domingo, 29 de setembro de 2019

Consumo de gorduras na primeira infância e risco de doenças do coração

Gorduras saturadas, mono e polinsaturadas, gordura trans... Nutrientes de nomes estranhos, mas
muito conhecidos que merecem atenção desde o início da infância, devido aos benefícios e
malefícios para a saúde quando consumidos de forma equivocada.
Você sabe para que servem?
O que são gorduras?
Gorduras são nutrientes essenciais para o organismo. Fornecem energia para o nosso corpo, são
fundamentais para a absorção das vitaminas A, D, E e K, fazem parte da estrutura de todas as
nossas células, protegem os órgãos e participam da formação de importantes hormônios do corpo
Gorduras: todas são importantes?
As gorduras saturadas estão presentes principalmente em alimentos de origem animal, como
carnes de porco, boi, cordeiro, bacon, banha de porco, frango com pele, leite integral e seus
derivados como manteiga, queijos e requeijão. Os únicos alimentos de origem vegetal ricos em
gordura saturada são o coco, o óleo de palma ou dendê.
Se consumida em excesso desde a infância, a gordura saturada irá colaborar para o aumento do
mau colesterol (LDL colesterol) aumentando os riscos de infartos.
Já as gorduras trans podem ser encontradas em alguns alimentos, como margarinas, cremes
vegetais, tortas congeladas, salgadinhos de pacote e qualquer alimento que utilize em sua
preparação gorduras vegetais hidrogenadas. Além de aumentarem o mau colesterol também
reduzem o bom (HDL colesterol), tornando-se ainda mais prejudiciais para o coração.
Qualquer quantidade consumida da gordura trans não é bem vinda para o organismo em
qualquer fase da vida.
As gorduras que, dentre tantos benefícios, podem ajudar a reduzir o mau colesterol são as
chamadas gorduras insaturadas. Há dois tipos principais: monoinsaturadas e poli-insaturadas.
As monoinsaturadas estão presentes no azeite de oliva, no óleo de canola, no abacate e em
algumas sementes e oleaginosas como o gergelim, o amendoim e as nozes.
As poli-insaturadas são encontradas nos óleos de soja, milho, girassol, na linhaça e nos peixes. A
linhaça e os peixes de água salgada e profunda, como o salmão selvagem (não de cativeiro),
atum, arenque, cavala e sardinha são ricos em ômega 3, um tipo de gordura poli-insaturada
essencial para a o desenvolvimento do sistema nervoso central e formação da retina do bebê
durante a gestação e com potente ação no controle dos triglicérides sanguíneos e prevenção de
diabetes.

Quantidade recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria !!
Grupo alimentar: 6 a 11 meses  / 1 a 3 anos  /  Pré-escolar e  escolar / Adolescentes e Adultos

Óleos e gorduras: 2 porções    /   2 porções      /           1 porção           /       1 a 2 porções

1 porção = 1 colher de sobremesa de azeite de oliva (4g) ou óleo de soja, ou canola ou milho ou
girassol.
1 porção = 1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina (5g)

E por que se preocupar com o tipo de gordura consumida desde a infância?

Os primeiros 1.000 dias de vida, da concepção até os 2 anos de idade da criança, é o período
conhecido como janela de oportunidades, no qual o cuidado com os nutrientes ingeridos, bem
como o crescimento e desenvolvimento adequados, asseguram um futuro muito mais saudável
durante a vida adulta.
O consumo de boas gorduras, estar atento à quantidade de gordura saturada de qualquer
alimento e restringir alimentos com gorduras trans na infância ajudam a manter sobre controle os
níveis do colesterol ruim e triglicérides além de prevenir o aparecimento de doenças
cardiovasculares futuros.
O estímulo ao consumo de alimentos que contenham quantidades adequadas de gorduras nos
primeiros anos de vida forma bons hábitos alimentares e favorece um futuro muito mais saudável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manhan LK, Escott-Stump S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 9º ed. São Paulo: Roca,
1998.
Victora CG, Adair L, Fall C, et al: Maternal and child undernutrition: consequences for adult health
and human capital. Lancet ;371:340-357, 2008.
Adair LS Long-Term Consequences of Nutrition and Growth in Early Childhood and Possible
Preventive Interventions. Nestlé Nutrition Institute Workshop Series, Vol. 78, 2014.
Niinikoski H, Lagström H, Jokinen E, Siltala M, Rönnemaa T, Viikari J, Raitakari OT, Jula A,
Marniemi J, Näntö-Salonen K, Simell O. Impact of repeated dietary counseling between infancy
and 14 years of age on dietary intakes and serum lipids and lipoproteins: the STRIP study.
Circulation; 116(9): 1032-1040, 2007.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar

Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Engatinhar para Desenvolver


Que coisa boa é ver nosso bebê se movimentando! Normalmente, os primeiro passos e as
primeiras palavras são bem esperados pelos pais, porém, as etapas que vêm antes são de
extrema importância para os pequenos, como o ato de engatinhar.
Engatinhar é superimportante para o desenvolvimento do seu bebê, afinal, é primeira ação de
locomoção dos pequenos, quando eles começam a descobrir o mundo por si só.
Além de ser um ótimo exercício para coordenação motora – já que ajuda a desenvolver a
capacidade de mexer bracinhos e perninhas simultaneamente –, esta atividade também favorece
a coordenação visual, dá aos pequenos a noção de espaço e distância, e ajuda a alinhar a
coluna, preparando-os, assim, para ficar em pé com mais firmeza e equilíbrio.
Mas, e os andadores?
Jamais utilize um andador!
Atualmente, muitos pais ainda optam pelos andadores para dar mais independência aos seus
filhos e por acreditarem que são mais seguros, o que é um erro.
Os andadores não são recomendados nem pelos pediatras e muito menos pela Sociedade
Brasileira de Pediatria, a SBP, já que estes acessórios são responsáveis por grande parte dos
acidentes graves que acontecem com crianças menores de quatro anos de idade. Seus riscos
vão desde queimaduras – devido à proximidade da criança com as tomadas e panelas –,
intoxicações, afogamentos e, principalmente, quedas. Neste último caso, uma em cada três
quedas resulta em lesões graves, como fraturas e traumas cranianos.
Sem contar que com a utilização do andador, pula-se a fase do engatinhar e todos os seus
benefícios. Assim, a criança acaba demorando mais para ficar em pé e caminhar sem apoio.
Quando engatinha a criança constroi sinapses que são conexões entre os neurônios, estas
ligações servem para transmitir informações adquiridas durante as experiências do dia a dia. Se o
bebê engatinha ele descobre que o chão tem diferentes texturas e até isso é importante no
equilibrio. Ao cair e levantar ele vai aprendendo a se equilibrar!
Quando fica de pé dentro de um andador, o bebê fica em uma posição errônea, ele "joga" o
quadril para frente e assim a cabeça do fêmur fica rodada o que irá contribuir para deformidades
na idade adulta! Além disto o engatinhar melhora a próriocepção que é a consciência corporal!
Sabemos hoje em dia que a falta do engatinhar é também uma das causas de ejaculação
precoce porque o homem perde a capacidade de controlar suas sensações.
No Brasil, diferentemente do Canadá, por exemplo, ainda não há uma legislação que proíba o uso
dos andadores. Por isso, os especialistas contam com o bom senso dos pais. Fique atenta,
mamãe!
Estimule seu bebê
A maioria das crianças começa engatinhar entre sete e oito meses. Claro que cada uma tem seu
tempo, algumas nem passam pela fase do engatinhar, outras a pulam para tentar ficar em pé e
depois acabam retornando a ela. O importante é incentivar o seu filho, e isso pode ser mais fácil
do que você imagina, sabe como?
Se seu pequeno já senta, coloque-o no chão, em lugar limpo e seguro, e deixe-o livre para
explorar. Outra dica bem bacana é colocar os brinquedos que ele mais gosta em seu campo de
visão, mas distante do seu corpo; assim, para pegá-los, ele terá que se locomover. Ele também
vai gostar de vencer obstáculos!
E que tal você se colocar à frente do seu bebê e chamá-lo para vir até você? Além de ser um
grande incentivo, você irá se deliciar com as risadas, gracinhas e esforço dele.
É importante que você saiba que existem diferentes modos de engatinhar. Podemos dizer que
cada bebê tem um estilo: há os que engatinham sentados, com quatro apoios, bumbum para
cima, com uma perna só, e por ai vai. Alguns parecem carangueijinhos andando de lado! Todas
as variações são normais, mas caso ache algo estranho, não hesite em perguntar ao pediatra. O
que importa é que ele se movimente!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Aprendendo na cozinha

Mamãe, que tal convidar seu filho para um programa diferente neste fim de semana? Aproveite o
clima de férias e chame-o para ajudar a preparar um lanchinho, o café da manhã ou mesmo fazer
uma sobremesa, já que as crianças adoram.
A garotada começa a demonstrar interesse pela culinária por volta dos três anos de idade, ao
observar seus familiares preparando diversos pratos.
Muitas pessoas acreditam que criança e cozinha não combinam; e, de fato, a cozinha é um dos
ambientes menos seguros da casa, devido à presença de panelas, talheres, fogão etc. Porém,
com alguns cuidados e a supervisão de um adulto, uma tarde gastronômica na companhia dos
pimpolhos pode ser muito divertida e útil ao desenvolvimento do seu filho.
Você sabia que “cozinhar” junto a você ajuda seu filho a aprender a ler e escrever?
Muitos educadores incentivam essa atividade entre pais e filhos, já que ao auxiliar um adulto, a
criança precisa entender quantas xícaras e colheres de determinado produto são necessárias
para o preparo do prato. Dessa maneira, conforme a receita vai ficando pronta os pequenos
desenvolvem o raciocínio numérico.
Já a alfabetização, por ser um processo gradativo, necessita do envolvimento da criança. Por
meio da culinária, acompanhando a leitura das receitas, ela percebe a importância da
comunicação, de conseguir ler as receitas, os nomes dos utensílios, os ingredientes etc.
Sem contar que, participando da preparação da comida, os pequenos aprendem sobre a
alimentação e passam a comer melhor.
Viu como é possível ensinar algo ao seu filho de maneira gostosa e divertida mesmo longe da
escola?

