quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Quando a gagueira deve ser motivo de preocupação?

A gagueira pode ser uma barreira para o desenvolvimento social da criança. Apesar de o distúrbio
não ter cura, é possível conviver bem com ele.

Quando a gagueira da criança deve ser motivo de preocupação?
Geralmente na faixa etária de dois a três anos e meio algumas crianças podem apresentar uma
disfluência fisiológica. Na maioria das vezes isso ocorre porque a criança ainda não domina o
vocabulário necessário. Às vezes acontece também por alterações de cunho emocional como,
por exemplo, o nascimento de um irmão ou desajuste no relacionamento dos pais.
A disfluência patológica (gagueira) deve ser motivo de preocupação quando a criança está
consciente da dificuldade e luta para falar.

Qual a idade limite para determinar essa diferença?
O fator determinante não é a idade, mas sim os sintomas que a criança apresenta, o seu histórico
de vida e genética. Esses fatores pesam mais que a idade e são determinantes na indicação ou
não de um tratamento fonoaudiológico.

Quais sintomas precisam ser observados?
Os principais sintomas são a repetição de sons, sílabas, pausas silenciosas durante a
comunicação, mudança nas expressões faciais ao se comunicar, agressividade e choro.
A insegurança é um fator preponderante para o desencadeamento da gagueira?
A gagueira é involuntária. Não é um hábito adquirido ou uma desordem relacionada a um
distúrbio emocional. Para traçar o diagnóstico de disfluência (gagueira) é feita a avaliação dos
três “Ps”: o fator predisponente (predisposição genética), o fator precipitante (o ambiente externo)
e o fator perpetuante (as razões que mantêm o problema). A criança predisposta descarrega a
tensão na fala e não em outro órgão do corpo e, como de costume fica gaga nesses momentos,
isso acaba gerando insegurança.

Quais são as maiores dificuldades para o diagnóstico precoce?
A identificação e avaliação precoce são muito importantes para o sucesso do tratamento,
entretanto, muitos pais demoram em procurar a orientação de um fonoaudiólogo, o que acaba
gerando prejuízos individuais e até biopsicossociais para a criança. O pediatra pode auxiliar os
pais na identificação dos sintomas e conscientizá-los da importância da identificação precoce do
distúrbio da fluência.

Muitas crianças viram motivo de chacota na escola. Há alguma técnica que ajuda no
equilíbrio emocional da criança?
O melhor para a criança é assumir a gagueira. Dessa maneira saberá lidar com as suas
limitações. Além disso, o apoio profissional, familiar e escolar é muito importante no tratamento,
por isso, é fundamental o acompanhamento do fonoaudiólogo. Quando a criança não consegue
lidar emocionalmente com as situações na escola e enfrenta preconceito o suporte psicológico é
fundamental.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Música e autismo: uma dupla que dá certo!!


O autismo é um universo desconhecido por muitas pessoas. É um transtorno que desafia a
ciência, por ser complexo, ter causa desconhecida,diferentes graus que apresentam tanto
crianças que não conseguem falar, quanto outras que apresentam habilidades extraordinárias.
Geralmente, quando os pais descobrem que tem um filho autista, se sentem bem confusos e
temerosos, principalmente em relação ao grau do transtorno.
Os estudos mostram que a rede de neurônios que coordenam no cérebro a comunicação e os
contatos sociais, são organizados de uma forma diferente em autistas. O transtorno afeta quase
todos os aspectos do comportamento humano: a fala, o interesse por amizades e vida social, os
movimentos do corpo, as emoções e interações.
O autismo deve ser diagnosticado precocemente, por meio de testes de comportamentos e
questionários respondidos pelos pais. Sabemos que a plasticidade cerebral (estrutura cerebral
que é capaz de se modificar de acordo com os estímulos recebidos) é muito intensa dos 0 à 6
anos. Nesta fase inicial, o tratamento apresenta melhores resultados. Depois disso, as
deficiências são agravadas, portanto, é essencial buscar ajuda caso a família perceba índicos de
autismo no seu filho, que são eles:
Atrasos na fala;
Olhar distante. Muitas vezes não responde quando é chamado pelo nome;
Não interage a estímulos afetivos como um olhar, um abraço ou um sorriso.
Atitude ausente;
Quando bebezinho, não estica os braços para ser tirado do berço. Muitas vezes para chamar
atenção prefere fazer movimentos repetitivos;
Brinca de forma sistemática, não lúdica. Ex: Em vez de interagir com o boneco (mundo da
imaginação), prefere alinha-lo a outros brinquedos, enfileirando-os;
Na presença de outras crianças se isola, por falta de interesse.
Ao perceber estes indícios, os pais devem procurar ajuda de um especialista, pois só ele poderá
dar o diagnóstico. O tratamento do autismo é multidisciplinar (envolvendo psicólogas,
psicopedagogos, terapeutas comportamentais, etc) e deve ser iniciado o mais rápido possível,
pois o autismo traz uma série de fatores aliados. É importante a união e colaboração de todos
que tem contato com a criança autista, principalmente da família, além de muita paciência e amor
pela criança durante o processo, que muitas vezes, dependendo do grau do transtorno, é lento.
Respeitar o tempo e o limite da criança é muito importante, mas sem deixar de trabalhar as
dificuldades. É importante ensinar a criança autista, que para um relacionamento funcionar, são
necessários pequenos gestos de gentileza (contato visual, cumprimentar as pessoas,
conversar,etc.). Indivíduos autistas não possuem estas habilidades, mas é algo que pode ser
aprendido, apesar de para eles, não ser algo natural e prazeroso.
Apesar de ser um transtorno incurável, as pesquisas mostram que existem muitos autistas que
por terem boa assistência durante a infância, cresceram, se desenvolveram muito bem e muitos
inclusive apresentaram inteligência superior em certas áreas, se destacando no mercado de
trabalho.
O fato de pensar de uma forma muito lógica, faz com que muitos autistas tenham muita facilidade
em matemática e em música. Aliás, cada vez mais estudos apontam a música como ferramenta
poderosa para desenvolver habilidades, inclusive em crianças autistas. Somos estimulados
através dos sons (matéria-prima da música), desde o quinto mês de vida intra-uterina, quando
nosso sistema auditivo está apto para receber informações. A música é interessante para a
criança desde sempre e isso é maravilhoso, porque a motivação (vontade e interesse em querer
aprender o conteúdo) é essencial para a construção da aprendizagem. Os pais dos autistas
geralmente recebem orientações, para que estejam atentos aos interesses do seu filho, porque
ao descobri-los, poderão utiliza-los como links para desenvolver diversas habilidades. A música é
sem dúvida uma destas pontes, que atraem a atenção da criança autista e que é uma facilitadora
de aprendizagens. Estudos de ressonância magnética funcional, apontam que a música causa
um efeito único em pessoas autistas, principalmente como intervenção terapêutica. A música,
quando utilizada de forma adequada, é capaz de relaxar, trazer sensação de bem-estar, o que
pode auxiliar de forma natural, no tratamento em conjunto com outras terapias. Outro fato
importante, é que pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), apesar de terem grande
dificuldade em perceber sentimentos nas expressões faciais, são capazes de perceber
sentimentos de alegria e tristeza em uma peça musical, ou seja, os sentimentos de uma peça
musical torna-se mais claro para um sujeito com TEA do que a visualização de expressões
faciais. A música tem o poder de ser uma facilitadora de comunicação, mas para que o autista
seja realmente beneficiado, com resultados à longo prazo, é necessário que a música seja
utilizada de acordo com os interesses da criança, com um professor que realmente conheça as
especificidades do transtorno e que saiba utilizar técnicas de musicoterapia (terapia alternativa
que utiliza a música como ferramenta para desenvolver habilidades e objetivos pré-estabelecidos
no indivíduo). Nas aulas, são utilizadas atividades que promovem um vínculo de respeito e
confiança entre o aluno e o professor, que planeja as interações de acordo com a maturação
biológica do aluno. O espaço onde as aulas acontecem deve ser seguro, livre de distrações e o
material oferecido não deve oferecer qualquer perigo.
Nas aulas de música para autistas, as atividades são diversificadas, com metas bem definidas.
Os exercícios são lúdicos, com diversos objetivos, como socializar a criança (através de
brincadeiras de roda, brincadeiras em dupla onde o contato visual é estimulado e valorizado),
desenvolver sua psicomotricidade (através de jogos psicomotores, pedagógicos, canções
utilizando sons do corpo, manuseando instrumentos musicais), a linguagem (através de jogos
cênicos, contação e organização de histórias cantadas com figuras associadas, jogos de
tabuleiro), dentre outros. Brincando, a criança associa gestos e movimentos a conceitos musicais
mais abstratos, aprende regras sociais, aumenta sua expressividade e descobre o mundo de
forma agradável. Além disso, descobrimos através das brincadeiras, os interesses e
necessidades individuais da criança, o que é de suma importância, pois através destas
descobertas, as pessoas que interagem com o autista poderão utilizar estes interesses como
temas para desenvolver conteúdos específicos. Exemplo: muitos autistas demonstram interesse
por animais, dinossauros, outros preferem carrinhos, trens, etc. O professor geralmente percebe
estes interesses e utiliza nas aulas, pois a motivação é essencial para a construção da
aprendizagem de diversos conteúdos.
A música é uma arte extremamente acessível a todas as classes sociais. As famílias também
podem estimular seus filhos em casa através da música. Existem músicas sobre qualquer tema,
para trabalhar diversos conteúdos. É necessário, porém, muita pesquisa, dedicação e muita
observação por parte da família em relação à criança, no sentido de descobrir os interesses dela,
para fazer com que ela se interesse em interagir com as propostas. Se a criança gosta de pular,
procure músicas que estimulem os movimentos corporais. Se a criança demonstra interesse por
instrumentos musicais, compre tamborzinhos, clavas, chocalhos e toque com ele, acompanhando
diversos estilos musicais. Se ele gosta de brincar com a bola, ligue o som com uma música que
ele gosta e brinque de bola com ele olhando nos olhos e toda vez que ele olhar nos seus olhos,
comemore com muita animação. Sabemos o quanto é difícil para o autista o contato visual,
portanto, devemos criar atividades que estimulem o desenvolvimento desta habilidade.
Brincar com a música, é muito mais do que diversão. É uma linguagem essencial, onde a criança
aprende a se expressar melhor e descobrir o mundo. Ela pode ser a ferramenta que fará grande
diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança autista. A música está disponível
a todos e é muito poderosa. Que tal experimentar?

