda do paladar e apetite
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros
superiores
Náuseas e vômitos
Tontura
Extremo cansaço
Moleza e dor no corpo
Muitas dores nos ossos e articulações
Dor abdominal (principalmente em crianças).
Gripe x Dengue
Muitos casos de dengue são descobertos e tratados tardiamente pelas semelhanças que a
doença possui com a gripe, deixando o paciente menos preocupado em encontrar um tratamento
adequado. Há situações também em que a pessoa pode desconfiar de dengue, mas que uma
simples análise dos sintomas pode eliminar essa suspeita. A principal diferença entre a febre da
dengue para a da gripe é que, no caso da gripe, surgirão sintomas respiratórios normalmente nas
primeiras 24 horas após o início da febre. Além disso, espirros, tosse e a produção de muco no
nariz são sintomas comuns da gripe. A dengue não causa sintomas respiratórios por que o
mecanismo da doença não afeta o sistema respiratório, como é o caso da gripe.
Fonte: http://www.minhavida.com.br

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Quando desconfiar da anorexia e bulimia?

A anorexia e a bulimia são distúrbios alimentares dos quais o número de casos vem aumentando
especialmente em adolescentes do sexo feminino e com boa condição socioeconômica e cultural.
Anorexia: é uma doença em que a garota se enxerga muito acima do peso e a ingestão alimentar
reduz drasticamente.
A recusa é voluntária e na fase inicial da doença, não ocorre uma perda real do apetite. Mais
tarde o organismo pode acostumar-se com a pouca alimentação e a pessoa pode chegar até a
inanição.
O anoréxico pode morrer em estado de desnutrição. Desidratados, os pacientes sofrem perda de
eletrólitos, principalmente potássio, fundamental para o funcionamento muscular e cardíaco.
Bulimia: é quando existe uma compulsão alimentar em que se come acima do que deveria e,
em seguida, uma forma forçada de eliminar o que foi consumido através do vômito, laxantes,
diuréticos e outros medicamentos.
Normalmente a pessoa bulímica come sozinha e escondida, não se importando com o sabor da
comida ou sua combinação. Após o episódio compulsivo, sente-se culpada e com certo mal estar
físico em razão da quantidade excessiva de alimentos ingeridos, ocorrendo-lhe a ideia de induzir
o vômito para não engordar. Este comportamento lhe traz satisfação e alívio momentâneos e
assim ela pensa em ter descoberto a forma ideal de manter o peso sem restringir os alimentos
que considera proibidos.
O bulímico pode morrer devido aos métodos purgativos há pacientes que chegam a vomitar 15 ou
20 vezes por dia que estimulam a desidratação e perda de eletrólitos.
Quais são os sintomas?
- Baixo peso
- Interrupção da menstruação
- IMC abaixo de 15 em crianças e adolescentes
- abuso de prática de exercícios físicos
- prisão de ventre e depressão.
Quais são as causas que motivam a anorexia e a bulimia?
- Genética: se a mãe já passou por algum transtorno alimentar, é comum que a filha possa ter.
- Cultural: influência do ideal de beleza de modelos magras que é divulgado pela mídia.
- Hormonal: é comum que na adolescência que as garotas não se aceitem como são. Então,
para ser bem aceita na escola, entre amigos e o namorado, acaba "aderindo" ao transtorno, na
tentativa de emagrecer.
- Elementos psicológicos: pode acontecer quando a garota passa por problemas pessoais,
como separação dos pais, bullying e abuso sexual.
Como interferir?
O tratamento se dá com ou sem internação e utiliza de equipe multiprofissional com intervenções
medicamentosas, psicológicas e nutricionais.
Ambas são doenças crônicas, de difícil controle. É necessário o acompanhamento a longo prazo,
e as recaídas são frequentes.
O diagnóstico e o tratamento precoce podem fazer toda a diferença entre o fracasso e o sucesso
terapêutico.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 9 de outubro de 2019