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte :Texto original extraído do Blog Vida de Mãe – www.nestle.com.br/vidademae
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quinta-feira, 26 de setembro de 2019


Dúvidas comuns sobre alimentação complementar

Porque a alimentação complementar tem que ser introduzida aos 6 meses ?
Porque nessa idade a criança tem suas necessidades nutricionais aumentadas. Ela precisa de
outros alimentos complementares e adequados à sua idade, além do leite materno para que não
corra o risco de ter a temida anemia e a desaceleração do crescimento.
Porque quando se coloca a colher na boca do bebê ele empurra com a língua?
Na verdade isso é bem normal. É assim que ele mama. Coloca a língua para frente e puxa o leite
do peito. Na mamadeira o mecanismo é diferente, mas ele também tem que colocar a língua para
frente. Nas primeiras colheradas ele vai fazer isso mesmo. É comum até se atrapalhar um pouco,
mas com criança tudo é muito rápido, em poucos dias ela aprende a usar a colher com facilidade.

Quando se oferece um alimento que a criança não aceita significa que ela não gosta ou
tem algo que faz mal para ela?
Não é porque o bebê não come o alimento na primeira vez que se deve desistir. A criança precisa
entrar em contato com aquele alimento – em diferentes preparações, dias, consistências – umas
8 a 10 vezes para se acostumar. Por isso é importante variar, para ele ir acostumando com tudo.

Quando não é possível preparar a alimentação do bebê, há problemas em se oferecer as
papinhas prontas? Quando entrar com a alimentação da família?
Especialmente para bebês, na fase entre 6 a 10 meses, recomenda-se não se introduzir a
alimentação dos adultos. A quantidade de sal, óleo refogado, tipo de alimento, quantidade de
gordura, entre outros fatores, pode não ser saudável para uma criança que ainda é imatura (rins,
intestinos, cérebro amadurecendo). Há recomendações nutricionais específicas para esses bebês
que devem ser respeitadas para se reduzir o risco de desenvolvimento de doenças em curto e
longo prazo. Nesse caso utilizar os alimentos específicos para bebês é melhor opção – realmente
eles não têm conservantes, contém produtos naturais, sua composição é adequada para cada
idade do bebê. Pode-se pensar em usá-los de forma isolada ou combinada com outros alimentos,
na composição de um cardápio saudável. Isso é uma opção, também, quando é necessário levar
alimentos para o bebê em passeios, viagens, consultas. É mais seguro do que manter alimentos
preparados em casa fora de refrigeração – que podem rapidamente entrar em deterioração. A
alimentação usual da família somente deverá ser oferecida a partir do primeiro ano de idade,
desde que contenha pouca quantidade de sal e gordura e seja rica e variada na oferta de
legumes e verduras em geral.

O bebê só quer mamar e não quer comer, o que fazer?
Essa é uma situação comum no começo da alimentação complementar. Há crianças que
preferem mamar, mas elas devem ser estimuladas a provar os alimentos complementares. É
importante que a família toda esteja segura e tire as dúvidas com o pediatra nessa fase. Cada
criança se comporta de uma forma diferente – imprimi a sua personalidade desde muito cedo. É
como aprender a andar, precisa de ajuda, cuidado e carinho para que ela entre e ultrapasse essa
etapa tão importante. No começo é mais difícil, mas de repente ela deslancha. Aí é só alegria e
satisfação.

Há algum alimento proibido para o bebê?
Todos os alimentos saudáveis estão liberados. Não se deve usar, especialmente nos menores de
um ano, sucos artificiais, refrigerantes, café, alimentos com adição de açúcar (sacarose),
salgadinhos, alimentos com adição de gordura hidrogenada, entre outros. Não é porque a criança
está olhando um pacote colorido que ela quer comer ou beber o que tem dentro. Todos da família
devem estar unidos para que ele tenha, nessa fase tão especial, uma alimentação cada vez mais
saudável.

Deve-se continuar amamentando o bebê quando ele já come?
Sem dúvida, a criança que está sendo amamentada deve continuar. O aleitamento materno deve
acontecer até dois anos ou mais. O tempo vai passando e os horários de “comida” e “mamada”
vão ficando bem organizados. Ao final do primeiro ano de vida é comum a criança mamar umas 3
a 4 vezes ao dia e nos outros horários comer. Não é verdade que mamar no peito “vicia” e por
isso a criança deixa de comer “comida”. É uma transição natural de comum acordo, sempre que
possível, entre criança e mãe. Se a criança estiver recebendo mamadeira – fórmula infantil – o
volume a ser ingerido, em média durante o dia, deve ser de 500 a 600 mL. Crianças menores de
um ano não devem receber leite de vaca integral e não se deve adicionar alimentos que
não são próprios ao bebê como açúcares, farinhas, mel, achocolatados, entre outros. Os
cereais infantis enriquecidos são uma opção adequada e contribuem para melhorar a oferta de
vitaminas e sais minerais. Converse sempre com o seu Pediatra. É ele quem mais entende da
saúde do seu bebê.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Desenvolvimento da fala através da música e da literatura

Nada é mais encantador e gratificante do que perceber que seu filho está se desenvolvendo.
Cada aprendizagem nova, por menor que seja sempre traz alegria para os pais, que ansiosos,
esperam por cada nova resposta aos estímulos oferecidos. Um dos momentos mais esperados
do desenvolvimento da criança é a fala, pois desta forma ela pode comunicar seus pensamentos
e emoções.

Pesquisas e estudos científicos nos mostram que crianças que crescem em ambientes ricos em
estímulos levam o cérebro a se desenvolver mais rapidamente. O cérebro é vulnerável a
influências externas e atividades estimulantes podem produzir mudanças em sua estrutura.
Segundo estes estudos, a experiência modifica o cérebro. Portanto o adulto tem a função de ser
um facilitador de experiências.

Obviamente, cada criança tem seu tempo e desenvolvimento próprio, e temos que respeitar essa
lei da natureza. Os pais devem estar atento ás etapas normais de desenvolvimento, mas de modo
geral, as primeiras palavras surgem entre o 10º e 15º mês. Depois disso, o vocabulário cresce
muito rápido. Cada etapa do desenvolvimento da oralidade está interligada, portanto, se perceber
que seu filho completou seu primeiro aniversário e não produz balbucios (repetições de sílabas),
procure ajuda profissional o mais rápido possível, pois nesta fase, é muito mais fácil intervir e
ajudar a criança, pois a plasticidade cerebral é muito intensa (principalmente nos primeiros três
anos de vida).

Um aspecto importante que devemos saber, é que para desenvolver a linguagem oral, a criança
precisa ter um motivo e a intenção de se comunicar. Logo, ela precisa de pessoas para interagir.
O adulto precisa conhecer a criança o bastante para saber assuntos de seu interesse, e a partir
destas constatações, criar situações que motivem a criança em desejar responder e dialogar.
Uma das ferramentas mais poderosas para desenvolver a fala, é sem dúvida a música. As
crianças geralmente sentem muito prazer com a música, seja cantando, ouvindo, dançando,
tocando instrumentos musicais. Através das canções, a criança melhora a pronúncia e sua
percepção auditiva, tanto para escutar como para diferenciar sons, o que auxiliará o
desenvolvimento da oralidade.

Estratégias práticas

Podemos utilizar a música em casa, para estimular o bebê a falar e isso pode começar bem cedo.
No final do primeiro mês de vida, o bebê já começa a vocalizar (fazer barulhinhos e sons com a
voz). Você pode interagir com ele conversando, cantando e usando sua voz para acalmá-lo
quando ele estiver agitado.

Que tal ensinar para seu filho uma canção que foi significativa na sua infância?
Você pode começar a ensiná-lo segurando suas mãozinhas, cantando, balançando seus
braçinhos de acordo com o pulso da canção. Depois de algumas vezes, inicie, mas pare em
algum momento, dando oportunidade para que ele continue; favorecendo assim, o aumento de
seu vocabulário.

Não se esqueça que a canção deve ser curta e com temas do universo infantil. Acima de tudo,
respeite o tempo da criança, se ela não corresponder às expectativas. Tudo leva tempo, inclusive
o início da linguagem falada. O bebê precisa ouvir vozes de pessoas que se comuniquem com ele
e que o tratem com amor, respeito e carinho para desenvolver a fala de forma natural.
Por volta de 8 meses, procure fazer sons do corpo para que ele observe. Enquanto troca sua
fralda, você pode cantar, brincar de estalar a língua e outros sons da boca. Toque CDs com
diferentes estilos musicais e perceba qual o estimula mais. Você pode também apresentar
chocalhos, tamborzinhos para que ele explore e toque acompanhando uma canção. Nesta idade,
aulas de musicalização infantil farão toda a diferença no desenvolvimento do seu filho, pois um
professor de música irá preparar atividades musicais variadas de acordo com a faixa etária e
oferecerá uma vivência prazerosa com as palavras através da música. Geralmente essas aulas
são em grupo e um adulto pode participar. Muitos pais que participam das aulas, se sentem mais
confiantes para interagirem com seus filhos em casa, pois aprendem formas mais interessantes
para apresentarem uma canção, brincarem e contarem uma história, por exemplo. Através das
brincadeiras, percebemos os interesses individuais da criança e seu nível cognitivo.
É importante salientar que o desenvolvimento da linguagem está ligado ao pensamento.
Conforme a criança vai crescendo e se desenvolvendo, ela vai criando a capacidade de
diferenciar-se dos outros e dos objetos em geral. Isso é muito importante, pois ela terá
ferramentas cognitivas para que queira interagir de forma intencional. Ela então irá dirigir
comportamentos intencionais a outras pessoas e imitará tudo o que lhe chama a atenção. Fique
atento ás vocalizações do bebê e imite, variando ligeiramente as sílabas que ele balbucia,
fazendo sons mais longos e mais curtos. Continue cantando, mas agora faça os gestos das
canções, que devem ser simples e curtas. Os gestos estabelecem a comunicação entre o som e
o movimento. Algumas canções que podem ser utilizadas, são as canções folclóricas como: “A
janelinha fecha quando está chovendo”, “Fui morar numa casinha”, “Borboletinha”, etc.
Represente para ela certas ações que são descritas nas músicas e motive-a a imitar. Quando a
criança é capaz de imitar o adulto, ela demonstra um grande desenvolvimento, tanto em sua
memória, quanto na sua expressividade que são itens indispensáveis para o desenvolvimento da
linguagem.