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Como saber se meu filho tem talento musical?

Neurologistas, psiquiatras e cientistas cada vez mais nos mostram estudos que comprovam o
quanto a música desenvolve muitas habilidades e expande a capacidade de aprender.
A criança que toca bem um instrumento ou tem uma voz afinada, logo chama a atenção de todos.
Como a música é algo intrínseco no ser humano, que envolve a emoção, a inteligência e a
sensoralidade, ela cativa a todos, desde os bebês aos adultos.

Mas como saber se meu filho tem talento para a música?

Segundo o dicionário, talento é uma aptidão, natural ou adquirida. Dessa forma, todos podem ter
talentos.
Estudos nos mostram que nascemos com aptidões naturais em certas áreas, mas podemos
desenvolver as outras também, caso tenhamos o desejo, disciplina e empenho necessários.
Se pensarmos em Wolfang Amadeus Mozart, teremos a certeza que ele tinha um talento musical
nato, mas se formos analisar o ambiente no qual foi criado, vamos descobrir que seu pai tocava
instrumentos musicais e o incentivava demais. Além disso, Mozart dedicava horas estudando e
compondo suas músicas e de outros compositores que gostava.
O que leva as pessoas a desenvolverem competências são: o ambiente que vivem, a educação e
as oportunidades que surgem ao longo da vida. Segundo as pesquisas, todo individuo nasce com
um vasto potencial de talentos, mas que estes só vão aflorar, se forem estimulados.
A música é uma das inteligências que mais podemos perceber facilmente. Quase todo mundo
gosta de música e existe música em todo o lugar e para todos os gostos. Algo interessante, é que
estudos mostram que ao ouvir música o cérebro estimula o lado sensorial. Ao aprender música o
cérebro irá exercitar o lado racional. A criança que tem contato com a música desde pequena
apresentará um cérebro mais ativo e que potencializará não apenas sua inteligência musical, mas
também desenvolverá habilidades que facilitarão o desenvolvimento das outras áreas da
inteligência.
O papel da família é expor a criança ao contato com a música, comprando CDs de qualidade,
investindo em um bom curso de musicalização infantil, levando os filhos em shows infantis que
tenham instrumentos musicais, levando-os em uma loja de instrumentos, etc.
As crianças que crescem percebendo o quanto os pais valorizam a música e vendo a função
desta linguagem, naturalmente se interessam, visto que, todos podem desenvolver a inteligência
musical.
Obviamente, existem graus de talento, e há pessoas que terão mais facilidade em aprender
instrumentos e a cantar do que outras. Todos porém, podem desenvolver sua musicalidade se
quiserem. Independente do nível de talento, é necessário dedicação, empenho, subterfúgios
técnicos e teóricos para que este talento se desenvolva.

Mas como reconhecer este talento?

Para reconhecermos este talento, é necessário conhecimento na área. As crianças que tem um
talento natural para música, tem interesse por esta linguagem desde pequenas. Gostam de
dançar com a música, gostam de cantar, ficam atentas aos sons ao redor, dramatizam histórias
cantadas, e naturalmente crescendo neste ambiente estimulador, irão demonstrar cada vez mais
interesse por canções, dramatizações, instrumentos musicais, shows que envolvem música, etc.
Quando começam a aprender a tocar um instrumento musical, apresentam um bom ouvido
musical, e sentem prazer em estudar. Agora, é importante salientar que, as palavras de incentivo
por parte das pessoas mais próximas da criança, são de suma importância. Os pais que elogiam
pequenos sinais de progresso, valorizam cada música aprendida, gastam tempo ouvindo seus
filhos tocarem, naturalmente fazem seus filhos valorizarem a prática do instrumento e perceberem
o quanto a dedicação e a disciplina são importantes. Os pais devem ter consciência que a
educação musical é um processo gradativo e que é necessário dominar a ansiedade de ambos os
lados. A criança de um modo geral deseja resultados imediatos e, ensiná-las a persistir, a não
desistir quando surgem os desafios, são treinos importantes para o ser humano e para sua
educação global.

Independente de percebermos ou não um talento nato em nossos filhos, investir na educação
musical deles, é uma forma de desenvolver não apenas sua musicalidade, mas as outras áreas
de inteligência. A criança, por exemplo, desenvolverá sua percepção auditiva, o que facilitará no
processo de alfabetização e estudo de línguas estrangeiras.

Durante a adolescência, a música pode tornar-se uma companheira agradável, ocupando-o de
maneira sadia. E na vida adulta, poderá ser uma válvula de escape para descarregar o stress do
dia-a-dia.

Não é a toa que existe o famoso provérbio popular “Quem canta seus males espanta”.
A música faz bem ao nosso interior e nos traz grande satisfação e auto-estima, por isso ela é de
suma importância para a vida de todos os seres humanos.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 12 de novembro de 2019


Quando pode-se dizer que a dor é do crescimento?