Doação de Leite Materno e Bancos de Leite

Se a amamentação está acontecendo de forma adequada, o bebê está bem, ganhando peso, a
mãe tranquila e produzindo leite em boa quantidade, pode acontecer uma fase que há sobra de
leite materno, quer dizer, a criança mama e está satisfeita, mas mesmo assim há leite na mama.
Essa fase é muito boa para se realizar a retirada do leite excedente para guardar
(congelar em casa) para a própria criança quando a mãe voltar a trabalhar ou sair e deixar o bebê
aos cuidados de alguém, ou ainda, doar para um Banco de Leite.
Os Bancos de Leites são locais preparados para receber leite materno doado sob
condições adequadas e de mães que estejam saudáveis e tenham exames de pré-natal normais,
esse leite é preparado (pasteurizado) e oferecido para os bebês que estão internados,
geralmente, doentes ou com algum problema de saúde.
Para saber qual o Banco de Leite mais próximo do seu domicílio entre em contato com a
unidade de saúde ou maternidade mais próxima da sua casa ou então acesso o site
http://www.redeblh.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htmpara maiores informações.
Como fazer para ordenhar o leite (para o bebê ou para doação):
A expressão manual é o método mais útil para a retirada do leite do peito. Não machuca e pode
ser feita de forma fácil.
Como escolher e higienizar o frasco para armazenar leite materno ?
Lave um frasco com tampa de plástico (maionese, por exemplo), retirando o rótulo e o papel de
dentro da tampa.
Coloque o frasco e a tampa em uma panela, cobrindo-os com água.
Ferva por 15 minutos, contando o tempo a partir do início da fervura.
Escorra sobre um pano limpo até secar.
Feche o frasco sem tocar com a mão na parte interna da tampa.
O ideal é deixar vários frascos preparados.
Antes de realizar a ordenha lembre-se :
Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão.
Lave as mamas apenas com água.
Seque as mãos e as mamas com toalha limpa.
Escolha um local adequado para retirar o leite
Escolha um lugar confortável, limpo e tranquilo.
Forre uma mesa com pano limpo para colocar o frasco e a tampa.
Evite conversar durante a retirada do leite.
Como fazer para retirar o leite (ordenha)?
Massageie as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da
parte escura (aréola) para o corpo.
Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola.
Coloque o dedo indicador e médio abaixo da aréola.
Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo.
Aperte o polegar contra os outros dedos até sair o leite.
Pressione e solte. A manobra não deve doer. No começo o leite pode não fluir, mas depois de
pressionar algumas vezes, o leite começa a sair com mais facilidade.
Despreze os primeiro jatos ou gotas.
Abra o frasco e coloque a tampa sobre a mesa forrada com um pano limpo, com a abertura para
cima.
Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola.
Mude a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas.
Alterne a mama quando o fluxo de leite diminuir e repita a massagem e o ciclo várias vezes.
Lembre que ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em
cada mama, especialmente nos primeiros dias.
A retirada do leite pode ser feita ao mesmo tempo nas duas mamas.
Após terminar a coleta, feche bem o frasco.
Como conservar o leite ordenhado?
Após a coleta, guarde imediatamente o frasco na geladeira, congelador ou freezer.
Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por até 12 horas, e, no freezer
ou congelador, por até 15 dias.
Como oferecer o leite ordenhado à criança?
O leite deve ser oferecido, de preferência, utilizando-se copo, xícara ou colher.
Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, este deve ser descongelado, de
preferência dentro da geladeira. Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em banhomaria
fora do fogo. Antes de oferecer o leite à criança, deve-se agitar suavemente para misturar
bem o leite.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