Conte histórias de forma curta e objetiva, com temas do universo do bebê e retrate o ambiente
sonoro da cena. Você pode imitar os sons dos personagens, cantar uma música que represente a
cena, representar cada personagem através de um instrumento musical, enfim, use sua
criatividade! De forma gradual, através destas atividades, serão estabelecidas as conexões
cerebrais que relacionam as palavras com o objeto, desenvolvendo a imaginação, memória, além
de introduzi-lo no convívio social.

Outro marco importante, e que mostra o amadurecimento da criança pequena, é o conceito de
permanência dos objetos. Quando um objeto desaparece de seu campo de visão, o bebê vai
procurá-lo. Para ele agora, o mundo continua existindo independente de estarmos vendo as
coisas. Você pode estimular essa fase com atividades simples, como esconder um objeto sonoro
que o bebê demonstre interesse para que ele ache e procure. Invente brincadeiras de esconder,
pois o estimulará a fazer representações de imagens de certos acontecimentos. Um grande
progresso rumo à linguagem verbal.

A partir do primeiro ano, principalmente, o bebê observa e não só repete no momento que a
ação é feita, como é capaz de representar mentalmente as ações de modelos. Parlendas que
favoreçam a coordenação da palavra falada e dos gestos como “Janela, janelinha, porta e
campainha”, faz com que o bebê se envolva com a brincadeira e imite.
Nesta fase, compre livros de figuras e palavras, leia poemas e cante para seu filho. Ele
certamente irá memorizar e repetir em outros momentos, exercitando sua oralidade com
naturalidade. Você pode fazer perguntas durante a leitura, instigando respostas. Por volta dos 2
anos, a criança pode também contar sua própria história através de ilustrações. Caso ela
pronuncie de forma errada, evite confrontá-la; apenas repita a frase inteira corretamente, para
que ela escute a forma correta de pronunciar o que ela elaborou em sua mente. O importante é
que ela sinta liberdade para fazer perguntas e encontrar respostas. Festeje suas respostas
sempre.

Atividades utilizando bonecos que falam e cantam com a criança variando timbres da voz são
muito interessantes, pois atraem a atenção e o interesse pela interação verbal.
Massagens nomeando a parte do corpo, utilizando música, também oferecem estimulo, um tempo
de qualidade e afeto. Existem hoje no mercado, músicas específicas para o estímulo do bebê em
suas várias fases e para cada rotina, como para hora de vestir, de dormir, de comer. São canções
realizadas por profissionais de música que lidam com essa faixa etária diariamente e conhecem
suas reais necessidades.

Com o tempo (por volta de 3 anos e até um pouco antes), surge o interesse pelas brincadeiras
de faz-de–conta, a capacidade de representar coisas ou situações não presentes. A criança
naturalmente começa a imitar ações rotineiras, depois ações de pessoas próximas, e através
destas brincadeiras, os pequenos expõem seus sentimentos, frustrações e vontades. É
interessante notar como a evolução da brincadeira e da linguagem caminham juntas. Uma auxilia
no desenvolvimento da outra.

As famílias podem trazer bonecos, objetos, elementos diversos para dramatizar histórias como a
“Linda Rosa Juvenil”, por exemplo. Depois, a criança pode dramatizar com os fantoches para os
adultos. Dramatizando, a criança se expressa com a linguagem verbal, gestual e facial, tornando
a atividade mais complexa e desafiadora, além de iniciar a aprendizagem de normas sociais, pois
é necessário esperar sua vez para interagir conforme a história vai acontecendo. Enfim, existem
muitas possibilidades para estimular a oralidade do seu filho de uma forma divertida. É necessário
porém, disposição, muita pesquisa, paciência e organização para o preparo das atividades.
A infância passa muito rápido e acompanhar o desenvolvimento de nossos filhos, é maravilhoso!
Brincando, se divertindo e aprendendo, seu filho perceberá como é bom estar ao seu lado, e
assim, fortes laços familiares serão criados e fortalecidos em meio a um ambiente de afeto,
deixando memórias positivas e preciosas entre vocês. E isso definitivamente não tem preço!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar

Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Biscoitos Radicais

Ingredientes:
meia xícara (chá) de açúcar mascavo
1 xícara (chá) de NESCAU Cereal triturado
meia xícara (chá) de farinha de trigo
meia xícara (chá) de farinha de trigo integral
meia xícara (chá) de castanha de caju triturada
2 colheres (chá) de fermento em pó
2 ovos
meia xícara (chá) de margarina
1 colher (chá) de essência de baunilha
2 tabletes de chocolate zero meio amargo picado (50g)

Modo de Preparo:
Em uma tigela, misture os ingredientes e por último o chocolate meio amargo. Modele os
biscoitos em formatos de bolinhas achatadas e coloque em uma assadeira e leve ao forno médio
(180°C), preaquecido, por cerca de 15 minutos. Sirva. Preparo

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Seu filho tem medo do escuro, o que fazer?

O medo é um sentimento comum a todos os seres humanos. A diferença dos adultos para as
crianças é que os adultos têm ferramentas racionais e emocionais para compreender e combater
o que sente e as crianças ainda não.
A criança constrói seu mundo de fantasias, na qual existem seres imaginários, como fadas,
princesas e bruxas e é neste momento que começa a nascer nela o medo, principalmente no
escuro, onde está sozinha e sem a proteção dos pais. É no escuro onde os monstros aparecem
debaixo da cama, e as sombras se tornam verdadeiras bruxas. O medo faz parte do
desenvolvimento infantil e começa aos três anos de idade (fase da fantasia) desaparecendo por
volta dos seis anos.
Na hora de dormir o ideal é que a criança tenha uma rotina leve, sem histórias que possam
assustar ou causar medo, mas, se mesmo assim quando você apagar a luz seu filho começar a
sentir medo, é hora de ajudá-lo.
- Nunca desconsidere o que ele está sentindo, dizendo que ele já é um “homem” ou uma “moça”
e que não tem que ter medo de nada ou que isso é uma bobagem. Mostre que você entende seus
sentimentos, e que também as vezes sente medo de algumas coisas.
- Pergunte o que faz ele se sentir assim, quais são seus verdadeiros medos, deixar ele falar, se
abrir com você, em seguida, procure tranquilizá-lo dizendo que está tudo bem e que ele está em
segurança;
- É importante explicar que os monstros e fantasmas não existem na vida real, que eles ficam
somente dentro dos livros e não o farão mal algum, e que você estará ali caso ele precise;
- Console seu filho na cama dele, no seu próprio quarto, não o leve para sua cama, isso não
ajudará a vencer seu medo e sim fugir dele;
- Deixe que a criança tenha objetos que ela se sinta mais segura na cama, como um ursinho de
pelúcia, ou seu brinquedo predileto;
- Coloque um abajur em seu quarto para que ela possa ascender quando tiver medo e se a
criança pedir pra deixar a luz do corredor ou do banheiro acesa, deixe, não há mal algum, aos
poucos ela vai conseguir se desvincular disso;
- Elogie-a quando exibir uma postura mais corajosa diante de seu medo.
O medo da criança de escuro é natural, mas deve ser trabalhado para que ela se sinta mais
confiante e possa ter boas noites de sono, o que é fundamental para seu desenvolvimento.
Todo pai quer proteger seu filho, ainda mais se ver que ela está sofrendo, mas, tome cuidado
para não exagerar na proteção, achando que vai conseguir livrá-lo do medo se na hora de contar
a história, contar somente a parte feliz da Branca de neve e “esquecer” completamente da bruxa
que deu a maça envenenada para ela. Não vai resolver, isso não irá protegê-lo, pelo contrário,
atrasará seu processo de desenvolvimento, ele sentir medo faz parte do seu crescimento. Contos
e histórias onde os heróis vencem o mal faz a criança perceber que ela também pode vencer
seus medos e aos poucos irá descobrir que lutar e vencer faz parte de uma grande conquista.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Bullying

A palavra Bullying é de origem inglesa que vem de Bully que significa valentão, brigão e não tem
tradução exata para o português, mas, é um termo utilizado para qualificar comportamentos
agressivos, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
O Bullying é uma forma de violência gratuita e cruel e ocorre por meio de maus tratos intencionais
e repetitivos de forma verbal, moral, sexual, social, físico, material e até mesmo virtual.
O alvo do Bullying costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola
como em casa. A criança que sofre Bullying na escola principalmente quando não pede ajuda,
enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom
para se integrar em um grupo e apresenta baixo rendimento escolar.
Nestes casos, a escola pode ajudar a evitar o Bullying tomando algumas atitudes como:
Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
Estimular os estudantes a informar os casos que acontecem na escola;
Reconhecer e valorizar as atitudes dos alunos no combate ao problema;
Criar com os alunos regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
Estimular lideranças positivas entre alunos, prevenindo futuros casos;
Interferir diretamente no grupo o quanto antes, para quebrar a dinâmica do Bullying;
Muitas pessoas acham que Bullying é só quando alguém ofende alguém de alguma forma,
participando ativamente do ato, mas, especialistas alertam para um personagem que quase
ninguém o reconhece como responsável tanto quanto quem pratica, é o espectador. Aquele que
só assiste alguém cometendo Bullying com o outro e simplesmente não faz nada é tão
responsável quanto aquele que pratica o Bullying.
Tipos de Bullying:
Chamar por apelidos ofensivos;
Lançar calúnia ou tirar barato da característica do outro ( Gordo, baleia, zaroio - vesgo, 4 olhos –
usa óculos, vareta – por se muito magro);
Puxar, dar pontapés, bater, beliscar, ou outro tipo de violência física;
Atacar o emocional como excluir a pessoa do grupo, atormentar, ameaçar, manipular,
amedrontar, chantagear, ridicularizar, ignorar;
Toda a ofensa que resulte na cor, étnicas e/ou religião;
Características de alguém que está sofrendo bullying:
Estar sempre assustada e se recusar ir para a escola ou para o lugar que esteja sofrendo o
Bullying;
Apresentar notas baixas;
Isolar-se;
Começar a gaguejar;
Mostrar sentir angústia;
Deixar de comer;
Tornar-se agressivo;
Ter pesadelos constantemente;
Tentar fugir;
Tentar o suicídio;
O que não é Bullying?
Discussões ou brigas pontuais não são Bullying. Conflitos entre professor e aluno ou aluno e
gestor, mãe e filho, irmão com irmã também não é considerado Bullying se ocorrer de vez em
quando. É necessário que a agressão ocorra em grupos, colegas de classe por exemplo. Todo
Bullying é considerada uma agressão, mas, nem toda agressão é considerada Bullying.
Todos os pais, familiares e professores devem estar sempre atentos as suas crianças, pois uma
mínima mudança de comportamento pode significar efeitos devastadores.
A escola não dever ser apenas um lugar de ensino formal que se ensina fórmulas e conceitos,
mas, principalmente de formação de cidadãos, com direitos e deveres, de amizade, cooperação e
solidariedade. Ter uma atitude contra o Bullying é uma forma eficiente de diminuir a violência
entre alunos e a violência na sociedade.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A respiração do bebê