Dor do crescimento são dores em ambas as pernas das crianças, em geral em panturrilhas e
coxas e que ocorrem habitualmente no final do dia ou à noite podendo acordar a criança pela dor.
Apesar de preocupantes, estas dores não são associadas a doenças e possuem características
benignas.
Apesar do nome de “dor do crescimento”, não existe nenhuma associação entre esta dor nas
pernas com o crescimento. Recebeu este nome porque quando foi descrita pela primeira vez, o
autor acreditava que possuía esta relação. Na verdade, até o momento, não sabemos quais as
verdadeiras causas desta dor. Várias hipóteses foram levantadas, mas nenhuma delas foi
confirmada. Sabemos que ocorrem na infância, habitualmente limitada até os 12 a 14 anos, e que
podem persistir mesmo após a fase de crescimento. E, principalmente, é benigno, o que quer
dizer que não é causado por nenhuma doença grave e não levará a nenhuma sequela grave.
Estas dores são caracterizadas por iniciarem entre 3 a 12 anos de vida, habitualmente alguém na
família (pai, mãe, tios, etc) também já sofriam das mesmas dores. Elas ocorrem em episódios,
isto é, nem todas as noites e podem variar de pequenas sensações de peso até dores intensas.
Estas dores não possuem uma localização definida, assim, frequentemente, a criança não
consegue apontar o local da dor e somente queixa-se de “dor na perna”. Alguns trabalhos
sugerem que estas dores são mais frequentes em dias de maior atividade da criança, dias frios e
que podem exacerbar por fatores psicológicos.
O diagnóstico é clínico, isto é, ao examinar o paciente. Não existe nenhum exame laboratorial ou
de imagem que irá definir as dores de crescimento. Na verdade, esta é uma das características
da dor do crescimento onde não se encontra nenhuma alteração física ou laboratorial.
Estas dores aliviam ao realizar “massagens” nestas pernas e, algumas vezes, com analgésicos
comuns como paracetamol. O mais importante é que não se observam alterações nas pernas e
na manhã seguinte não existem mais dores e não atrapalham as atividades diárias destas
crianças. Apesar de evolução benigna e não ter sinais de doenças, os pais devem estar cientes
que esta dor é real, isto é, não é “psicológica” e que a criança precisa de assistência.
Mas, os pais devem ficar atentos em algumas características que podem sugerir que exista
alguma doença mais grave. Os sinais de gravidade são:
1- A dor persiste no dia seguinte e atrapalha as atividades diárias da criança;
2- Febre;
3- Vermelhidão ou inchaço nas pernas ou articulações;
4- Dores nas articulações (joelhos, tornozelos);
5- Associado a algum trauma.
6- Perda de peso ou “mal estar”.
Nestas situações, os pais devem levar suas crianças ao pediatra. Na verdade, a consulta ao
pediatra deve ocorrer mesmo se os pais tiverem dúvidas se está tudo bem.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

segunda-feira, 11 de novembro de 2019


Proteína: o nutriente mais importante da vida

Desde o nascimento até a puberdade a proteína é essencial para o adequado crescimento e
desenvolvimento da criança.
Suas funções vão desde a composição de hormônios importantes para o metabolismo, como o
hormônio de crescimento e a insulina, passando pela produção de anticorpos, essenciais para a
imunidade estável e de enzimas, que aceleram as reações químicas da célula. Isso sem contar
que parte da pele e dos ossos são formados por colágeno e elastina, estruturas de origem
proteica e a própria musculatura que é uma rede de proteínas que dá forma e movimento para o
nosso corpo.
Leite materno: composição adequada para o bebê
Dentre os alimentos que são fonte de proteína temos as carnes vermelhas e brancas, peixe,
ovos, leites e seus derivados como queijos e iogurtes, além do leite materno.
Para o bebê o leite materno tem a composição ideal para seu crescimento e desenvolvimento. Há
baixo teor de proteínas, cuja composição de aminoácidos é adequada às necessidades da
criança, elevado teor de gordura de boa qualidade com ácidos graxos importantíssimos para o
crescimento cerebral, elevado teor de lactose, que ajuda na absorção da proteína e do cálcio,
contém zinco e ferro de ótima absorção pelo organismo, além de baixa carga de solutos, que
preserva a função dos rins, ainda tão delicados nessa fase da vida.
O excesso de proteínas aumenta o risco de obesidade
Se a deficiência de proteínas pode comprometer o crescimento e desenvolvimento do bebê, o
excesso também é prejudicial.
Diversos estudos tem demostrado que o consumo proteico elevado nos dois primeiros anos de
vida está associado a uma aceleração do ganho de peso da criança, representando maior risco
de sobrepeso e obesidade na vida adulta.
Uma das hipóteses que justifica essa afirmação é o fato de uma maior oferta proteica pode
promover o aumento da concentração de hormônios Insulina e Fator de Crescimento Semelhante
à Insulina (IGF-1) que favorecem o ganho de peso acelerado na infância.
Já é sabido que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e complementar até
os 2 anos de idade ou mais é o mais recomendado para as crianças, para prevenir, dentre tantos
benefícios, a obesidade na vida adulta.
Para mães que não amamentam, a escolha de uma fórmula infantil com quantidade e qualidade
mais próxima do leite materno garante uma programação do organismo e uma resposta
endócrina adequada, prevenindo o ganho de peso futuro.
A leitura de rótulos e uma conversa franca com o pediatra são boas condutas para preservar
ainda mais a saúde de seu filho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAUJO, C.M.T.; SILVA, G.A.P. Introdução da alimentação complementar e o desenvolvimento
sensório motor oral. Temas de Pediatria nº 78, 2004. Nestlé Nutrição.
EUCLYDES, M.P. Nutrição do lactente: base científica para uma alimentação adequada.
2.ed.rev.Viçosa: Suprema, 2000. 488p.
EUCLYDES, M.P. Nutrição do lactente: base científica para uma alimentação adequada.
3.ed.rev.Viçosa: Suprema, 2005. 548p.
Koletzko B, Kries R, Closa R, Escribano J, Scaglioni S, Giovannini M, Beyer J, Demmelmair H,
Gruszfeld D, Dobrzanska A, Sengier A, Langhendries JP, Cachera MFR, Grote V. The European
Childhood Obesity Trial Study Group.Lower protein in infant formula is associated with lower
weight up to age 2 y: a randomized clinical trial. Am J Clin Nutr 2009;89:1836–45
LAMOUNIER, J.A.; VIEIRA, G.O.; GOUVÊA,L.C. Composição do leite humano – fatores
nutricionais. In: REGO, J.D. Aleitamento Materno. São Paulo: Atheneu, 2001.cap.5, p.47-58.
SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da; MURA, Joana D’Arca Pereira. TRATADO DE
ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO & DIETOTERAPIA – São Paulo: Roca 2007.
Weber M, Grote V, Closa-Monasterolo R, Escribano J, Langhendries JP, Dain E, Giovannini M,
Verduci E, Gruszfeld D, Socha P, Koletzko B. The European Childhood Obesity Trial Study Group.
Lower protein content in infant formula reduces BMI and obesity risk at school age: follow-up of a
randomized trial. Am J Clin Nutr. 2014 Mar 12.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Panqueca de espinafre com ricota

Ingredientes
Massa
2 farinha de trigo copos americanos
500 ml de leite ou 2 copos americanos
1 ovo
1 pitada de sal
manteiga para pincelar
Molho
50 g de manteiga
1 cebola pequena ralada
1 dente de alho pequeno, picado
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de leite
sal a gosto
noz moscada ralada, a gosto
Recheio
1/2 colher (sopa) de óleo
500 g de espinafre picados e sem os talos
500 g de ricota fresca
sal a gosto
Modo de Preparo
Massa: Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata por 30 segundos até a mistura ficar
homogênea. Aqueça uma frigideira antiaderente, pincele com manteiga e espalhe 3 colheres
(sopa) da massa, girando a frigideira rapidamente fora do fogo para que se espalhe por igual.
Leve ao fogo baixo até dourar. Vire e doure do outro lado. Repita a operação até fazer todas as
panquecas, pincelando com manteiga quando for necessário, para não grudar. Reserve.
Molho: Em uma panela com a manteiga, refogue a cebola e o alho por 1 minuto sem deixar
queimar, acrescente uma xícara de leite, o sal e a noz-moscada. Dissolva a farinha na xícara de
leite que sobrou e adicione lentamente mexendo para não formar grumos. Cozinhe, mexendo, até
ferver e engrossar ligeiramente. Reserve.
Recheio: Em uma panela com o óleo, refogue o espinafre por um minuto ou até murchar. Escorra
e deixe esfriar. Misture com a ricota e sal. Recheie cada panqueca com a mistura de ricota e
cubra com um pouco do molho.
DICA: Leve ao forno por 10 minutos antes de servir
Fonte: www.comecarsaudavel.com.br