sexta-feira, 4 de outubro de 2019


Como dar limites às crianças de acordo com a idade

Todas as crianças precisam de amor, carinho, cuidados e atenção, mas, o que muitos não sabem
é que outra forma de amar e cuidar são os tão famosos limites.
Mas, o que são limites?
Limite é tudo aquilo que demarca, separa e finda territórios, avisando o que pode e não pode ser
realizado.
Muitos pais questionam como e quando dar esses limites e acreditam que quando as crianças
estiverem falando e compreendendo melhor as coisas é o momento certo de mostrar quais são as
regras, pois afinal de contas um bebê não entende nada, certo? ERRADO!!!!!!
Então, como e quando mostrar os limites? Em uma casa na qual morem crianças de diferentes
idades, será desafiador apresentar esses limites, pois, a forma de apresentar as regras será de
acordo com o amadurecimento de cada criança, mas, isso não significa que as regras serão
diferentes, só serão apresentadas de acordo com o entendimento de cada uma.
Uma criança menor exige maior atenção no que se refere aos limites, mas, se a regra da casa diz
que não pode mexer no celular da mamãe, essa regra deve valer desde o menor até ao mais
velho.
Para ajudar os pais em todas as fases da criança é importante saber em que fase ele ou eles se
encontram:
Até 6 meses: a única vivência do bebê era dentro do útero, quando ele nasce fica totalmente
perdido precisando de direção, é aí que entra o papel dos pais, montando uma rotina necessária,
na qual, será seu primeiro contato com as regras da casa. Ele terá horário para tudo, para dormir,
para comer, para tomar banho, para trocar as fraldas entre outras coisas necessárias para a sua
sobrevivência.
Até aos 2 anos: Nesta faixa etária, os pais precisam ter muita paciência e repetir as ordens
diversas vezes, até que a criança incorpore as regras.Seu filho somente agora começa a
perceber as pessoas ao seu redor e entender melhor o mundo, mas, ainda terá dificuldade em
dividir suas coisas e para tudo irá falar: “é meu!”. Nesta fase a palavra mais ouvida por ele é
“não”, principalmente no que se refere a sua segurança, porém, a criança não entende muito
bem essa palavra, e se entende um pouquinho tende a desobedecer. Para a segurança da
criança a melhor forma é ir até ele e retirá-lo do perigo.
De 3 aos 5 anos: Essa é a tão famosa fase da teimosia e dos “porquês”. Nesta fase as crianças
estão descobrindo o mundo e tudo que vê quer mexer. A criança vai testar todos os limites dos
pais, por isso, nunca mude as regras por causa do seu filho, ele deve se adaptar as regras da
casa e se caso você pegar seu filho fazendo “arte” corrija na hora, porque se deixar para depois
ele não conseguirá fazer a associação da bronca com seu erro.
De 6 aos 10 anos: Nesta fase os filhos já conhecem perfeitamente as regras da casa, sabem o
que pode e não pode e mesmo assim desobedecem. Argumentar com seu filho sobre uma
determinada decisão é excelente, porém, nesta fase muitas vezes só a argumentação não é
suficiente, então, os pais deve entrar com a proibição e simplesmente lembrá-lo de qual regra
estão se referindo. Elogiar ainda é uma grande solução, elogie sempre seu filho, mas, o elogio
precisa ser merecido e não só elogiar quando ele acertar, mas, quando ele demonstrar esforço.
Quanto mais velha a criança mais difícil é colocar limites, porém, totalmente possível. Educar uma
criança não é trabalho fácil, requer muito atenção, disciplina e paciência, principalmente na
primeira infância, período que compreende de 0 a 7 anos em que a personalidade está se
firmando. Sempre converse com seu filho, é muito importante ter um tempo com ele, explique o
porquê das proibições e das regras.
Saiba que agindo assim a cada dia que passar maior será o diálogo e a cumplicidade entre vocês
e assim você verá o crescimento e amadurecimento dele, percebendo como se tornou um ser
humano responsável e admirável.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar

Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Meu filho é hiperativo?