Os bebês que nascem no tempo certo, apresentam nos primeiros meses de vida uma respiração
regular, porém interrompida por pequenos períodos de pausa. Este padrão, absolutamente
normal, chama-se respiração periódica.
Nos prematuros esta respiração periódica tem uma frequência um pouco maior, com um ritmo
mais cíclico e por períodos um pouco mais prolongados – cerca de 5-10 segundos. Estes
intervalos são seguidos por um aumento do ritmo, quando a frequência respiratória chega a 50-60
movimentos por minuto. Tudo isto, raramente está associado com alterações do ritmo cardíaco.
Estes episódios geralmente cessam ou diminuem bastante por volta das 35 semanas de idade
gestacional e não tem nenhuma consequência futura.
O que se observa é uma respiração que varia de rápida e profunda para uma respiração mais
vagarosa e superficial. Deve-se entender que isto é absolutamente normal e muda para um
padrão mais regular no decorrer dos meses.
As dúvidas que os pais possuem sobre a respiração e costumam levantar-se à noite para checar
se o bebê está respirando, inclusive várias vezes, é considerada absolutamente normal.
Com o tempo e a certeza de que tudo está indo bem, os pais passarão a fazer um menor número
de visitas durante a noite no berço do bebê.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, que é a parte externa, o “branco” do olho, podendo
causar alterações na córnea e nas pálpebras.Os olhos ficam vermelhos, sensíveis à luz, as
pálpebras ficam inchadas e há um forte desconforto com dificuldade para abrir e fechar os olhos.
A doença tem um ciclo de sete a dez dias e, em algumas situações, até 15 dias.
Os surtos de conjuntivite são normais em determinadas épocas do ano, como o verão,
provavelmente por conta da exposição maior das pessoas em todos os ambientes, e no inverno,
quando as pessoas ficam em ambientes fechados.
Embora as conjuntivites possam ser de causa alérgica, viral, bacteriana ou por irritação
química, somente as infecciosas (virais e bacterianas) é que são contagiosas. As virais são as
que mais freqüentemente são causas de epidemias. Os sintomas destas conjuntivites virais são
mais acentuados na primeira semana e podem durar até 4 semanas. Devido à facilidade de
contágio, é comum o comprometimento dos dois olhos.
Para combater uma epidemia é importante que as pessoas com conjuntivite bem como as que
não apresentam a infecção, tenham algumas informações que são úteis para a sua proteção e
para evitar o contágio bem como a propagação. Para prevenir o contágio, basta lavar sempre as
mãos antes de levá-las aos olhos ou fazer a higiene com álcool em gel.
Não há remédio para a conjuntivite viral, basta esperar que o organismo reaja e elimine o agente
infeccioso. Faça compressas com água filtrada gelada ou soro fisiológico e use colírios
lubrificantes para tirar um pouco a irritação e, em casos mais graves, um colírio anti-inflamatório.
Atualmente não se usa Água Boricada por ser ainda mais irritante.
E JAMAIS utilize leite materno como tratamento! Esta prática muito comum na época de nossas
vovós, só agrava o quadro, pois o leite materno é um alimento muito rico e será utilizado como
meio de cultura fonte de alimento para os vírus ou bactérias presentes no olho!
Como Evitar
Por tratar-se de uma doença em que o contagio acontece pelo contato físico do olho com as
mãos, objetos, piscinas ou toalhas contaminadas,
A falta de cuidado pode transformar um aperto de mão em uma conjuntivite.
Todos estes cuidados devem ser verificados por pelo menos 15 dias desde o início dos sintomas
nos indivíduos contaminados, já que durante este período as pessoas com conjuntivite
podem ainda apresentar contágio, evitando repassá-la para outras pessoas.
O acompanhamento do oftalmologista é importante para o diagnóstico do tipo de conjuntivite e
para o adequado tratamento.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Exercício mamãe bebê

Depois do nascimento do bebê, a vida muda para todos que o acompanham. Parece que tudo
vira de cabeça para baixo, não é? Principalmente para a mamãe, que tem grandes alterações no
dia a dia, na mente e, é claro, no corpo.
Afinal, cuidar de uma criança pequena é uma atividade que demanda muita energia! Nos
primeiros meses, então, nem se fala: a dedicação é total para manter aquele serzinho totalmente
dependente de você saudável e feliz.
Repetição de tarefas: atenção em todos os sentidos e em tempo integral é justamente essa
soma de tarefas, das simples às complexas, que pode ser capaz de causar algumas mudanças
no corpo da mãe.
Sabe aquele braço que você acostumou a segurar a criança quando ela está no seu colo? Pois é,
com o passar do tempo, é possível que você o sinta diferente. Até mesmo o “simples” movimento
de abaixar/levantar para pegar ou colocar a criança no berço, no chão, na banheirinha pode fazer
você sentir alguns músculos mais trabalhados.
Aventuras do desenvolvimento: por volta do oitavo mês, o bebê consegue se levantar com
ajuda e, geralmente, já consegue se sentar sozinho e engatinhar. A partir daí, mamãe, se
prepare!
É aquela cena que a gente bem sabe: ele todo risonho ensaiando passos descoordenados e o pai
ou a mãe logo atrás, de olho em qualquer coisa que aconteça no meio do caminho. E haja pernas
para acompanhar o ânimo...
Pois é! Que tal aproveitar o momento e abraçar essas tarefas com todo o carinho, entrar logo no
ritmo e, muito importante, ouvir o próprio corpo. Manter uma alimentação equilibrada, prestar
atenção à postura e a possíveis incômodos são atitudes que podem fazer toda a diferença para a
sua saúde e, claro, para o seu bem-estar.
E você, sentiu algum músculo mais fortalecido depois que o seu filho nasceu?

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte : Texto original extraído do Blog Vida de Mãe – www.nestle.com.br/vidademae
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Muffins integrais com queijo e espinafre

Ingredientes
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral
4 colheres (sopa) de manteiga
1/2 xícara (chá) de leite
1 xícara (chá) de folhas de espinafre
2 ovos
1 colher (sopa) de açúcar
1/2 xícara (chá) de mussarela cortada em cubinhos
1 colher (sopa) de gergelim preto
colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (sopa) de sal
Modo de Preparo
Pré-aqueça o forno a 180ºC (temperatura média). Unte uma fôrma de muffin ou 8 forminhas
individuais de empadinha com manteiga e polvilhe com farinha. Numa panelinha, derreta a
manteiga e reserve. No liquidificador, bata o leite e o espinafre. Junte os ovos e a manteiga
derretida e bata novamente. Reserve. Numa tigela grande, peneire as farinhas, o fermento, o
açúcar e o sal. Faça um buraco no centro e despeje a mistura de espinafre. Misture com uma
colher até a farinha absorver todo o líquido. Coloque 2 colheres (sopa) de massa em cada
forminha, salpique com os pedaços de queijo, cubra com mais 1 colher de massa e polvilhe com
o gergelim preto. Leve ao forno por 20 minutos. Retire os muffins da assadeira e coloque sobre
uma grade para esfriar. Sirva mornos ou à temperatura ambiente.
Sobre a receita:
Rendimento: 8 unidades
Tempo de Preparo: 25 min.
Tempo Total de Preparo: 25 min.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Parar de amamentar .... quais as dificuldades nesta transição?