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Distúrbio do sono no bebê e na criança

O sono, função fisiológica de grande importância para a criança, contribui na sua saúde como um
todo. A boa qualidade de sono é aquela que supre as necessidades no que toca à quantidade de
horas dormidas, com a criança acordando sem dificuldades, e permite que, no período seguinte
de vigília, ela sinta-se descansada e em boas condições de funcionamento mental, com
desempenho satisfatório de suas funções cognitivas de memória e atenção.
Distúrbios relacionados ao sono
Nas crianças pequenas, doenças como otites, distúrbios respiratórios, ou outras que provoquem
dor e desconforto podem afetar o sono por tempo limitado.
A alergia ao leite de vaca causa despertares freqüentes, com ciclos de sono curtos.
A doença do refluxo gastro-esofágico costuma acordar a criança por dor, e a dor é aliviada
quando se retira a criança do berço.
A Síndrome de apnéia / hipopnéia do sono é causada principalmente por patologias
otorrinológicas ou por obesidade, que levam a criança a apresentar apneia e/ou hipopnéia,
alterando a arquitetura do sono e prejudicando até mesmo o rendimento escolar.
A prevenção consiste no diagnóstico e tratamento dessas afecções médicas que têm repercussão
no sono.
Orientações gerais para prevenção de distúrbios de sono:
O sono é um processo aprendido, associado ao ritmo do dia e da noite e às condutas dos
familiares em relação às rotinas para o sono da criança.
É interessante que se repita um mesmo horário para dormir diariamente. O organismo se
habitua aos horários, que se tornam rotina. As crianças são sensíveis às rotinas estabelecidas,
trazendo para eles tranqüilidade para dormir.
Devem-se evitar atividades que excitem a criança perto da hora de dormir; como exemplo:
visitas, brincadeiras, som alto, televisão, entre outros.
Desencorajar o hábito de dormir na cama dos pais, pois assim seu filho se habituará a só
adormecer na presença dos pais. Esta atitude, no início parece facilitar o sono da criança, mas
traz muito trabalho para ser retirada.
É aconselhável que o bebê seja exposto à claridade do sol entre as 10h e as 15h; marcar a
diferença entre a claridade do dia e o escuro da noite favorece a consolidação do sono noturno;
Em nosso meio, é freqüente o hábito de oferecer mamada durante a noite. A criança que já teria
condições de amadurecimento de seu relógio biológico para uma noite de sono consolidado, pode
passar a despertar em virtude do ritmo de fome que se estabelece, pois ela se habitua a
despertar naqueles horários. Portanto, a orientação deve ser de eliminar a alimentação durante a
noite.
Dormir no ambiente escuro é o mais adequado;
Eliminar desconforto físico (dor, temperatura ambiente);
O ambiente deve ser confortável, familiar e sem ruídos;
Evitar utilizar o berço para brincadeiras e alimentação durante o dia;
Adotar um ritual para dormir de acordo com a dinâmica familiar, sendo prazeroso para todos.
Como regra de ouro: a criança deve habituar-se a adormecer sem a presença dos pais. Assim,
quando ela acordar durante a noite, terá habilidade para adormecer sem a ajuda dos pais.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Meu filho tem Déficit de Atenção? ( DDA )

Atualmente fala-se muito sobre esse tema e muitas mães procuram atendimento para seus filhos,
pois, acredita que eles apresentam Transtorno de Déficit de Atenção, o famoso DDA. Essas mães
levam queixas para a escola que seus filhos não conseguem ter bom rendimento escolar, são
desatentos, não terminam aquilo que começam e sempre esquecem o que já aprenderam.

Mas afinal o que é déficit de atenção ou DDA?
É uma disfunção neurológica no córtex pré-frontal (localizada na testa). Quando a criança com
DDA tenta se concentrar, a atividade do córtex pré-frontal diminui ao invés de aumentar, como
acontece nos cérebros sem essa disfunção.
Um requisito para o diagnóstico é que os sintomas precisam estar ou ter estado presentes antes
dos sete anos de idade e terem sido observados em dois ambientes, como a casa e a escola.
Crianças que sofrem de DDA mostram sintomas como:
Dificuldade para prestar atenção a detalhes, bem como erros pela falta de atenção ao realizar
tarefas escolares ou outras atividades;
Dificuldade para ficar atento durante tarefas ou brincadeiras;
Aparenta não ouvir quando lhe dirigem a palavra;
Dificuldade para seguir instruções ou terminar tarefas.
Sempre irão evitar tarefas que requerem grande esforço mental e organização, como projetos
escolares;
Perde frequentemente os materiais necessários para realizar tarefas ou atividades;
A criança também se distrai com excessiva facilidade, frequentemente se esquece de afazeres,
ordens ou conteúdos que aprendeu na sala de aula, adia tarefas e tem dificuldade em iniciá-las,
por isso, normalmente tem dificuldade em fazer as tarefas da casa.
Mentalmente, a criança que sofre com a DDA quase sempre está a mil por hora, tanto que para
muitos é até difícil ter uma boa noite de sono. Fisicamente, a inquietação é mais comum em
meninos e quanto mais novo for a criança mais intensa é essa inquietação, porém, a inquietação
física não é a principal característica desta síndrome. Dificuldade para se concentrar na hora dos
estudos é uma das principais queixas de muitos pais e costuma acontecer com frequência.

Como tratar?
Cada uma dessas características pode aparecer com menos ou mais intensidade em cada
criança com DDA. Geralmente, eles são considerados como enrolados, esquecidos,
desorganizados, preguiçosos, irresponsáveis e rebeldes, mas se a disfunção for identificada e
tratada de forma correta tudo isso pode se transformar em criatividade, energia, ousadia e
inovação.
No Brasil, calcula-se que três milhões de brasileiros tenham o diagnóstico de déficit de atenção,
no entanto, a maior parte dos pais não sabe ou acha que é a natureza do filho ter alguns
comportamentos inadequados. O tratamento deve ser feito especificamente para cada criança
dependendo do nível de impulsividade, ou distração. O médico deverá ser procurado para receitar
os remédios apropriados e o acompanhamento com psicólogo, caso necessário.
Ao contrário do que muitos pensam as crianças com Déficit de atenção não são preguiçosas ou
exageradas, para eles, o fato de não conseguir realizar uma tarefa ou não se concentrar em algo
por distração é perturbador e muitos sofrem e se sentem culpados. Os pais precisam ter
paciência e aceitar a criança, e encontrar maneiras para acentuar seus pontos fortes e isso pode
acontecer observando o comportamento da criança com atenção e descobrir em que situações
ela se sai melhor.
Punição de qualquer tipo não funciona com as crianças que têm distúrbio do déficit de atenção.
Os pais terão mais sucesso se tentarem prevenir o comportamento indesejado de seu filho com
muita conversa e carinho. Os pais também devem dar algumas tarefas de responsabilidade para
as crianças em casa e elogiá-las, mesmo para as menores tarefas.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Bolinhas de Frutas

Ingredientes
1/4 melancia
1/2 melão
2 carambolas
8 laranjas (suco)

Modo de Preparo
Com um boleador (utensílio para moldar bolinhas de frutas e vegetais), faça bolinhas de melancia
e melão. Reserve. Lave a carambola, corte em fatias e retire as sementes. Disponha as frutas em
copinhos e regue com o suco de laranja. Leve a geladeira se preferir servir gelado.