A hiperatividade conhecida também como TDAH (Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade) é um distúrbio comum, mas, pouco divulgada, difícil de detectar e fácil de
confundir. O distúrbio trata-se da síndrome da conduta, de origem neurobiológica, mais frequente
durante a infância. Estima-se que cerca de 5% da população infanto-juvenil, de 3 a 16 anos,
desencadeou TDAH, porém, esse distúrbio ocorre mais frequentemente nos meninos.
Uma das causas da hiperatividade é a hereditariedade. No entanto, muitas crianças que não
apresentam histórico familiar possuem o hiperativismo. Nestes casos, cientistas afirmam que uma
das principais razões para ter desencadeado o distúrbio, foi na gravidez.
De acordo com a DSM-IV (Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais),
gestantes que abusam do cigarro, ou de substâncias químicas, tem grandes chances de
desenvolver uma criança hiperativa. Problemas no parto também aumentam as chances da
criança desenvolver o transtorno.
Um grande problema nas escolas com pais e professores é a dificuldade que eles sentem para
identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe falta é limites, pois os sintomas são
muito parecidos.
Para identificar o hiperativismo alguns comportamentos devem ser observados com mais
atenção, como:
Inquietude: a criança move os pés, mãos e o corpo sem parar ou sem um objetivo claro. A
criança levanta, salta e corre quando naquele momento deveria estar sentado;
Baixa autoestima: A criança desenvolve baixa autoestima devido a sua impopularidade;
Impulsividade: reagem sem pensar nas consequências, são impacientes e interrompem
conversas e tarefas sem nenhum receio. Não respeita a vez dos outros;
Concentração: a falta de concentração é uma das características marcantes, eles não se
atentam aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.
Persistência: a falta de persistência é comum na hiperatividade, eles não terminem as tarefas,
evitam as que precisam de um esforço contínuo;
Distração: se distrai com muita facilidade e esquece o que deveria fazer;
Surdez fictícia: pois, parece não escutar o que a outra está falando.
Para um diagnóstico preciso é necessário que esses sintomas ocorram com frequência e não de
vez em quando. A criança pode ser avaliada por um pediatra ou até mesmo por um psicólogo
infantil, que é o profissional mais indicado e que irá realizar diversos testes de atenção e também
de autocontrole.
A criança hiperativa necessita de ajuda e de um acompanhamento profissional para melhorar ou
anular os sintomas do transtorno, diminuir ou eliminar os sintomas associados e melhorar a
aprendizagem, linguagem, escrita, relação social e familiar.
Para que isso ocorra, o especialista deverá oferecer informações aos pais e professores, além de
tratamento farmacológico (uso de remédios) se necessário e tratamento psicopedagógico.
Os pais desempenham um papel fundamental e muito importante durante o tratamento. As
crianças hiperativas necessitam de muito apoio, compreensão e carinho, além de muita paciência
para que aos poucos sua vida entre no ritmo normal.
Geralmente, com a passagem da puberdade os sintomas da hiperatividade vão reduzindo e a
grande maioria que sofre com o transtorno apresenta significativa melhora na fase adulta.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Os benefícios em seu filho conviver com crianças especiais