Não é novidade para ninguém o quão importante é o aleitamento materno exclusivo nos primeiros
seis meses de vida do bebê e complementar até os dois anos de idade ou mais, conforme as
recomendações da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Contudo durante o início da vida do bebê muitas mães, por motivos diversos, não conseguem
manter a amamentação e tem que buscar alternativas para que a criança permaneça em pleno
crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Recorrer ao banco de leite humano de sua cidade, utilizar as técnicas de relactação para
estimular a produção do leite que escasseou, tirar leite com a bomba elétrica ou manual para
oferecer ao bebê quando a mãe não estiver presente e lançar mão das fórmulas infantis feitas
especialmente para crianças, são alternativas para as mães com dificuldades para amamentar.
Para mães que retornaram ao trabalho não há necessidade do desmame! Amamentar quando
está em casa e oferecer fórmula infantil no copinho ou mamadeira quando fora de casa é uma
ótima maneira de manter uma nutrição ainda mais completa e manter o vínculo entre mãe e o
bebê.
Do leite materno para a fórmula infantil: quais as dificuldades encontradas?
Qualquer mudança requer adaptação. E as dificuldades encontradas são facilmente superadas se
os pais tiverem paciência e perseverança.
Durante a transição do leite materno para o uso de fórmulas infantis o bebê pode ficar alguns dias
sem evacuar, o que assusta muitos pais. Crianças em aleitamento materno exclusivo, ao serem
introduzidas às fórmulas infantis mudam seu padrão intestinal, antes caracterizado por
evacuações frequentes e fezes sem forma.
Progressivamente as fezes tornam-se mais firmes e a frequência de defecação diminui o que é
normal e muito diferente de constipação.
A introdução da mamadeira também pode ser trabalhosa. Crianças amamentadas no peito
aceitam melhor o copinho do que a mamadeira. Contudo, até que essa técnica esteja
caminhando bem é necessário que os pais insistam pacientemente.
Outra dificuldade encontrada é a adaptação ao sabor. O leite materno tem um sabor
característico e as fórmulas lácteas tendem a ser um pouco mais doces, mesmo não tendo adição
de sacarose. Contudo, como a preferência pelo doce é inata nos bebês em pouco tempo haverá
aceitação ao leite introduzido.
Leite de vaca: proibido para menores de 1 ano
O leite de vaca não deve ser consumido por crianças menores de 1 ano por diversos motivos:
contem alto teor de proteínas, o que prejudica os rins dos bebês, tem alto potencial alergênico e
não contém nutrientes importantes para o adequado crescimento e desenvolvimento da criança.
Quando o aleitamento materno não for possível o leite humano deve ser substituído por fórmulas
infantis, similares ao leite materno e especialmente desenvolvidas para crianças desta faixa
etária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Koletzko B, Kries R, Closa R, Escribano J, Scaglioni S, Giovannini M, Beyer J, Demmelmair H,
Gruszfeld D, Dobrzanska A, Sengier A, Langhendries JP, Cachera MFR, Grote V. The European
Childhood Obesity Trial Study Group.Lower protein in infant formula is associated with lower
weight up to age 2 y: a randomized clinical trial. Am J Clin Nutr 2009;89:1836–45
PAHO/WHO Guiding principles for complementary feeding of the breastfed child. Division of
health promotion and protection. Food and Nutrition Program. Pan American Health
Organization/World Health Organization. Washington/Geneva; 2003
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação para
alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2012. 3ª edição.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

A falta de ferro pode estar relacionada com o aprendizado?

A anemia é algo conhecido por grande parte da população e mesmo assim o Brasil tem índices
assustadores de deficiência de ferro no organismo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 30% da população mundial possua algum
tipo de anemia, e que esse índice chegue a 50% em crianças menores de 2 anos.
A anemia pode ser determinada por diversos fatores, porém sua principal causa é a deficiência de
ferro. Estima-se que 50% dos casos de anemia são consequências da deficiência de ferro. A
anemia causada pela deficiência de ferro é chamada anemia ferropriva.
O ferro é um nutriente essencial ao organismo, associado à produção de glóbulos vermelhos e ao
transporte de oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.
Os principais sintomas clínicos da anemia ferropriva são: cansaço, palidez, falta de apetite,
sonolência e indisposição.
Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem e aumentar a
predisposição a infecções.
Quais alimentos são ricos em ferro?
Carnes vermelhas
Miúdos de frango
Aves
Peixes
Feijões
Ervilhas
Lentilhas
Aveia
Açúcar amarelo

Qual a necessidade de ferro de acordo com a faixa etária?

Faixa etária     Consumo de ferro recomendado
0 a 6 meses                  0,27 mg/dia
7 a 12 meses                11 mg/dia
1 a 3 anos                     7 mg/dia
4 a 8 anos                     7 mg/dia

9 a 13 anos                   8 mg/dia
14 a 18 anos (menina) 15 mg/dia
14 a 18 anos (menino) 11 mg/dia

- Segundo a RDA (ingestão diária recomendada)
Dicas de prevenção
* Dieta equilibrada e rica em ferro é fundamental para prevenir a anemia por deficiência de ferro;
* A adesão ao tratamento é a melhor forma de restabelecer os níveis normais de ferro no sangue;
* Alimentos enriquecidos com ferro (leite, iogurte, pães, cereais matinais, feijão, etc.) ajudam a
suprir as necessidades diárias de ferro, que variam de acordo com a idade e o sexo;
* Segundo a Associação Paulista de Medicina, o ferro é melhor absorvido em jejum e juntamente
com alimentos ricos em vitamina C (laranja, goiaba, morango, limão, agrião, pimentão, vegetais
verde escuros), e alimentos amargos (como a alcachofra, jiló e agrião).

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Os 1.000 dias mais importantes da vida do seu filho

Você se esforça para fornecer a melhor escola ao seu filho, ajuda nas lições de casa, faz questão
de matriculá-lo em aulas de esportes, música, línguas... faz de tudo para fornecer o melhor no
início da vida.
Uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, aponta que os
primeiros mil dias da vida de uma criança podem ser fundamentais para o seu futuro.
Tudo o que acontece durante os primeiros nove meses, ainda dentro do útero materno, e nos
outros dois anos seguintes, podem determinar o que essa criança poderá desenvolver
futuramente como diabetes com 40 anos ou se sofrerá um ataque cardíaco aos 50, se terá
osteoporose precoce entre outras doenças crônicas.
Segundo os médicos, a expectativa de vida também pode ser rastreada nesses dois anos. Esta
teoria vem sendo estudada há décadas pelo professor David Barker.
Situações de hábitos de vida como ALIMENTAÇÃO e atividade física, faz a diferença, pois, má
nutrição, sedentarismo, drogas, tabagismo e álcool são os grandes vilões do "futuro" dos bebês.
Barker afirma que o cérebro e o sistema imunológico das crianças são vulneráveis até o segundo
aniversário, o fornecimento de nutrientes específicos e estímulos nessa faixa etária, possibilitam
um melhor desenvolvimento cognitivo.
O aleitamento materno, a introdução adequada de alimentos e nutrientes nos 2 primeiros anos de
vida, tem sido chamados de PROGRAMADORES METABÓLICOS, que podem favorecer ou até
contrariar heranças genéticas.
Estudos indicam que se for seguida a recomendação de amamentar exclusivamente durante os 6
primeiros meses de vida há uma redução do risco de obesidade em 25%. Na impossibilidade da
amamentação, formulas infantis com baixo teor proteico (1,8g/100Kcal) protegem a criança em
até 13% contra a Obesidade, já o oferecimento precoce de Leite de Vaca Integral nesta faixa
etária, aumenta esse risco.
Toda esta pesquisa, portanto, só reafirma a tese de que os pais que mantêm um estilo de vida
saudável, tanto antes como depois de conceber um bebê, serão capazes de dar a seus filhos um
começo de vida melhor.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Desenvolvimento do cérebro da criança

Muito se fala a respeito da necessidade de se oferecer o melhor alimento para a criança para que
ela possa atingir o máximo desenvolvimento. Quando falamos em desenvolvimento infantil temos
que nos lembrar que a criança é um ser completo que precisa não só crescer e engordar
adequadamente, como também atingir suas metas no desenvolvimento neuromotor e intelectual.
Não adianta atingir o potencial máximo para a sua idade nos valores de peso e estatura, se ela
não consegue desenvolver as habilidades esperadas para a mesma etapa.
A alimentação tem o objetivo de fornecer os nutrientes necessários para que todos estes
aspectos possam ser contemplados.
O cérebro do lactente cresce cerca de 40% no primeiro ano e 85% até os 5 anos.
Cada etapa do desenvolvimento da criança pode ser explicada pela parte de seu cérebro que
está se expandindo!
Aos 3 meses de idade passa a enxergar melhor, já consegue distinguir as partes do rosto
humano e é por este motivo que sorri.
Aos 6 meses ela já consegue manipular objetos e mudar de uma mão para outra. Esta nova
aquisição se deve ao aumento do lobo parietal e do aumento na produção de Mielina.
Aos 9 meses é a fase da associação de sons. Aqui a criança aprende a reconhecer sons e
repeti-los. Fase de grande formação de sinapses que são as ligações neurológicas capazes de
transmitir informações.
Aos 12 meses o lobo frontal está em franca expansão! É a fase dos jogos, da associação de
figuras com sons e das brincadeiras.
Aos 3 anos é possível treiná-la para algumas situações como controlar parcialmente os
esfíncteres. Consegue desenhar e manipular pincéis e lápis grossos e aperfeiçoa a linguagem.
Novas aptidões do lobo frontal.
Aos 4 anos a fala já está muito bem estruturada, existe a formação de simbologia. Nesta idade a
criança utiliza a bagagem de conhecimentos acumulados para solucionar novos problemas. É um
marco na independência. Nesta fase é capaz de aprender qualquer língua sem sotaques.
Aos 5 anos o cérebro já é 85 % do que será na vida adulta! Imagine os danos causados quando
não fornecemos a matéria prima necessária ao desenvolvimento do cérebro.
A criança não é um bezerro e por este motivo o leite da vaca ” in natura” não é o ideal para ela
mesmo que esteja crescendo e engordando.
Seu filho aos 9 meses deve aprender a reconhecer sons e imitá-los. O bezerro de 9 meses tem
necessidades diversas e certamente o leite de sua mãe será capaz de ensiná-lo a reconhecer o
melhor capim, ou como saltar um obstáculo no pasto.
E para o seu filho, isto faz algum sentido?






Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Cantigas de roda, aumentam o potencial da criança?