Fonte: www.comecarsaudavel.com.br

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br
Como ensinar noções de segurança para uma criança?

O sonho de qualquer pai é que o filho viva com segurança. A preocupação é justificada quando
observamos os dados sobre a infância no Brasil. Segundo a ONG Criança Segura, os acidentes
domésticos são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos. Já as estatísticas da
Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas mostram que são mais de 50
mil crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil,sendo muitos deles sequestrados.
Mesmo sendo pequenas, as crianças conseguem assimilar algumas noções de segurança
quando ensinadas da maneira correta e em uma linguagem compreensível para a idade delas.
Conversamos com especialistas para descobrir as melhores dicas.
1. A responsabilidade é sua
Um alerta importante: ensinar essas noções ao filho não tira a sua responsabilidade como pai de
mantê-lo seguro. Ao saber onde estão os perigos, ele poderá de fato ser mais cuidadoso, mas
isso não é uma garantia contra os acidentes.
2. Como falar com a criança
A melhor maneira de ensinar noções de segurança a uma criança pequena é usar exemplos que
tenham coerência com o dia a dia dela. Ao explicar, por exemplo, que ela não deve aceitar balas
de um desconhecido, diga que ela poderá ter uma dor de barriga horrível. A ideia é informar, e
não amedrontar a criança.
Foi essa a maneira escolhida pela escritora Aline Angeli, autora de O Livro das Emergências - O
Que Toda Criança Esperta Precisa Saber Sobre Segurança. "A maioria das crianças compreende
a noção de que o perigo se esconde em algumas situações, e acredito que vale a pena, sim,
apresentar conceitos como o de acidentes caseiros e problemas com estranhos para elas o
quanto antes. É preciso treinar com os pequenos o desfecho para situações de emergência,
como saber o número do telefone de casa caso se percam na rua", diz Aline.
As explicações devem ser dadas por inteiro ("Se você cair da janela, vai se machucar, terá dodóis
e não poderá mais ficar com o papai e a mamãe"). Do contrário, corre-se o risco de a criança ficar
curiosa sobre o desfecho e fazer o que não pode só para saber o que acontece. E dê um tempo
para ela absorver a explicação. Como tudo o que se relaciona à educação infantil, o segredo é a
repetição. Quando algo ocorrer, não grite, não berre. Converse. A criança tem de sentir que há
uma parceria entre vocês. "Se ficar com medo e perder a confiança nos pais, ela nunca mais vai
contar o que fez. Tem de haver uma cumplicidade para que os filhos falem sobre o que
aconteceu", explica Glauce Assunção, psicóloga e neuropsicóloga do Hospital São
Camilo/Santana, em São Paulo. Equilibre a bronca para manter o canal de comunicação aberto.
3. Como lidar com pessoas estranhas
Mesmo crianças que costumam "estranhar" quem não conhecem vão seguir um desconhecido se
ele oferecer um brinquedo ou um doce. Crianças tendem a achar que adultos são sinônimos de
segurança. Os pais precisam explicar, de forma equilibrada, que nem todo mundo é legal, que
algumas pessoas são "bobas", podem bater, deixar a criança sem comida e por aí vai. Procure
ser o mais claro possível. Não fale em bicho-papão e homem-do-saco.
Diga que se trata de um homem ou mulher ruins que podem levá-la para longe da mamãe. E,
mesmo em situações nas quais é a mãe de um amiguinho ou uma tia que convida para sair, é
necessário que ele avise a mamãe ou o papai. Não é necessário incutir medo na criança, mas ela
deve saber que não é bom sair sem avisar os pais.
Na lista das explicações a respeito do contato com pessoas estranhas, entra também um alerta
sobre ser tocado por elas. O assunto é bem delicado, mas necessário. Vale mostrar que um
carinho na cabeça é aceitável, mas que, no restante do corpo, é melhor que apenas papai e
mamãe tenham acesso. Fale isso de forma tranquila, do mesmo modo que explica sobre o perigo
de dedos na tomada. Crianças pequenas não têm malícia e vão encarar a explicação de forma
mais prática do que você imagina.
Oriente seu filho para gritar bem alto se um estranho tentar levá-lo à força. A melhor frase para
usar é "Esse não é o meu pai, socorro!". Ele deve fazer isso mesmo que o tal adulto peça para
que fique quietinho. É importante que os pais sempre tenham a confiança da criança para ensinar
que, se alguém ameaçá-la dizendo “não conte isso para os seus pais”, ela faça exatamente o
contrário e nunca guarde segredos.
4. O que fazer quando se perder
Perder uma criança em locais públicos é muito mais comum do que se imagina. Não adianta ficar
ameaçando o pequeno a nunca mais sair de casa caso não pare quieto. O melhor é prevenir. A
partir de 3 anos de idade, dependendo do desenvolvimento de seu filho, ele já conseguirá decorar
o número do telefone de casa. Treine bastante. Ele vai adorar e se sentir importante. Antes disso,
crianças devem sair sempre com um cartãozinho com o nome e telefone dos pais. Mostre que o
cartão estará no bolso da roupa e, caso ela se perca, deve mostrá-lo a alguém.
Mas quem? Sempre oriente seu filho a procurar: a mãe ou pai de outra criança, um
guarda/policial/segurança (é fácil para ela identificar o uniforme) ou alguém que trabalhe dentro
de uma loja ou restaurante – de preferência no caixa. Diga que essas pessoas poderão ajudá-la a
encontrar você novamente. Também é importante pedir que ela não saia da área onde se perdeu,
pois você estará procurando por ali.
Outra dica bacana, dependendo da capacidade de entendimento da criança, é combinar um local
ao qual ela deve ir caso se perca. Pode ser sua loja de fast-food preferida ou aquela doceria onde
existe um sorvete delicioso – são informações visuais que a criança é capaz de guardar por
associação.
Na rua, vale ressaltar o perigo dos carros e orientar para que fique na calçada. Ou, melhor ainda,
que entre em um local como uma loja, padaria, prédio, onde ficará mais segura e poderá pedir
auxílio. Já na praia, o melhor é explicar o perigo de tentar entrar na água caso se veja sozinha.
Fale que, apesar de bonito, o mar pode ser bem chato com as crianças, pois pode tentar arrastálas
para o fundo e fazer muitos dodóis. Avise que isso acontece também com quem sabe nadar.
Por isso, ele deve ficar na areia, perto do lugar onde viu os pais pela última vez. E deve procurar
ajuda com outras famílias que estiverem por perto. Ou, se a praia tiver pontos de salva-vidas e
informações, geralmente sinalizados com bandeiras bem vistosas, ensine-a a ir até lá.
Finalize as explicações mostrando que o melhor mesmo é ficar sempre ao lado dos pais para
nada disso acontecer e estragar o passeio. E, caso a criança se perca, quando achá-la, segure a
ansiedade, dê bronca, mas não grite. Respire, mostre o quanto ficou preocupado e, caso ela
tenha seguido algumas das suas orientações, elogie o seu desempenho. Mas deixe claro que
aquilo foi ruim e não deve acontecer novamente.
5. Cuidados que elas devem ter na rua
Perder-se na multidão enquanto anda na rua não é o único problema que pode ocorrer com
crianças. Infelizmente, os atropelamentos são a segunda causa de morte infantil no Brasil,
segundo a ONG Criança Segura. A explicação é simples: até os 10 anos, o pequeno não tem
noção de tempo nem de espaço e não desenvolveu a visão periférica. Fica confuso. Quando vê
um carro e um caminhão vindo em sua direção, por exemplo, sempre achará que o último, em
razão do tamanho, está mais perto. Ela vai ter de crescer e praticar muito para fazer tudo isso
sozinha. Até lá, só deve andar na rua acompanhada! E de mãos dadas com o adulto, que deve
segurá-la de preferência pelo pulso – mais difícil de escorregar caso ela resolva sair correndo.
Hoje em dia, as calçadas também andam perigosas. Carros entram e saem a todo momento. Por
isso, a mão dada também vale para a calçada.
6. Como se comportar em parques e playgrounds
Os perigos aqui são dois. Primeiro, é bom a criança ter a noção de que brinquedos quebrados,
podem machucar. A responsabilidade de verificar o estado de manutenção do parque é dos pais,
mas a criança pode ajudar avisando quando notar algum problema. Mostre também que cada
brinquedo funciona de um jeito, e será legal se isso for respeitado. A ideia não é cercear a
criança, mas orientá-la e diminuir o risco de acidentes.
O ideal é nunca deixar a criança sozinha nesses lugares, mesmo que tenha um grupinho de mães
por ali, já que nem sempre é possível prever quando elas sairão do lugar. Explique para seu filho
que, caso você não esteja por perto, ele não deve sair do playground. Não pode sair do prédio e
não deve ir ao apartamento de outra pessoa sem avisar você. Ele tem de fazer isso mesmo que
os pais do amigo digam que está tudo bem.
7. As armadilhas dentro de casa
Uma casa pode ser perigosa para uma criança pequena. Há móveis altos, cantos de mesa,
tomadas, acessórios de cozinha, produtos de limpeza, remédios, pisos escorregadios, janelas
sem rede... O jeito é ir mostrando como cada coisa, se usada da forma errada, pode causar
dodói. E explique tudo, com começo, meio e fim.
Dependendo da idade do seu filho, não adianta, por exemplo, simplesmente guardar os remédios
em lugares altos. Ele ficará curioso e arrastará uma cadeira para alcançar. Diga que, à medida
que ele for crescendo, aprenderá a lidar melhor com tudo aquilo e os riscos de perigo irão
diminuir – mas não acabar. Aproveite seus próprios acidentes, como um corte na hora de picar
legumes, para exemplificar que aquilo pode doer e não é legal. Com o tempo e muita explicação,
elas podem ficar um pouco mais cuidadosas.
Uma ótima ideia é ensinar o número de telefone da polícia para a criança. O 190 é um número
fácil de decorar e achar no teclado. Explique que se trata de algo muito sério, um telefone
especial que não deve ser usado à toa. Mas tem de ser discado se: um adulto pedir, mamãe,
papai ou quem estiver cuidando dele desmaiar, pegar fogo em algum lugar, um desconhecido
tentar entrar na casa. Se conseguir dizer o endereço para quem atender, melhor ainda. Acredite:
crianças e adultos já foram salvos por essa pequena atitude.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Importância da alimentação complementar