Primeiramente vamos entender quem são essas crianças especiais ou crianças com
necessidades especiais.
São aquelas que, por alguma diferença no seu desenvolvimento, requerem certas modificações
ou adaptações no programa educacional, visando torná-las autônomas, capazes e mais
independentes, para que possam atingir todo seu potencial. Podem elas ser de condições visuais,
auditivas, intelectuais (mentais), físicas e ter duas ou mais dessas deficiências, como visual e
intelectual ao mesmo tempo.
Hoje em dia, algumas escolas já estão aceitando alunos com necessidades especiais em classes
regulares. Naturalmente, como em toda mudança, existem dúvidas dos pais, será positiva a
convivência entre crianças com diferenças? É benéfico?
Esse assunto tem sido matéria de jornais e revistas e trata da inclusão social de crianças com
deficiências físicas e intelectuais.
A proposta educacional é oferecer educação de qualidade para todos, sem discriminação. Dessa
forma, alunos especiais frequentariam as mesmas escolas das demais crianças.
O que está na base desse movimento mundial, responsável por uma grande transformação, é a
valorização da diversidade (ser diferente). Assim sendo, é garantida a cada aluno a oportunidade
de desenvolver ao máximo o seu potencial, num ambiente enriquecedor e estimulante. A inclusão
social nas escolas passa ser normal a cada dia, apesar, de muitas escolas ainda recusarem
crianças especiais por diversos motivos, dentre eles, dizer que não quer denegrir a imagem da
escola, ou então, dizer que não estão preparados para trabalharem com esse tipo de criança, e
esquecem que existe uma lei desde 1994 quando a Unesco recomendou o fim da barreira entre
as escolas especiais.
Os educadores, reunidos em Salamanca, decidiram garantir o direito de acesso a salas de aulas
regulares a todas as crianças, independente de suas limitações. A intenção é possibilitar a
integração de todos os indivíduos à comunidade.
Nas escolas que recebem crianças especiais, é percebido que o ambiente se modifica para
melhor.
A convivência entre alunos com deficiência desenvolve significativamente a tolerância e a
solidariedade. Ocorre uma melhora na qualidade dos relacionamentos. Há, inclusive, relatos que
mostram que a agressividade e a violência diminuem bastante. As crianças especiais,
estimuladas pelos outros alunos, alcançam progressos muito superiores aos que teriam em
escolas especializadas, onde estariam “protegidas” desse contato e, portanto, segregadas. Dessa
forma, ao participar das atividades regulares, as crianças deficientes desempenham maior
quantidade de tarefas do que antes, aprendem mais com o amigo que tem uma habilidade maior,
que de contra partida desenvolve características nas crianças ditas “normais” que não seria
desenvolvida se ela não se encontrasse nessa situação, na qual ele ajuda o outro, ou o próximo.
Os educadores, diante de uma turma ainda mais heterogênea, passam a considerar e valorizar as
diferenças e particularidades de cada aluno, vendo cada um como um ser individual, com suas
próprias características e dificuldades. Com isso, a avaliação feita pelo professor se torna mais
individualizada, deixando de tratar a sala como um todo e sim na individualidade, pois, todo ser é
único e diferente um dos outros.
Os pais também aprendem, pois, todos terão contato e se interessarão por questões que antes
não os afetavam, pois, não faziam parte de seu universo.
Alguns pais temem que haja uma queda no rendimento de todo o grupo, pois acham que a
professora irá “esperar” a criança deficiente acompanhar os demais, o que provocaria atraso na
programação e interferência negativa no desempenho acadêmico dos próprios filhos.
A proposta da inclusão é que as crianças especiais se beneficiem do convívio, tenham uma
melhor socialização, embora, talvez, não alcancem a mesma produção dos demais, dessa forma
o cronograma seria mantido, sem prejuízo para os outros alunos.
Não há o que temer entre a amizade e convivência com o especial, essa convivência não irá
diminuir a capacidade intelectual das crianças. Alguns pais acham que seus filhos convivendo
com crianças especiais, se tornarão como ele, então, vale ressaltar que o especial nasce assim
muitas vezes por uma anomalia genética (irregularidade na formação da criança ainda no ventre)
e anomalias não são transmissíveis como um vírus.
Todos nós temos algo a aprender e a ensinar uns para os outros, independente do nosso nível
intelectual, de nossas habilidades e de nossas idades. Crescendo com este pensamento, as
crianças ditas “normais” tendem a crescer com uma visão ampla da vida e com muito menos
preconceitos. Aproveitar a oportunidade para gerar nas crianças a compaixão e a solidariedade,
certamente ajudará a ter um mundo melhor, com cidadãos que crescerá respeitando,
compreendendo e olhando as diferenças como algo normal.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Quibe vegetariano recheado

Ingredientes
200 g de trigo para quibe
1 colher (sopa) de óleo
1 cebola média
1 cenoura ralada
100 g de vagem picada
2 batatas cozidas e amassadas
sal a gosto
orégano a gosto
200 g de queijo minas frescal picado em cubos pequenos

Modo de Preparo
Deixe o trigo de molho na água por 20 minutos. Escorra e esprema bem para tirar o excesso de
água. Em uma panela, aqueça o óleo, refogue a cebola, a cenoura e a vagem e tempere com sal
e orégano. Deixe a batata esfriar um pouco, e misture com o trigo. Tempere a massa também.
Em um refratário untado com margarina, coloque metade da massa, o queijo e o recheio, e cubra
com o restante da massa. Leve ao forno, pré-aquecido, a 220°C por 20 minutos.