Pensar em criança, é pensar em movimento. Tudo é motivo para mexer o corpinho. Tudo tem que
virar brincadeira para ser divertido. Como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Brincar
com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo”. Nada é mais encantador para a criança do que
brincar. Através desta linguagem ela se expressa, demonstra seus interesses , necessidades e se
mobiliza para aprender e se desenvolver.
Pensar em criança, também nos leva pensar em aprendizagem, pois a capacidade de aprender é
muito maior quando somos bem jovens. Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos
informações seguras, que a fase dos 0 a 6 anos são de extrema importância para o
desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos
são aprendidos e consolidados. As pesquisas mostram que a genética é importante, mas o
ambiente no qual o indivíduo está inserido e suas interações, também contribuem e muito, nas
habilidades e nos comportamentos que desenvolverá para seu futuro. Em uma entrevista à
Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: “Música é a atividade artística
mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança: o
estímulo que vem com o aprendizado musical é mais completo do que ler e escrever. A música é
campeã em ativar redes neuronais no cérebro. Uma criança que começa antes dos 7 anos a
estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se
comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.
As crianças desde bem pequenas, demonstram um interesse natural pela música. De maneira
geral, expressam suas emoções com maior facilidade através das canções do que pelas
palavras. Mas para que a criança possa usufruir dos benefícios que a música oferece, é
importante que seja oferecido à ela um repertório de canções e brincadeiras específicas à faixa
etária, além de um espaço seguro e arejado, material sonoro rico e ao mesmo tempo, próprio
para ser manipulado.
Esse processo musical na primeira infância é chamado de musicalização infantil, que são
propostas que tem como objetivo principal, contribuir com o desenvolvimento global da criança,
onde ela terá a oportunidade de vivenciar a linguagem musical através de brincadeiras, jogos
musicais, em um espaço de sensibilização, construindo seu próprio conhecimento, através de
práticas e reflexões musicais.
O objetivo principal do trabalho com a música na Educação Infantil, não é formar músicos, mas
oferecer ferramentas que colaborem no desenvolvimento da criança de forma integral.
Alguns acreditam que uma boa aula de música na primeira infância,tem que ter basicamente
instrumentos musicais. Obviamente, oferecemos objetos e instrumentos sonoros nas aulas, mas
essa é uma parte da aula. É importante que a criança tenha a oportunidade de vivenciar a música
em suas diversas formas, seja cantando, dançando, dramatizando e se movimentando.
Uma das atividades que sem dúvida mais interessam e mais promovem a aprendizagem nas
aulas de música, são as brincadeiras cantadas, que são atividades ligadas ao movimento e
representações. Quando utilizamos estas atividades nas aulas, estamos indo ao encontro das
necessidades e interesses da criança, que é brincar e se movimentar. Sendo assim, ela terá foco
e atenção nas atividades, terá prazer em repetir e assim, estará consolidando sua aprendizagem
de forma prazerosa. Explorando seu corpo, através de movimentos, a criança é capaz de
vivenciar os elementos musicais como ritmo, andamento, pulso, dentre outras habilidades
essenciais para prática musical, contribuindo para o desenvolvimento psicomotor da criança, o
que a auxiliará quando for utilizar e tocar um instrumento musical no futuro.
Através de atividades coletivas, a criança vai formando sua identidade, aprende a se relacionar e
a cooperar com os demais. Brincadeiras de roda com cantigas do folclore, por exemplo, são
atividades que promovem um grande estímulo no cérebro, pois necessitam de diferentes
coordenações. É necessário cantar, dançar, sincronizar o movimento para a roda girar no
andamento adequado, prestar atenção nos comandos sugeridos durante a canção, além da
parceria entre todos os amigos que estão brincando e se socializando. Desta forma, a criança
exercita sua criatividade e imaginação, sua desinibição e aprende também a respeitar as regras
do jogo e a cooperar, além de apresentar á criança valores culturais do seu meio.
Como afirmavam duas grandes referências da educação musical Emile Jaques Dalcroze (1865-
1950) e Carl Orff( 1895-1982), a música deve ser aprendida pela prática e vivência corporal. Em
seus métodos, eles sempre afirmaram que é através dos movimentos, interagindo em grupo,
através de uma escuta ativa, que as crianças percebem a melodia, o fraseado, o ritmo e a forma
da música, formando a chamada consciência rítmica, o que ajudará a criança no futuro a ser um
adulto com facilidade para perceber e executar ritmos musicais.
Quando vemos crianças brincando de roda, cantando e se divertindo, podemos ter a certeza
também, que estão vivenciando a música de forma integrada, além de ser uma ferramenta
poderosa para o professor identificar as facilidades e dificuldades de cada aluno e assim, poder
estimular de forma adequada.
A música é poderosa, envolvente e acima de tudo, deixa memórias boas e inesquecíveis. Quem
não se lembra de sua infância brincando de roda? As memórias geralmente são tão positivas, que
geralmente são as músicas que cantamos para nossos filhos quando são pequenos, para brincar
com eles.
Como pais, desejamos que nossos filhos se desenvolvam, mas acima de tudo queremos que
cresçam felizes e com boas recordações em relação a sua infância.
A vida é feita de momentos. Por isso devemos estar atentos as vivências que estamos
oferecendo a nossas crianças.
As brincadeiras cantadas são, sem dúvida, uma forma acessível, barata e poderosa para deixar
memórias cheias de risos e divertimentos a seu filho, além de contribuir para que ele se
desenvolva de forma plena e feliz. Não é toa que essas canções existem á centenas de anos,
ultrapassando diversas gerações. É cultura, é aprendizado,é diversão!!!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Excesso de Proteína no 1° ano de vida pode fazer mal!

Além da quantidade, a qualidade do que é oferecido na alimentação também é muito importante.
O tipo de gordura, carboidrato e a fonte da proteína influenciam na qualidade da alimentação
como um todo.
A ingestão excessiva de Gorduras, Carboidratos e Proteínas aumentam o risco de
desenvolvimento de doenças em curto e longo prazo:
Ingestão
de gorduras= dislipidemias (aumento de colesterol) e excesso de peso.
Ingestão
de carboidratos= risco maior para diabetes, dislipidemias (aumento de triglicérides) e
excesso de peso.
Ingestão
de proteína= risco maior para obesidade na vida adulta.
A relação entre a ingestão excessiva de proteína nos primeiros anos de vida, especialmente,
no primeiro ano, e o maior risco de desenvolvimento de obesidade no futuro é, relativamente,
recente.
O leite materno é o alimento que contém menor quantidade e melhor qualidade de proteínas.
Acredita-se que esse seja um dos fatores que se associa com a redução do risco de obesidade
futura – por volta de 20 a 30% - em crianças amamentadas. O efeito da ingestão de proteína no
risco de obesidade está relacionado ao efeito dela no equilíbrio hormonal da criança pequena que
é “programada” para ganhar mais peso ao longo da vida.
Quando comparamos a quantidade de proteína que uma criança recebe por meio de leite de
vaca, é possível perceber que a quantidade é superior a de crianças amamentadas.
O leite materno tem para cada 100 kcal por volta de 1,4 a 1,8g de proteínas. O leite de vaca
possui 5 vezes mais proteínas quando comparado ao leite materno. Esse excesso de
proteína do leite de vaca é um entre vários fatores para que não se recomende o seu uso para
crianças menores de um ano e mesmo para crianças mais velhas (acima de um ano) a ingestão
não deveria ser maior que 700 mL por dia.
No caso da impossibilidade do aleitamento materno, converse sempre com o seu Pediatra. Ele
poderá ajudá-la a encontrar alternativas que ofereçam os nutrientes - tais como as proteínas -
em quantidades e qualidade mais próximas ao leite materno.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Identificação!

Mesmo bebes muito pequenos já mostram importante senso de observação e de identificação.
Os bebes neste video mostram-se solidários à bolinha vermelha que tenta subir a ladeira. Quando
chamados a escolher entre as duas forma geométricas, optam pelo quadrado que "ajudou" a bola
vermelha e desprezam o triangulo que empurrou a bola vermelha atrapalhando-a em seu
caminho.
É importante pensar que mesmo bem pequenos eles já têm um grande senso de justiça!
Devemos ter muito cuidado com nossas atitudes pois seremos julgados por nossos filhos!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Teste do pezinho