A alimentação da mãe durante a gravidez, e da criança, do nascimento até o final do segundo
ano de vida, exerce influência direta na saúde do bebê até a vida adulta. Conhecida como
programação metabólica, a exposição a uma alimentação inadequada e/ou precoce nos primeiros
mil dias da criança (da concepção aos 2 anos de vida) aumenta o risco de desenvolver alergias e
ganhar peso excessivamente, e, como consequência, eleva as chances do aparecimento de
doenças relacionadas à obesidade, diabetes, hipertensão e aterosclerose no futuro.
Segundo as recomendações do Ministério da Saúde brasileiro e da Organização Mundial da
Saúde (OMS) os alimentos complementares devem ser introduzidos aos 6 meses de idade,
quando as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite
materno, embora este ainda continue sendo uma importante fonte de calorias e nutrientes,
devendo ser mantido até 2 anos ou mais.
A orientação para que a introdução alimentar complementar ocorra a partir do sexto mês de vida
do bebê, e não antes disso, tem seus motivos. É nesta idade que o bebê apresenta maior
maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos, como por exemplo, a
diminuição progressiva do reflexo de protrusão da língua, o que facilita a ingestão de alimentos
semissólidos, a produção de enzimas digestivas em quantidade suficiente para esta fase e o
desenvolvimento da habilidade de sentar, o que permite o uso de colher ou o pegar dos alimentos
com mais facilidade.
A introdução progressiva das refeições
A primeira papa principal deve ser oferecida a partir do sexto mês, no horário do almoço ou jantar,
conforme o horário em que a família estiver reunida, completando-se a refeição com o leite
materno até que a criança se mostre saciada apenas com a papa.
As frutas in natura, preferencialmente sob a forma de purê, devem ser oferecidas nesta idade.
Para evitar que a criança se sacie com muito líquido, os sucos devem ser evitados. Á agua é bem
vinda ao longo do dia, entre as refeições.
Do sétimo ao oitavo mês a segunda papa principal deve ser introduzida.
Dessa forma, dos seis aos onze meses, a criança amamentada estará recebendo três refeições
com alimentos complementares ao dia (duas papas principais e uma de frutas) e leite materno em
livre demanda. Para a criança que não estiver em aleitamento materno é recomendado que
receba cinco refeições (duas papas principais e três de leite) além das frutas.
A respeito das quantidades, a orientações é iniciar com uma a duas colheres de chá, colocandose
o alimento na ponta da colher e aumentando o volume conforme a aceitação da criança. A
exposição frequente a um determinado alimento e a criatividade na preparação e na
apresentação facilitam a aceitação. Em média, são necessárias de 8 a 15 exposições ao alimento
para que ele seja plenamente aceito pela criança.
Como a papa deve ser composta?
Diferente do passado, a recomendação atual preconiza que desde os 6 meses exista a introdução
de ovos e peixes sem espinhas, visando à aquisição de tolerância e à redução do risco de alergia
alimentar. A refeição deve conter pelo menos um alimento de cada um dos seguintes grupos:
Cereais ou tubérculos: Arroz, milho, quinoa, cevadinha, mandioca, cará, inhame, macarrão.
Leguminosas: feijão, soja, ervilha, lentilha, grão de bico.
Carnes: bovina, aves, suína, peixe ou vísceras, em especial o fígado, ou ovo.
Hortaliças: verduras e legumes.
Até 1 ano de idade, as restrições alimentares ficam por conta do consumo de sal (preferir ervas e
especiarias) e mel, a fim de evitar o risco de contaminação por botulismo. Segundo a OMS, o
açúcar deve ser evitado até os 2 anos
A consistência dos novos alimentos
Embora nos consultórios pediátricos o termo “papa salgada” “papa principal” ou “papinha” seja
muito utilizado, os alimentos oferecidos na introdução alimentar em nada se parecem com uma
sopa homogênea de consistência líquida e com aparência e sabor monótonos.
No princípio da introdução alimentar, aos 6 meses, os alimentos devem ser bem cozidos e
amassados no garfo, nunca liquidificados ou peneirados. Nessa idade, o estômago do bebê tem o
tamanho reduzido e a administração de alimentos muito diluídos irá saciar a criança, sem,
contudo, oferecer quantidade adequada de calorias e nutrientes. A aparência e consistência
devem ser a de um purê.
Ao invés de misturar todos os alimentos, apresenta-los separadamente para que a criança
reconheça o que está sendo consumido e desenvolva aos poucos o paladar e as preferências
alimentares é o mais recomendado. A identificação de sabores, aromas e texturas dos mais
diversos alimentos oferecidos dá início a uma verdadeira educação alimentar.
A consistência da comida deve aumentar progressivamente, de forma que aos 9 meses a criança
inicie o consumo de alimentos semissólidos.Sabe-se que as crianças que não recebem alimentos
em pedaços até os 10 meses apresentam, posteriormente, maior dificuldade de aceitação de
alimentos na sua forma integral.
Aos 12 meses a criança deve receber a refeição com consistência semelhante à da família.
Cuidados com a higiene
Um aspecto importante a ser comentado é que o pico de incidência de doenças diarreicas ocorre
durante o segundo semestre de vida, ocasião em que se inicia a ingestão de alimentos
complementares. Isso chama a atenção também para o cuidado com a fonte desses alimentos, o
preparo, o estoque e a conservação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Dewey K. G. & Brown K. H. Update on technical issues concerning complementary feeding of
young children in developing countries and implications for intervention programs. Food and
Nutrition Bulletin, vol. 24, no. 1: 5-28, 2003. Disponível em:
http://www.who.int/mip/2003/other_documents/en/FNB_24-1_WHO.pdf
Euclydes, MP. Crescimento e Desenvolvimento do Lactente. In: Euclydes, MP (Ed). Nutrição do
Lactente. Viçosa, MG, 2005. P.3-80.
Lucas A. Programming by early nutrition in man. In: Bock GR, Whelan J, editors. The childhood
environment and adult disease – CIBA Foundation Symposium 156. Chichester, UK: Wiley; 1991.
pp. 38-55.
Lucas A. Programming by early nutrition: an experimental approach. J Nutr. [Review]. 1998
Feb;128(2 Suppl):401S-6S. 8.
McCay CM. Is longevity compatible with optimum growth? Science. 1933 Apr 28;77(2000):410-1.
Monte CM, Giugliani ER. Recommendations for the complementary feeding of the breastfed child.
J Pediatr (Rio J). [Review]. 2004 Nov;80(5 Suppl):S131-41.
Ozanne SE, Hales CN. Lifespan: catch-up growth and obesity in male mice. Nature. 2004 Jan
29;427(6973):411-2.
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Comitê de Motricidade Orofacial. Documento oficial
04/2007 do Comitê de Motricidade Orofacial da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São
Paulo, Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2007.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. Manual de orientação para a
alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola. 3. ed. Rio de
Janeiro, SBP, 2012.
Stevenson RD, Allaire JH. The development of normal feeding and swallowing. Pediatr Clin North
Am 1991;38(6):1439-53.
Weffort VRS, Lamounier JA. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. Barueri,
Manole, 2009.
World Health Organization. Introduction. In: WHO. Complementary feeding of young children in
developing countries: a review of current scientific knowledge. Geneva, 1998, chap. 1. pp 1-14.
World Health Organization. Physiological development of the infant and its implications for
complementary feeding. Bull World Health Org 1989;67 (Suppl):55-67. • Zlotkin S. Canadian
recommendations. Pediatrics. 2000 Nov;106(5):1272.
Weffort VRS. Alimentação do lactente. In: Weffort VRS, Lamounier JS. Nutrição em pediatria da
neonatologia à adolescência. Barueri, SP: Manole, 2009.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Mitos e Verdades sobre a gripe