Fonte: www.comecarsaudavel.com.br

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Como falar de morte com as crianças?

Com certeza esse é um tema muito delicado e difícil de ser falado em qualquer época da nossa
vida.
Se é difícil e confuso para nós adultos imagina para as crianças. Infelizmente a morte é um
aspecto inevitável e pode acontecer a qualquer momento e quando ela acontece, seja ela com o
bichinho de estimação ou com um ente querido, as crianças precisam de todo nosso apoio e
principalmente de nossa sinceridade para que haja confiança.
Antes de começar a explicar temos que ter claro em nossa mente o que é a morte para nós
mesmos, pensar em que realmente acreditamos, porque só assim poderemos responder aos
questionamentos delas.
Muitos pais tem dúvida de quando começar a falar sobre o assunto ou então preferem nem falar.
Deixar de falar não é a melhor solução, pois infelizmente a morte é algo que acontece e faz parte
da vida de todos nós, ela está nas plantas, nos bichinhos, amigos e familiares. A melhor época
para falar sobre o assunto é quando a situação acontecer, e essa situação pode ser a morte de
alguém querido ou o questionamento da criança sobre o porquê a florzinha do vaso morreu.
Entre 5 a 7 anos a criança começa a entender melhor como relacionar sua vida com o mundo,
então, automaticamente ela conseguirá relacionar a morte com algo que ela perdeu, como um
brinquedo por exemplo.
A morte faz parte do ciclo da vida, uma ótima maneira de preparar seu filho de maneira simples é
ensiná-la desde pequena com exemplos práticos. Plante uma semente e vá mostrando como ela
nasce, cresce e morre. Lembra daquele feijãozinho plantado no algodão que todos nós fizemos
na escola? pode ser um ótimo aliado neste momento. O mais importante desta experiência é
mostrar que esse processo é natural e que independe se ela cuidou direitinho da planta.
Existem três itens em relação à morte que a criança precisa entender:
- Tudo que é vivo vai morrer um dia;
- Quando morre não volta mais;
- Depois que morre, o morto não sente dor, não corre, não sente medo, não dorme, não pensa,
não age mais.
Para contar para a criança que alguém morreu, o melhor é não mentir e nem contar historinhas
do tipo: “ele dormiu para sempre”, “descansou”, ou “fez uma longa viagem”. As crianças
entendem as frases como elas exatamente são e podem achar que a vovó que morreu está
apenas dormindo e vai acordar a qualquer momento e chegar em casa ou que todo mundo que
viaja nunca mais volta, ou quando o papai chegar e disser que está cansado, ela vai achar que
então ele irá morrer. Dizer também que “fulano virou uma estrelinha”, a criança vai acreditar e
quando olhar para o céu irá achar que todas as estrelas são pessoas mortas.
Se um ente querido estiver muito doente a criança deve saber o que está acontecendo, por mais
nova que ela seja, ela irá perceber o clima da casa. Explique que a pessoa está doente e que é
grave. Se caso a pessoa morrer nunca chegue na criança contando o que aconteceu de repente,
comece a conversa relembrando do ciclo da vida da plantinha, daquele feijãozinho que vocês
plantaram. Dê espaço para a criança tirar todas as dúvidas que ela tenha neste momento.
Nunca esconda seus sentimentos, não queira passar a imagem de que está tudo bem, pelo
contrário, exponha suas emoções, chorar e dizer que será difícil para todos da família, vai fazer a
criança perceber que o que ela está sentindo é normal e que não está sozinha.
O mais importante de tudo é sempre agir com honestidade, com a verdade, para que ela possa
sempre confiar em você. Se não souber responder a alguma pergunta que ela faça, não tem
nenhum problema em dizer “não sei”, buscar as respostas junto com seu filho, poderá uni-los
ainda mais.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Separação dos pais: como falar e lidar? Até pouco tempo, as crianças apresentavam os medos comuns da infância: medo do escuro, de barulh...