O Teste do Pezinho é um exame laboratorial de triagem neonatal que detecta antes mesmo das
manifestações dos sintomas, doenças de origem genética metabólica e infecciosa . É um exame
simples que tem o objetivo de detectar precocemente doenças que poderão causar lesões
irreversíveis no bebê, como por exemplo retardo mental.
O exame ficou conhecido como “teste do pezinho” por ser realizado através de amostras de
sangue coletadas através do calcanhar do bebe. É um procedimento simples que não traz riscos
para a criança.
Muita gente confunde o teste do pezinho com a impressão em tinta da sola dos pés que é
anexada aos documentos de identificação do bebê na maternidade. Esse procedimento não tem
nada a ver com o teste do pezinho, que é a coleta de sangue do calcanhar do bebê por uma
pequena picada.É um teste muito rápido e feito justamente no calcanhar por ser uma parte do
corpo bastante vascularizada e de fácil recolhimento do material que são apenas poucas gotinhas
de sangue.
A maioria das doenças pesquisadas podem ser tratadas com sucesso desde que diagnósticadas
antes mesmo de manifestar os primeiros sintomas.
O período ideal para a realização da coleta do Teste do Pezinho é a partir do 3º dia de vida do
bebê ou o mais brevemente possível. Entretanto, pode ser realizado em bebês com mais dias de
vida, porém como o objetivo é diagnosticar para tratar o mais precocemente possivel, o
atraso poderá prejudicar a eficácia do tratamento, caso necessário.
Existem três tipos de teste: Básico, Ampliado e Plus.
Triagem básica:
É o exame obrigatório para todos os recém-nascidos do país, a fim de detectar duas doenças: a
fenilcetonúria (PKU) e o hipotireoidismo congênito (HC).
A fenilcetonúria é uma doença genética caracterizada pela ausência ou carência de uma enzima
ligada ao metabolismo do aminoácido fenilalanina. Esse aminoácido está presente na proteína de
vários alimentos, como a carne, o leite e os ovos. Quando não é "quebrado" adequadamente pela
enzima, gera um acúmulo excessivo no corpo que pode levar a gravíssimas lesões no sistema
nervoso central, com comprometimento no desenvolvimento neurológico da criança.
No hipotireoidismo congênito há uma baixa produção dos hormônios da glândula tireóide,
essenciais para o desenvolvimento, em especial do sistema nervoso. A carência desses
hormônios pode causar uma série de problemas, incluindo retardo mental e comprometimento do
desenvolvimento físico.
• Triagem ampliada:
Além das duas doenças descritas acima, alguns tipos de teste do pezinho incluem também o
exame para outras doenças, que se tratadas e controladas cedo evitarão sérios problemas no
futuro. O teste do pezinho ampliado varia muito de cidade para cidade, dependendo da
instituição, portanto é necessário pedir informações na maternidade. Entre as doenças incluídas
nesse tipo de exame estão a anemia falciforme e outras alterações de hemoglobina (chamadas
de hemoglobinopatias), fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, deficiência de
biotinidase, deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) e toxoplasmose congênita.
Anemia falciforme
A anemia falciformeé hereditária. Nos doentes, chamados de falcêmicos, a hemoglobina assume
formato de foice ou meia-lua, alterando também a forma do glóbulo vermelho e prejudicando sua
passagem por veias e artérias. Essa dificuldade pode levar a uma oxigenação deficiente do
organismo e gerar complicações em praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Existem
vários graus de anemia falciforme.
Hiperplasia adrenal congênita
A hiperplasia adrenal congênita, ou hiperplasia congênita de supra-renais, compreende na
realidade uma série de anormalidades das glândulas supra-renais. Pessoas afetadas pela doença
não produzem quantidades suficientes dos hormônios cortisol e aldosterona e, por outro lado, têm
quantidades excessivas de hormônios andrógenos. Em meninas, esse aumento pode deflagrar
características sexuais masculinas, como pêlos e aumento do clitóris, e em meninos no aumento
do pênis e no surgimento precoce de pêlos. Em ambos os sexos, pode causar perda exagerada
de sais e aumento de potássio, levando até à morte.
Fibrose cística
Doença genética, a fibrose cística (também chamada de mucoviscidose) é caracterizada pelo
transporte deficiente do cloro e do sódio nas membranas celulares, o que leva à produção de um
muco grosso e pegajoso. Esse muco pode provocar entupimento nos pulmões, causando
dificuldades respiratórias e facilitando a proliferação de bactérias. O suor apresenta altas
concentrações de sório e cloro, e há insuficiência no pâncreas, que afeta a digestão. O ideal é
que o teste seja feito no primeiro mês do bebê.
Galactosemia
Trata-se de uma doença genética que leva à deficiência de uma enzima do metabolismo da
galactose. Os sintomas aparecem nas primeiras semanas de vida, com vômitos, diarréia, icterícia,
distúrbios do fígado e dos olhos. A criança corre risco de vida por insuficiência hepática e renal.
Deficiência de biotinidase
É uma doença genética que pode ser tratada com a suplementação com biotina, uma substância
que é retirada dos alimentos pela enzima biotinidase, que não é produzida em quantidade
suficiente. Os sintomas são convulsões, alterações na coordenação motora, fraqueza muscular,
queda de cabelos e atraso no desenvolvimento. O tratamento precoce previne o surgimento dos
sintomas.
Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)
A deficiência desta enzima causa instabilidade na membrana das hemácias (glóbulos vermelhos),
podendo facilitar o surgimento de anemias hemolíticas (grande destruição de glóbulos vermelhos)
de intensidade variável. As anemias podem surgir devido a doenças rotineiras ou ao uso de
medicamentos, por isso a deficiência tem de ser identificada logo.
Toxoplasmose congênita>/b>
A toxoplasmosepode afetar o bebê se adquirida pela mãe durante a gravidez. No primeiro e no
segundo trimestre da gestação, há risco de sequelas graves. No terceiro, a infecção pode ser
transmitida para o feto, e existe a possibilidade de a criança ter inflamações na retina ou
problemas neurológicos, que não têm sintomas evidentes. O diagnóstico precoce e o tratamento
da infecção podem evitar ou diminuir as complicações futuras.
• Outras doenças investigadas em triagens:
Também podem estar incluídos no exame doenças como Aids, doença de Chagas, rubéola, sífilis
e citomegalovirose.
A maioria das maternidades não dá alta ao bebê antes de 48 horas do nascimento exatamente
para poder realizar o teste do pezinho. Muitas vezes ele é feito automaticamente, sem você nem
saber. Alguns convênios pagam os testes ampliados. Procure se informar antes de ser liberada
do hospital, se o exame é feito e se pode optar pelo tipo ampliado ou plus uma vez que o custo na
maternidade costuma ser menor em função do grande numero de bebês.
Os resultados da triagem podem demorar até um mês para ficar prontos, mas, em caso de
alguma alteração no exame, os pais são chamados antes para realizar uma nova coleta de
sangue da criança e confirmar um possível diagnóstico.
A maioria das doenças detectáveis no exame é assintomática quando o bebê é recém-nascido, e
já sabendo o diagnóstico será mais fácil adotar o melhor tratamento e prevenir sequelas e
sintomas.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Dentes de leite merecem todo o cuidado !!

Existe e é comum a concepção que os dentes de leite, por serem temporários, não precisam de
cuidados e tratamento. Eles são realmente temporários, porém nem por isso devem ser
descuidados.
Os dentes de leite são 20 ao todo. Primeiramente os dentes anteriores começam a nascer dos 6
aos 12 meses e entre os 18 aos 36 meses nascem os posteriores e os caninos. São dentes
importantes porque permite a estética, a correta mastigação, deglutição e ajudam na fala
também. Além disso, funcionam como guia para a erupção dos permanentes, mantendo a
posição e o espaço adequado e a perda prematura pode ocasionar sérios problemas
ortodônticos.
São dentes que possuem a mesma estrutura dos dentes permanentes, ou seja, possuem
esmalte, dentina, raiz e canal. Como na troca pelos permanentes há a reabsorção da raiz, muitos
pais acham o dente não dói e conseqüentemente não há necessidade de tratamento.
É justamente o oposto, os dentes de leite são suscetíveis a cárie, essa sendo profunda, ocasiona
dor e pode ser até necessário o tratamento de canal, para assim preservar o dente e suas
funções.
Um problema muito comum é a cárie de mamadeira. Ela ocorre quando há um excesso de açúcar
na alimentação ou mesmo quando a criança dorme logo após mamar, sem fazer a higiene bucal.
Para prevenir a criança nunca deve dormir sem fazer a higiene oral. É difícil, mas necessário, já
que durante o sono o fluxo salivar diminui e conseqüentemente aumenta o risco do
desenvolvimento da cárie.
As crianças também precisam de flúor para um desenvolvimento dental saudável e muitas
cidades já adicionam flúor na água
Se a criança necessitar de uma complementação, o pediatra ou o dentista podem orientar a
melhor forma de introduzi-lo.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 17 de setembro de 2019

O Teste da Orelhinha

Também chamado de “Triagem auditiva neonatal”, deve ser realizado entre o segundo e terceiro
dias de vida e no máximo com até 30 dias de vida. Trata-se de um exame bem simples. É
colocado um pequeno fone na orelha do bebê ligado a um aparelho que emite sons de baixa
intensidade e capta as repercussões desses ruídos na orelha da criança. Deve ser realizado com
a criança dormindo e demora uns 10 minutos.
Desde o dia 2 de agosto de 2010 o exame é obrigatório e gratuito no Brasil. Todos os bebês
devem fazer esse teste, pois se tiverem alguma alteração nesse exame serão avaliados, antes
dos 3 meses de vida, pelo otorrinolaringologista e fonoaudiólogo para confirmar se possuem
realmente algum problema na audição para que o tratamento seja o mais precoce possível.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br
Dermatites da infância

Dermatite é um termo utilizado para descrever vários tipos de inflamação da pele, com
características e etiologias diversas.
Na infância podem surgir diversos tipos de inflamações cutâneas, porém duas são muito
frequentes além de terem diagnósticos diferenças entre si: dermatite atópica e dermatite
seborreica.
Dermatite atópica: é uma inflamação crônica da pele caracterizada por xerose cutânea (pele
seca), prurido e lesões com localizações variadas de acordo com a faixa etária .
Crianças com história familiar de atopia são mais predispostas a desenvolver a doença e sua
presença na infância está relacionada com uma maior chance de desenvolver rinite e asma,
caracterizando o que chamamos de marcha atópica. Pode acometer em média 15% das crianças,
sendo que cerca de 50 % dos casos se iniciam no primeiro ano de vida.
A dermatite atópica é resultante da interação de fatores genéticos e ambientais, que resulatarão
no comprometimento da função da barreira cutânea e do sistema imunológico. Também pode
estar relacionada a alérgenos como alimentos e ácaros, estando a alergia alimentar presente em
até 30 % dos casos de lactentes com a forma grave da doença. Entre os principais alimentos
estão o leite de vaca, clara de ovo, trigo, soja e amendoim. o fator emocional e presença de
infecções de pele também podem agravar o quadro.
Em geral, até 60% das crianças têm melhora ou desaparecimento total das lesões até a
adolescência.
O diagnóstico é clínico, através do exame físico e pela presença de historia familiar e /ou pessoal
de atopia.
O tratamento consiste em hidratação intensa e diária da pele, anti-histamínicos orais, uso de
corticóides e imunomoduladores tópicos, probióticos (ainda não é um concenso) além da
exclusão dos alérgenos relacionados e de fatores que possam piorar a integridade da pele.
Nos quadros de dermatite atópica grave e de difícil controle podemos lançar mão de tratamentos
como fototerapia e o uso de corticóides e imunossupressores sistêmicos. Porém esses devem ser
usados com muito critério e por especialistas experientes.
O acompanhamento do estado emocional é fundamental, pois esses pacientes podem
apresentar maior tendência a distúrbios de comportamento, dificuldade de socialização e de
aprendizado.