A gente sabe que nesta época do ano todo cuidado é pouco com as nossas crianças. Um dia
mais frio, o contato com um amiguinho doente, uma brisa no fim da tarde... e lá vem a gripe.
Mas será que é assim mesmo?
Será que abrir a geladeira ou sair com cabelo molhado faz a criança ficar gripada? E o que
acontece se ficar perto de uma pessoa com gripe.

Confira através do link abaixo essas e outras dúvidas das mamães e garanta um inverno mais
saudável:

https://www.youtube.com/watch?v=FW_7RWthFdw
https://www.youtube.com/watch?v=4PEzhsdajx4

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Primeiros passeios

"Quando podemos sair com o bebê?"
Esta é uma das perguntas mais frequentes no consultório do pediatra!
E não é sem motivos, afinal foram nove meses de preparação de expectativas e finalmente o
bebê chegou e os pais gostariam de mostrar ao mundo o bebê mais lindo do mundo!
Mas é preciso calma...
Quando nasce um bebê, também nasce um pai e uma mãe que vão aprender a se conhecer e a
traduzir a linguagem de sinais que consiste os primeiros dias do bebê em casa.
As primeiras mamadas são difíceis, a mamãe ainda sente dores e os mamilos estão doloridos.
Os gases incomodam tanto o bebê quanto a mãe e mesmo as visitas devem ser restritas e curtas
para que ambos possam descansar. O repouso associado à uma boa alimentação é fundamental
para a produção de leite que deve ser mantido exclusivamente até o sexto mês.
O ideal é que o primeiros passeios sejam após o bebê tomar as vacina dos dois meses. Neste
periodo ele já terá uma rotina com horários de banho, troca de fraldas, mamadas e sono que são
fundamentais para que ele fique tranquilo. Tudo o que modifica a rotina do bebê se reflete em seu
comportamento podendo trazer prejuizos para a alimentação sono e seu estado emocional.
A mãe também já estará mais disposta e segura para sair com o bebê.
Como planejar os primeiros passeios.
Escolha sempre que possivel locais abertos e ventilados como parques, evitando os shoppings,
supermercados, igrejas ou festas. Os locais muito cheios de gente devem ser evitados de forma
absoluta uma vez que a concentração de virus é muito maior e seu filho ainda não está imunizado
contra a maioria das doenças preveníveis. Sabemos o quanto é importante o aspecto religioso
para algumas famílias, sugerimos que leve seu filho à Igreja nos horários em que ela esteja vazia.
Seu bebê é um bem precioso e deve ser partilhado com os amigos e a família de
forma gradual respeitando o seu ritmo e suas particularidades!

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Segurança das crianças nos ambientes aquáticos

Com a chegada do verão, que coincide com férias escolares e aumento da procura por praia e
piscinas, é importante os pais conhecerem algumas medidas de seguranças para seus filhos
nestes ambientes para protegê-los.
Segundo o Conselho Científico de Segurança da Criança e Adolescente da Sociedade Brasileira
de Pediatria:
1) A área de piscina deve estar cercada por uma grade de proteção de, no mínimo, 1,20 metro de
altura, sendo trancada por portões automáticos (para que a criança não possa destravar essa
porta de segurança);
2) Quando não estiver em uso a piscina tem que ser coberta por uma estrutura de material
resistente, que seja capaz de suportar um peso de, pelo menos, 120 quilos, para não ceder.
3) O piso em volta da piscina tem que ser anti-derrapante para evitar quedas e escorregões;
4) Piscinas plásticas, de uso doméstico, quando não estão em uso devem ser guardadas sem
água. Atenção porque um acúmulo de 30 centímetros de água, é suficiente para afogar uma
criança;
5) Se a criança tiver menos de 4 anos, tem que ter sempre um adulto perto dela, de preferência
dentro da água, ou muito perto, ao alcance dos braços. Esse adulto tem que estar lúcido, não
pode estar embriagado, e tem que estar totalmente dedicado a cuidar dessa criança;
6) É importante que na piscina tenha algum adulto capacitado para atendimento de primeiros
socorros;
7) O uso do maquinário de manutenção e limpeza da piscina devem estar desligados enquanto as
crianças estiverem na água;
8) Sobre o uso de equipamentos de segurança: Para uma criança com menos 4 anos, ela deve
sempre estar usando um colete salva vidas de tamanho apropriado. Para a Sociedade Brasileira
de Pediatria, o colete é melhor do que a bóia de braços, mesmo tendo alguma noção de natação,
pois a bóia de braços pode ser facilmente retirada pelas crianças. Eles dizem para nunca usar as
bóias "tipo pneu" porque elas não garantem a flutuação e podem escorregar do corpo da criança.
Em praias estas dicas não são tão diferentes, apenas destaca-se a importância de estar sempre
perto de um guarda-vidas e questioná-lo o melhor local para banho com as crianças.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
Praia e piscina X fralda aquática

Com a chegada do verão muitos pais gostam de brincar com seu bebê na piscina e na praia,
locais mais procurados nesta época do ano.
Brincar com o bebê na água é muito gostoso nos dias quentes, e do ponto de vista de higiene
para a criança e aos demais que usufruem deste ambiente a utilização da fralda apropriada é
muito importante.
Estas fraldas possuem camada externa impermeável, barreiras antivazamento, laterais e cintura
elástica que vão proporcionar maior proteção dentro da água.
Com as fraldas aquáticas o bebê não vai ter problema para brincar na água, pois elas não ficam
volumosas e pesadas nem se desfazem em contato com a água como as fraldas comuns e
também não vão atrapalhar os movimentos do bebê.
Urina e fezes contaminam a água. A fralda retém tanto o xixi quanto o cocô e impede que eles se
dissipem. Isso contribui para manter o ambiente limpo e saudável. Afinal, piscina e praia são
locais compartilhados por várias pessoas.
Se você achar que não há muito risco de seu filho fazer cocô, pode entrar com ele só de sunga
ou maiô, por um período máximo de meia hora.
A criança deve ficar com estas fraldas apropriadas o tempo que ela permanecer na água, que
normalmente é de 30 a 40 minutos, tempo ideal pelo desgaste físico.
Como as fraldas aquáticas seguram menores quantidades de xixi do que as fraldas tradicionais,
se a criança estiver há mais de uma hora e meia na água, o melhor é trocá-la.
A utilização de pomadas pra assaduras enquanto o bebê estiver com a fralda aquática é
dispensável. O mais importante é não deixar a criança molhada depois que sai da água, pois a
umidade favorece a assadura.
O reaproveitamento destas fraldas não é recomendável, pois perdem sua capacidade de
absorção após a utilização.
Se seu filho não vai entrar na água não existe a necessidade de colocar a fralda aquática, mas se
for sentar na borda da piscina ou ficar próximo da água, aí vale a pena usar uma dessas fraldas
apropriadas.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)
11 razões para investir na educação musical dos filhos, desde cedo

Foi-se o tempo em que brincar com música era considerada apenas uma forma de se divertir e se
sentir bem. Com estudos e pesquisas comprovadas pela Neurociência (conjunto de ciências que
estudam como aprendemos e nos desenvolvemos), atualmente temos conhecimento que estudar
música desde pequeno pode fazer muita diferença no desenvolvimento integral da criança a
longo prazo. Vejam 11 razões para famílias investirem na educação musical de seus filhos o mais
rápido possível:
A música ajuda no desenvolvimento neurológico da criança
Os estudos afirmaram que estudar música melhora as funções executivas do cérebro,
responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento
do futuro. Isso acontece porque praticar música, como tocar um instrumento musical, exige foco e
disciplina, além de utilizar a coordenação das mãos, senso rítmico, estimulo visual e auditivo.
O aprendizado musical modifica fisicamente o cérebro, principalmente na primeira
infância (0 a 6 anos) e os ganhos se mantém por toda a vida
Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras que o período
entre 0 e 6 anos é de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de
estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. Em
uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: Uma criança
que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo
e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.
Todos podem desenvolver a inteligência musical
Howard Gardner, professor da Faculdade de Harvard, afirma que todo individuo nasce com um
vasto potencial de inteligências, mas que estas só vão aflorar, se forem estimuladas e praticadas.
Todos podem desenvolver a inteligência musical se praticarem.
As experiências musicais na infância ajudam a controlar melhor o corpo e a desenvolver
a expressividade e a coordenação rítmica
Desde uma brincadeira de roda, ou tocar um instrumento musical, nas aulas de música, o cérebro
é desafiado a utilizar diversas coordenações ao mesmo tempo (cantar/dançar,
cantar/tocar/dançar, dançar/tocar, etc.). A neurocientista Viviane Louro afirma em seu livro “
Fundamentos da aprendizagem musical” que a música requisita funções perceptivas, cognitivas e
executivas e mais o aparato psicoemocional exigido pela arte, auxiliando do desenvolvimento das
estruturas cerebrais, o que automaticamente educa os movimentos do corpo.
A música é uma linguagem naturalmente atraente para a criança
Estudos mostram que quando o bebê nasce ele já foi estimulado através dos sons (dentro da
barriga da mãe) e das pessoas que cuidam dele (depois do nascimento), que geralmente brincam
com ele utilizando a música. As aulas de musicalização infantil unem duas ferramentas muito
significativas para a criança: canções e brincadeiras; ou seja, através de histórias sonorizadas,
brincadeiras de roda, brincadeiras de mãos, tocando ou construindo instrumentos musicais, etc, a
criança interage em um ambiente de sensibilização, reflexão e prática musical e vai
desenvolvendo habilidades que irão auxiliá-la em seu desenvolvimento integral, como
desinibição, maior expressividade, desenvolvimento psicomotor mais consolidado, maior
criatividade, etc,
Os estilos musicais que escutamos durante nossa vida, tendo experiências positivas,
fazem toda a diferença no nosso gosto musical na fase adulta
A Neurocientista Suzana Herculano-Houzel afirmou em uma entrevista que o repertório musical
de escuta de uma pessoa é desenvolvido ao longo de sua vida de acordo com o meio social que
está inserida e pelas experiências significativas que teve com certos estilos musicais.
A música é interdisciplinar
A música é uma linguagem matemática, mas ao mesmo tempo afetiva sempre inserida em um
contexto social. Através dela podemos aprender qualquer conteúdo, por isso é tão utilizada em
diversas rotinas nas escolas de Educação Infantil, além de ser utilizada também para trabalhar
tabuada, inglês, etc.
Praticar música ensina a importância da disciplina.
Para tocar bem um instrumento musical, é necessário disciplina. É necessário se organizar para
praticar e melhorar suas habilidades no instrumento. A criança de um modo geral deseja
resultados imediatos e, ensiná-las a persistir, a não desistir quando surgem os desafios de tocar o
repertório musical, são treinos importantes para o ser humano e para sua educação global.
A música melhora a autoestima e o autoconhecimento da criança
Caso a criança aprenda a tocar um instrumento musical, ela aprenderá desde cedo à importância
da prática, do foco, da perseverança e da disciplina para melhorar, além de enfrentar o medo de
errar e lidar com a dificuldade. Quando a criança mostra o repertório musical que está
aprendendo, sua autoestima aumenta e isso contribuirá para que ela tenha mais confiança para
persistir perante outros desafios que terá em sua vida (pois associa a conquista deste, ao
sucesso dos demais desafios que virão).
A música desenvolve o vinculo afetivo entre aqueles que juntos a praticam
A música na infância sempre vem acompanhada de momentos afetivos, sejam brincadeiras
cantadas envolvendo mãos, toque, roda, tocar e cantar juntos, ou seja, atividades que fazem com
que as pessoas interajam entre si de uma maneira divertida. As atividades coletivas musicais
entre a família, por exemplo, nos deixam memórias positivas e marcantes, por isso devem ser
estimuladas e praticadas.
A música traz benefícios a longo prazo
A música pode fortalecer áreas cerebrais importantes nos primeiros anos de vida, quando a
neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função através de
experiências anteriores) é maior, mas é preciso salientar que a plasticidade continua na fase
adulta. Nunca é tarde para praticar música. Ou seja, desenvolvendo essa nova habilidade,
programaremos nosso cérebro para envelhecer em melhores condições.
Não é a toa que hoje existe a Lei 11.769, que obriga todas as escolas ofereceram aula de música
para as crianças. Os benefícios são gigantescos. Seus filhos merecem crescer em um ambiente
onde a música seja valorizada. Além de diversas memórias positivas que ele terá, todo seu
desenvolvimento será beneficiado. Dessa forma, nossos filhos poderão usar seu tempo com mais
qualidade e utilizarão a música como amiga e companheira, nos momentos difíceis e alegres da
vida.

Autor: Zuleid Dantas Linhares Mattar
Fonte do artigo:Pediatra Online (www.pediatraonline.com.br)

Separação dos pais: como falar e lidar? Até pouco tempo, as crianças apresentavam os medos comuns da infância: medo do escuro, de barulh...