Dermatite seborreica: é uma doença de etiologia ainda não bem definida, com manifestações
clínicas distintas nos lactentes, com maior incidência até 4 meses de vida. Teorias apontam que
um aumento nas atividades das glândulas sebáceas resultante da ação de hormônios maternos,
fatores nutricionais e/ou a presença do fungo malassesza furfur na pele desses pacientes podem
estar relacionados ao seu surgimento.
A dermatite seborreica apresenta lesões eritêmatos-descamativas, com escamas esbranquiçadas
ou amareladas, com eritema variável e em geral sem prurido. Localizadas principalmente no
couro cabeludo (conhecida como crosta láctea), sobrancelhas, região retro auricular, região
central da face e em alguns casos axilas, pescoço e região de fraldas.
É uma doença geralmente autolimitada, durando de semanas a meses, não apresentando
recidiva em até 85% dos casos.
O tratamento consiste em higienização adequada das regiões afetadas além de mantê-las
sempre bem arejadas pois a umidade e o calor levam à piora das lesões a utilização de óleos
infantis ou vaselina para o amolecimento das escamas para posteriormente tentar removê-las
delicadamente com uma escova macia. Esses procedimentos são na maioria dos casos
suficientes para a resolução da dermatite seborreica, porém em alguns casos é necessário
também o uso de xampu de cetoconazol e/ou cremes de hidrocortisona.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Mitos e verdades sobre a alimentação da gestante

Toda gestante deve buscar um estilo de vida saudável para otimizar a sua saúde e a do bebê.
Um ganho adequado de peso, uma atividade física apropriada e o consumo de uma alimentação
variada, equilibrada e segura sanitariamente são pontos importantes para otimizar a saúde
durante a gestação.
Através de uma alimentação adequada, a gestante pode controlar seu ganho de peso para que
não seja nem deficiente e nem excessivo. Além disso, a fonte de nutrientes que o bebê tem para
garantir seu crescimento vem das reservas nutricionais da mãe e do que ela come na gravidez.
Gordura, sal e açúcar devem ser utilizados com muita moderação pela gestante; para isso, é
importante estar atenta ao consumo de alimentos industrializados, embutidos, doces e bebidas
açucaradas durante a gestação.
A gestante deve beber de 8 a 10 copos de água por dia para manter uma boa hidratação e ingerir
alimentos fontes de fibras - frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais – para auxiliar no
bom funcionamento do intestino, melhorando a constipação que é uma queixa bem comum das
grávidas.
O consumo de algumas vitaminas e minerais pela gestante, merece uma atenção especial. O
ácido fólico, por exemplo, por ser uma vitamina importante na formação, desenvolvimento e
crescimento dos tecidos do feto - em especial da futura medula espinhal e do cérebro do bebê –
deve ser suplementado durante a gestação e sua suplementação deve ser iniciada quando a
mulher ainda está planejando engravidar.
A gestante deve estar atenta ao consumo de ferro - um mineral presente nas carnes vermelhas,
feijão, soja, alimentos fortificados (farinha) e folhas verde escuras -, pois uma ingestão
inadequada deste mineral pode aumentar o risco de baixo peso do bebê no nascimento e anemia
materna.
De acordo com a American Dietetic Association, o álcool e o cigarro devem ser evitados durante a
gestação, pois podem favorecer o retardo do crescimento do bebê, alterações neurológicas do
feto (álcool) e abortos espontâneos (cigarro).
Essa mesma associação junto com a American Diabetes Association preconizam que o uso dos
adoçantes, sem exagero, é seguro durante a gestação e lactação. Entretanto, é recomendado o
uso com cautela da sacarina e do ciclamato, visto que eles estão presentes em grande parte dos
alimentos e bebidas light/diet. Outros adoçantes, como o aspartame, a sucralose e a stevia
podem ser utilizados, mas sempre com moderação.
O consumo pela gestante de alimentos sanitariamente seguros, ou seja, bem lavados, higiênicos
e sem nenhuma contaminação é muito importante. A ingestão de alimentos crus, mal lavados e
contaminados pode causar doenças, tais como a toxoplasmose e a listeriose, que provocam
graves problemas neurológicos no bebê. Desta forma, a gestante precisa saber da procedência e
da qualidade higiênica dos alimentos antes de consumi-los e deve evitar a ingestão de alimentos
crus (peixe cru, carpaccio, ostras, quibe cru, carnes em geral mal passadas, queijos não
pasteurizados e leite cru), frutas com casca e saladas mal lavadas.
A gestação é uma excelente oportunidade para a mulher mudar os seus hábitos alimentares na
busca de um estilo de vida mais saudável. A mulher bem nutrida e saudável tem mais chances de
ter uma gravidez tranquila, um parto mais fácil, uma produção de leite em quantidade suficiente e
pelo tempo necessário para o seu bebê. Além disso, o seu peso poderá voltar ao estado normal
mais rapidamente.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Desmistificando o exame médico!


Examinar uma criança muitas vezes é uma tarefa "delicada" para não dizer impossível.
As crianças têm muito mêdo e já chegam assustadas e temendo tomar injeções ou
serem castigadas em função de atitudes equivocadas dos pais que no dia-a-dia ameaçam com
frases do tipo:
"Se não comer vou levar ao médico prá tomar injeção"
"Doutor, tem injeção prá criança teimosa?"
" Se continuar assim desobediente vou deixar você internado no hospital."
Ouvir frases como estas fará com que a consulta se transforme em motivo de stress!
Claro que quando a criança entra na nossa sala já espera ser recebida por um bicho-papão que
irá executar todas as ameaças feitas pela família.
Seu filho acredita em você e mentir prá ele fará com que ele se torne inseguro.
Pense nisto e lembre-se que precisamos nos tornar amigos das crianças pra conquistá-las e fazer
com que as consultas se tornem um momento agradável.
Aqui neste vídeo mostramos como transformar o exame da garganta em uma brincadeira!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 10 de setembro de 2019


Como se preparar para as viagens.

Vai viajar com seu filho?
Alguns itens são fundamentais para o sucesso da viagem!
Documentos:
Cópia da certidão de nascimento ou RG da criança. No caso de viagens internacionais o
passaporte é necessário.
Carteirinha e telefone do plano de saúde - Se possivel informe-se antes sobre os hospitais onde
o plano de saude tem convênio na cidade que visitará.
Telefone e email do pediatra.
Medicamentos e saúde:
Termômetro.
Antitérmicos
Antieméticos-(remédio para vômitos)
Antigases.
Analgésicos
Creme antiassaduras
Pomadas para picadas de insetos.
Soro oral- casos de vômitos e/ou diarréia. sempre com receita do pediatra.
Soro fisiológico para lavar os olhos.
Soro nasal .
Medicamentos de uso contínuo. leve sempre doses extras para o caso de imprevistos.
Filtro solar- Receitado pelo pediatra- Os filtros devem atender às caracteristicas da criança com
formulações especialmente feitas para elas. O Fator de Proteção solar deve ser pelo menos 45.
Repelente de insetos- também devem ser prescritos pelo pediatra.
* Crianças asmáticas devem levar na bolsa de viagem medicamentos de uso diário e para crises
junto com os espaçadores.
Não despache estes medicamentos com a bagagem pois poderá precisar deles durante um vôo
por exemplo.
Cuidados básicos:
Copo e colher preferidos- Não se esqueça das colheres de remédio.
Mamadeiras extras para leite, suco e água.
Chupetas extras- Nada pior que perder a única chupeta à noite em uma cidade desconhecida ou
na casa dos outros!
Babadores extras- de preferência de plástico e que possam ser limpos com pano úmido após o
uso.
Comidas, fórmula infantil (leite), fruta, água e suco- Leve mais do que o necessário para o caso
de imprevistos.
Fraldas descartáveis- Calcule 1 para cada 2 horas em que estiver em transito e mais algumas
para o caso de atrasos ou imprevistos.
Lencinhos umedecidos ou algodão e garrafinha de água para a higiene nas trocas de fraldas.
Sabonete líquido e creme hidratante prescrito pelo pediatra e que a criança já esteja habituada.
Mantas ou edredon- Podem ser utilizados como colchãozinho em caso de atraso de vôos ou
mesmo para um descansinho na praia. Em caso de viagens para locais frios não deixe de levar
um outro mias quentinho.
Travesseiros e rolinhos para apoiar as costas e as pernas do bebê.
Lençois, fronhas e toalhas- Mesmo se estiver indo para um hotel podem ser úteis. As toalhas
tipo fraldas são sempre mais macias e fáceis de secar caso voce precise lavar durante a
viagem. Leve fronhas extras para o caso de sujar durante a viagem.
Sacos plásticos de tamanhos variados e com fechos tipo ziper- Leve vários! Utéis para guardar
roupas e fraldas sujas, restos de alimentos, e produtos que vazam!
Piscininha inflável- Para ser usada como banheirinha, para refrescar o bebê na praia ou na
piscina.
Berço desmontável- Existem modelos que podem ser montados até dentro de um avião e na
praia podem servir com cercadinho durante o sono do bebê.
Carrinho dobrável- Fundamentais durante caminhadas mesmo para os maiorzinhos que se
cansam de andar e podem comprometer o passeio de todo o grupo!
Mosquiteiros ou repelentes eletro-eletrônicos.
Roupas- Calcule duas trocas por dia. Vista seu filho "por camadas"! Desta forma você pode
vestir e despir de acordo com o clima vai mudando. Os casacos muito pesados devem ser
apenas para locais muito frios.
Sapatos- Confortáveis e fáceis de lavar ou limpar. Lembre-se de chinelinhos com elástico no
calcanhar para a praia ou piscina .
Chapéuzinho com aba que cubra os ombros para a proteção solar. Isto não dispensa o uso do
protetor solar!
Camisetas brancas de manga ajudam na proteção dos ombros quando a criança quer brincar no
sol.
Guarda-sol e geladeira térmica para conservação de alimentos que vão ser levados à praia.
Cadeirinha de refeição - Existem versões dobráveis muito úteis em viagens.
Protetor e redutor de assento sanitário para os que usam a privada.
Piniquinho.
Livros de histórias para os periodos mais demorados.
Brinquedos prediletos da criança.
Dicas úteis:
Existem empresas que alugam carrinhos, berços, cadeirinhas de carro e de refeição, cercadinhos
dobráveis e até brinquedos! Procure se informar se na cidade para onde pretende ir existe esta
opção e poderá alugar via internet evitando carregar peso e volumes desnecessários.

Algumas opções no Brasil
www.bbzum.com.br
www.clubedoscarrinhos.com.br
www.erameuagoraeseu.com.br
E internacionais:
http://rentabuggy.co.uk/
http://www.location-de-poussette.fr/porte-bebe-poussette.html
http://disneyworld.disney.go.com/wdwi/pt_BR/common/guestServicesDetail?id=GuestServicesStro
llerRentalsDetailPage&bhcp=1
http://viagemlegal.com/noticias.php?noticia=20

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Separação dos pais: como falar e lidar? Até pouco tempo, as crianças apresentavam os medos comuns da infância: medo do escuro, de barulh...